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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2009 - Com Dignidade

Foi difícil, extremamente difícil; 2009 foi o mais difícil de todos os anos que já vivi.
Um calvário, um longo, pedregoso e penoso caminho que me levou para bretes nos quais tive que retornar (fazendo deste caminho de 2009 mais longo ainda).
Já nos primeiros passos dessa caminhada me vi sozinho, olhando um horizonte sem muitas mudanças na paisagem. Cada passo dado me levava um pouco mais pra longe da felicidade que outrora tive e um pouco mais perto do incerto e desconhecido; mas assim mesmo segui esse trajeto que 2009 me trilhou.
Me deparei com estranhos, fiz pousada em locais que nunca mais retornarei. Conheci pessoas e fiz amigos, que no decorrer da estrada desse ano ficaram pelo caminho. Uns seguirão comigo nas novas caminhadas, outros estarão comigo na lembrança e outros serão merecedores apenas do rodapé da memória (e mesmo assim serão recordados).
Sofri com o vento que trazia o cheiro da solidão. Me molhei com a chuva fina e fria da saudade; tropecei nas lágrimas que rolaram escondidas quando nem as estrelas mais brilhavam durante a noite. Mas a cada amanhecer a caminhada de 2009 se fazia novamente necessária.
E no fim de tudo, já terminado o caminho desse ano, com os pés cheios de bolhas, as costas ardidas do sol escaldante das mazelas que me foram impostas, sento-me à beira dessas estrada concluída e reflito tudo o que (mesmo que ruim) vivi:
O ano em que não tive uma companheira por perto.
O ano em que tive que sorrir para alegrar corações sem deixá-los chorar, mesmo quando por dentro a alma berrava em dor.
O ano em que as noites foram extremamente longas e, mesmo nas madrugadas, os sonhos não vieram.
O ano que, se eu realmente pudesse, esqueceria.
Mesmo assim, procurando o horizonte de felicidade que no caminho nunca houve, 2009 foi o ano em que amadureci, com os calos que criei.
Vivi intensamente todos os mais adversos sentimentos e isso me tornou mais homem.
Fui amigo para aqueles que precisavam de um amigo, mesmo quando quem mais precisava era eu.
Fui professor e educador na plenitude da palavra; e levei para vários cantos, diversos lares, um pouco daquilo que eu sei e que por amor faço. Alcancei o pico da glória profissional e por lá quero permanecer.
Mas acima de tudo, o ano de 2009 me reservou ser pai. Pai que decidiu abdicar de tudo e de todos para poder ver nos olhos do seu filho a alegria que ele próprio pai não teve em 2009.
E por isso, se o ano de 2009 não me deixou grandes momentos de alegria, olho nesse momento aquele para quem eu dedico todo a minha vida e no seu sorriso se entende que nada é perfeito, pois para que uns sorriam, outros precisam chorar.
E no fim do trecho entendi o porquê dessa caminhada...
2009? Sobrevivi. Completei o caminho “e com dignidade”.
2010? Se precisares de mim novamente para fazer alguém feliz, inicio agora outra caminhada. De mão contigo meu filho; e nos teus braços Senhor!
Amém.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

É "a cara" do BraZil !

Imaginem:
Zina mais importante que Barack Obama?
Geisy Arruda mais influente que Lula?
Não é de se acreditar; mas é verdade.
Eleição de final de ano no site da uol: http://noticias.uol.com.br/enquetes/enquete.jhtm?id=7552#r está escolhendo "A PERSONALIDADE DO ANO DE 2009"; e a classificação mostra bem "a cara do BraZil":


Lembram dos posts "Como se comportar num Velório" ?
http://oprovinciano.blogspot.com/2009/01/como-se-comportar-num-velrio-parte-ii.html



http://oprovinciano.blogspot.com/2008/04/como-se-comportar-em-um-velrio-nem-eu.html

Pois o programa Cilada (transmitido pelo canal fechado Multishow) mostrou recentemente a "cilada" que é morte e velório:











segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Arrependimentos da Juventude?

Eu adorava essa mulher, na minha juventude!
Como eu adorava ver essa mulher rebolando e mostrando todos os atributos perfeitos que uma jovem mulher tem.
Eu adorava a Feiticeira (pra quem não lembra: uma dançarina do Programa H, apresentado por Luciano Huck, que junto com outra espetacular fêmea – Tiazinha – enfartavam homens nas tardes da Band no final da década de 90).
Por isso este vídeo para matar a saudade daqueles que lembram e enlouquecer aqueles que não conheceram (assista ao vídeo abaixo):



Quem estiver lendo vai penar: “TARADO! MACHISTA!”

É tudo uma questão de opinião; assim como eu sempre tive a minha (criticada aos quarto ventos).
Mas desde aquela época eu assistia aquelas danças sensuais, provocativas, lascivas e explorando o sexo já pensando: “Um dia essas mulheres vão se arrepender pelas atitudes impensadas e inconseqüentes da juventude.”
PRONTO! Agora quem ainda permaneceu lendo essa postagem vai dizer em voz alta: RETRÓGRADO, CONSERVADOR, PURITANO, M-A-C-H-I-S-T-A !!!
Pode ser que realmente apenas eu pense de tal forma (objetivando o futuro e as conseqüências); mas eu pergunto pra você que está aí nesse momento lendo se hoje, mais adulto, não se arrepende de alguma atitude louca, cometida na juventude, e que se fosse questionado pelo seu filho, engasgaria pra responder e não se arrependeria?

Pare de ler aquele que tem um passado branco como lençol de noiva.
Continue lendo aquele que, nesse momento, repassa na memória seu passado.
Isso é o que acontece quando mais velhos, serenos, chefes de família, pai ou mãe, revemos o que fizemos e percebemos os reflexos da juventude:
Joana Prado (ex-Feiticeira) chorando em programa de televisão, recentemente, ao ser questionada quanto ao seu passado, quando dançava em programas de auditório e posava nua em revistas masculinas (assista ao vídeo abaixo).



Me chamem de machista e conservador, mas não se arrependam futuramente!
E se leu até o final.. ahhh!!! É porque alguma coisinha do passado tem.. hehe

sábado, 28 de novembro de 2009

Alta Espionagem Tropical

Seria como se filmassem uma paródia cinematográfica do personagem mestre da espionagem internacional, James Bond (que, nos filmes, representava do lado capitalista durante a Guerra-Fria). Na verdade nem seria: pode ser ou até mesmo é. E que isso acontece nos dias de hoje e com personagens reais; e o melhor: brasileiros!
O Brasil, depois de ver nos últimos anos todos os países vizinhos imporem – diplomaticamente – seus pontos de vista nas questões internacionais – perdendo a Petrobrás na Bolívia, a Odebretch no Equador, as relações comerciais com a Argentina e a até a própria moral com a Venezuela, quando Chavez insultou o Senado Brasileiro – agora quer ser participante ativo nas questões internacionais que sequer lhe dizem respeito.
- Foi mandado para o Haiti para ajudar no processo de paz. Resultado: NADA! A não ser algumas baixas militares (entre elas de um militar de alta patente que se suicidou).
- Está se intrometendo num assunto que não lhe diz respeito, o restante do mundo não está nem aí e não tem retorno econômico algum; que é o caso de Honduras. (Zelaia, se voltar ao poder daquele paupérrimo país investirá no Brasil ou importará produtos brasileiros em grande escala?)
- Querem se meter em uma questão de juízo italiano, que é o caso Battisti; e agora até o Lula (grande e sábio estadista dos 19 dedos e discursos que necessita de apoio pra não dizer bobagens) deverá dar o veredicto final sobre esse caso que já deveria ter sido decretado há muito tempo.
E para encerrar a trama – no que seria a versão tropical do MI-6 inglês (Secret Inteligence Service) – agora temos espiões. Sim! Dignos de serem encarnados nas telonas por Sean Connery ou Daniel Craig.
O email que recebi, que segue abaixo, na íntegra sobre o ESPIÃO DO LULA:


Governo Lula manda espião para Buenos Aires
A Casa Civil e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República publicaram ato, no Diário Oficial, designando um servidor, identificado apenas pela matrícula nº 21195, como “Adido Civil” à embaixada do Brasil em Bueno Aires. Esse artifício objetiva proteger a identidade dele, espião da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência. Desta vez, a identidade do agente 21195 foi preservada.
· Contra-espionagem
Em 2007, acabou mal a revelação do agente da Abin em Caracas: seu quarto de hotel foi revirado pela polícia secreta de Hugo Chávez.
· É secreto mesmo
O governo não comenta o caso do agente 21195 para não ser obrigado a admitir que espiona um governo amigo, como o de Cristina Kirchner.
· Bem pago
O cargo de adido civil na Embaixada do Brasil em Buenos Aires tem peso diplomático e rende salários de cerca de US$ 10 mil por mês.


E não poderia ser melhor: os inimigos “son los hermanos”.

Esse filme vai ganhar Oscar!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Parcelando Dívidas

Hoje eu quis ser pai de novo.
Não que o Darta (pra quem não sabe: Dartagnan é o meu amado filho) já não tenha a importância que só ele no mundo tem; longe disso. Mas hoje, ao assistir o noticiário do meio-dia que falava sobre os cuidados que se deve ter com a cabeça das crianças recém nascidas, eu percebi que involuntariamente eu segurava uma criança no colo e retrucava os comentários de médicos e psicólogos na TV.
Eu tive vontade de ser pai novamente.
Lembrei dos primeiros dias de vida do Dartagnan e senti falta do cheiro de hipoglós, de lenço-umidecido, de fralda (nova ou suja), da delicadeza do sono contra o colo da gente e a tempestade de uma cólica.
Hoje o Darta já crescido ainda é – pra mim – aquele bebezinho que pulava no colo e que parecia uma tartaruguinha quando acordava e levantava a cabeça pra ver se tinha alguém no quarto com ele. Hoje eu ainda o acomodo na cama quando ele dorme assistindo desenhos e o cubro com o edredom de madrugada (uma noite, que ele não dormiu em casa comigo eu tapei o espaço vazio, sem me dar conta que ele não estava ali).
E hoje, assistindo televisão me despertou novamente a vontade de ser pai.
Quero refazer tudo de novo, com mais cuidado, mais participação, mais envolvimento e com o Dartagnan do meu lado vivendo a alegria de ter um irmão. Mas percebi que preciso do perdão divino para ter meu desejo realizado.

Estou quitando uma dívida enorme com Deus enquanto minha vida foi bloqueada judicialmente por Ele. E acredito que ao término de tudo, terei meu saldo da vida ressarcido para gastar em felicidade, amor e família novamente.
Os filhos, os quero comigo: o que aqui está e os que porventura vierem.
Enquanto isso, faço cálculos, divisões, parcelamentos de contas com Deus. É o tempo que a vida leva pra renascer (ou nascer de novo), como no primeiro sorriso de um filho para um pai.

sábado, 24 de outubro de 2009

Desejos de Infância

São detalhes tão pequenos, esquecidos, escondidos numa gaveta da memória, de um tempo já distante, que as vezes ressurgem no presente e nos transportam para o passado de uma forma tão intensa que é quase possível sentir-se o cheiro das coisas. E como é bom reviver o passado (pelo menos algumas coisas que já passaram).
Recentemente tivemos um longo feriado, que me permitiu me reorganizar psicologicamente – porque a sobrecarga de trabalho desse final de ano está sendo bombástica –. Assim pude, numa tarde, preparar um mate e sair a caminhar pela cidade sem a pressa habitual do dia-a-dia.
Já era final de tarde e quando olhei os últimos raios de luz no céu que já mudava de cor, rapidamente me veio a lembrança de um desejo de infância que eu nunca consegui realizar: perceber o momento exato em que o dia vira noite.
Uma bobagem da infância, mas que naquela tarde poderia ser resolvida. E assim segui caminhando, cuidando o momento, o exato momento em que o dia viraria noite.
O céu se tomou de cores incríveis; o azul se mesclou com o vermelho dos últimos lampejos de luz e a criança em mim caminhava à procura do momento que a muito esperava e que naquela tarde se concretizava.
Mas sem perceber, a realidade me puxou de volta; entrei no banco para ver meu saldo bancário (coisas da complicada vida adulta) e ao sair dele já era noite. O meu eu menino, ali, já havia voltado pra dentro de mim, o sonho de infância não se concretizou e a noite já havia se formado.
Voltei pra casa sem olhar pro céu, sem ler o extrato bancário, apenas lamentando por ter de pedir novamente para o jovem Pedrinho esperar o já adulto Pedro ter outra oportunidade de cumprir com suas antigas promessas.

domingo, 18 de outubro de 2009

Coisas que os pais nos falam

Certa vez meu pai (um verdadeiro filósofo de galpão) me disse uma frase que ecoa retumbante em mim até hoje.
Não é para menos; a profundidade dela é de uma realidade cruel que muitos de nós fingem não querer acreditar, mas dela não podem escapar.
Como filho, nunca absorvi tudo que o velho (no auge de suas quase oito décadas) me ensinou; já o chamei de louco, extremista, conservador, sonhador e até pessimista demais. De todas as acusações ele tem como veredicto a absolvição, pois sua defesa é a experiência de vida.
Mas para perceber o valor das coisas e ensinamentos que ele me passou (ou pelo menos tentou) eu sempre tive que contrariar, bater com a cara na parede e depois aprender. Foi assim com a bendita frase.
Quando se vive o fim de um relacionamento – e disso eu já estou entrando com uma tese de doutorado – a pessoa busca esquecer do vivido de muitas formas: sai com os amigos, viaja, faz festa, conhece outras pessoas, buscando assim ocupar o tempo que tem e o tempo que talvez tenha perdido.
Nesses dias tudo é alegria, diversão e não se tem tempo nem pra pensar nos acontecidos recentes. Se vive intensamente o instante, esquecendo-se o passado, vivendo-se o presente e nem se preocupando com o futuro. A vida acaba sendo um baile, com som alto onde se dança conforme o ritmo da música.
“Mas chega a hora em que banda pára de tocar!” Disse o velho pai.
Então é nesse momento que as pessoas presentes vão embora, o salão fica vazio, se olha para os lados e a única coisa que se percebe é o silêncio gritante que ficou.
Assim, a realidade nos cai por cima, a vida – até então de confetes e luzes – volta à normalidade e percebe-se que por mais se que se queira, não há como fugir do destino. Existem apenas válvulas de escape.
Nesse momento, domingo, quase madrugada de segunda, a banda parou de tocar. Aí voltei à realidade. Vou voltar a fazer o que melhor sei fazer: tenho slides de aula pra terminar (pois o que mais gosto está em lecionar) e depois coçar o cabelo do Dartinha que nesse instante dorme ao meu lado (porque a cada dia busco ser um pai melhor que já sou).
Logo mais irei tomar um mate com o papai, sem confessar o quanto ele tem razão sobre as coisas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ENEM CANCELADO - Vazamento de prova!

Sempre defendi que o o alicerce de uma sociedade é a educação; apenas com ela podemos modificar a própria sociedade em que vivemos.
Mas hoje comecei a perceber que as coisas se inverteram; a sociedade brasileira não fui mudada pela educação, mas foi a educação que acabou se pervertendo à sociedade desmoralizada.

O ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio) foi cancelado por possível vazamento de prova antes da data. Ainda não há nova data prevista.

Vídeo da primeira entrevista com ministro Fernando Haddad:



OS ALICERCES RUÍRAM !

domingo, 27 de setembro de 2009

Rádio em tarde de chuva

Não se trata da sensação de Deja Vu; trata-se da ironia que e do sarcasmo que destino tem comigo.
São em momentos de emoção sensível que ao acaso sou surpreendido por uma música que instantaneamente ficará grudada pra sempre em minha memória.
Foi assim numa já distante tarde chuvosa de domingo de 2001. Com alguns amigos tomando mate comigo na frente de casa, liguei o rádio e escutei uma música que acentuou aquele momento gris que já naquele presente momento deixava tons de nostalgia.
Ali nós amigos ficamos presos à música que dizia de alguém “se despedia de seu amor”, que estava “sozinha no esquecimento”, que “seus olhos se encheram de amanheceres”.
A música EN EL MUELLE DE SÁN BLAS - MANÁ, naquela tarde, marcou nossa juventude.



Anos depois, novamente numa tarde de domingo chuvosa, o mesmo destino debochado me fez levar a mão ao rádio para outra vez ser vítima de uma música que marcou de forma indelével outro momento. Os amigos presentes pararam o mate, deram pausa no jogo e escutaram comigo uma música em que a letra pede que a pessoa “vá embora antes que a dor machuque mais seu coração” e que “mesmo que tenha que chorar pra aprender” fará de tudo pra esquecer.
A música SEPARAÇÃO – EXALTASAMBA marcou outra tarde em que o rádio não deveria ter sido ligado.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Passa a Semana Farroupilha, mas o sentimento deve permanecer.


Não tenho o que tirar nem o que acrescentar ao post anterior do meu amigo (e ex-colega de escola) Mundano. Confesso que já tive intenções de escrever justamente sobre esse assunto mas o pouco tempo que tenho de lazer – entre uma atividade educacional e outra – me obriga a estar na presença do meu filho. Por isso deva-se esse relativo desleixo que ultimamente tenho dado ao Blog.
Mas eu passei por essa Semana Farroupilha de 2009 como nunca havia passado. Ao contrário de muitos, que ostentam bombacha, bota e lenço apenas nesse período, eu nem “gaúcho de apartamento” fui. Usei tênis, moleton e até boné. Tudo para mostrar que não se vive a tradição apenas em datas comemorativas. Não se é gaúcho apenas para os outros, se exibindo nas vestimentas; se é gaúcho consigo próprio primeiramente.
Sempre desfilei, tive bons cavalos, bons arreios e gosto da lida campeira. Ultimamente (mais precisamente 3 anos) fui me afastando devido à profissão que cada vez mais exige de mim um profissional dedicado com a causa que resolvi defender. Foi assim que eu percebi que hoje eu defendo tanto a bandeira da educação assim como a do Rio Grande. Vivo para os alunos, mesmo sendo – ás vezes – incompreendido pela família. É o legado que quero deixar para as futuras gerações: educação como palanque para um mundo melhor.
Nem por isso deixei de lado o sentimento altaneiro de ser gaúcho. Hoje já não desfilo mais; os arreios estão atirados num canto do escritório, os cavalos que outrora tive já se foram para o “campo santo”, mas sigo a ostentar o lenço colorado e uso sempre que possível as bombachas que são símbolo da nossa estampa de campeiro. Meu mate está sempre cevado e pronto pra alcançar ao amigo que vier compartilhá-lo comigo numa manhã ou final de tarde.
E meu orgulho de ser gaúcho? Ahhhh, esse irá junto comigo até o dia em que a magra da foice me chamar; e mesmo assim permanecerá viva a chama do homem do sul por muitas outras gerações, pois deixarei de herança para meu filho o orgulho de ser gaúcho.

domingo, 20 de setembro de 2009

Meu amigo Mundano reapareceu

Ele é assim; um amigo dos tempos de escola que usa esse pseudônimo e sempre que manda alguma colaboração na mesma hora aeu posto aqui no Blog. Pois assim como eu me considero um "Provinciano", ele se intitula um "Mundano".


Hoje estou azedo! Vou logo avisando!
Estava de manhã, tomando café e escutando rádio antes de sair de casa.
De repente, numa dessas rádios de nossa cidade, o propagandista de uma rede de supermercados, em meio a anúncios de produtos e preços - sempre os mais baratos! - anunciava que estava chegando a Semana Farroupilha.
Em meio a chamadas e promoções, o infame comentário: "Está chegando a Semana Farroupilha! Agora é que aparecem os 'gauchinhos de apartamento'".
Fiquei pensando naquilo... já me vieram à cabeça outros adjetivos que ouvi: "gauchinho de lareira", "gauchinho de feriado", "gauchinho perfumado" e por aí afora. Todos eles, descabidos, obviamente.
Então, rapidamente, refleti sobre qual o sentido que "ser gaúcho" tem para algumas pessoas. Gaúcho seria aquele que dedica todo o seu dia à lida no campo? Aquele que todos os finais de semana arranja uma forma de "ir pra fora"? Aquele que vive em rodeios universitários?
E cheguei a conclusão de que qualquer uma dessas definições, isolada, não é capaz de definir o sentimento que é ter nascido nesta terra e sentir orgulho disto. Ser gaúcho é mais do que botas sujas todos os dias. Cada um, ao seu jeito, tem uma forma de manifestar o seu amor pelo Rio Grande e, se não o manifesta, tem o seu modo de sentir. Estereótipos de gaúcho não combinam com os já conhecidos de outras regiões (manézinho da Ilha, pitt bull do Rio e por aí). Não existe razão para um aparteid cultural ou sentimental entre urbanos e rurais, centrais e suburbanos, ricos e pobres, negros e brancos, ao menos quando se fala em espírito farroupilha.

O Rio Grande do Sul começou no campo; a vida era no campo. E por isso, a figura tradicional e aclamada do homem do campo. Os grandes fazendeiros, titulares das posses, da riqueza e das grandes propriedades, em verdade, sabe-se lá (aqui tenho a humildade de consultar os historiadores) se faziam da bombacha e da guaiaca uma vestimenta insubstituível.
Foram os bravos homens do campo, guiados por ideais de liberdade e pouco providos de riquezas que sangraram nos pampas gaúchos. Por isso, não venham me dizer que sou obrigado a ter campo, criar cavalos e gado, viver "na lida" do campo para ter conferida a possibilidade de, na semana farroupilha, colocar minha bombacha, minha camisa e meu perfume e "corretiar" pelos piquetes e CTGs de Uruguaiana. Tenho amigos que são estancieiros e acho o máximo! Absolutamente nada contra, muito pelo contrário, só tenho a favor. Vivo com eles a satisfação de poder desfrutar de momentos de verdadeira homenagem à beleza, de cultivo às tradições,de tranquilidade e de todo o resto que a campanha proporciona.
Mas eu, vivo "em apartamento", gosto de uma "lareira". Entrentato, cultivo muito mais as tradições da minha terra, me emociono e muito quando ousso o hino do Rio Grande, sou guiado todos os dias pela retidão de caráter que penso deva ter um homem desta terra, muito mais do que muito "gaúchinho de ano inteiro", que vive de estilos, modismos e oportunidades, ocultando na pilcha a ausência de uma possibilidade mais autêntica de revelar a personalidade.
Não digo com isso que sou melhor, mas com certeza não sou pior. E atenção "gauchinhos de ano inteiro": o gaúchinho de feriado tá saindo de casa, bem mal intencionado! Vai bailar um chamamé, tomar um belo dum trago e, bem perfumado, vai arrastar uma china "loca" de linda pra perto da lareira, aquela que tem no apartamento, lembra? Ainda bem que chove em Uruguaiana...
Grande Mundano. Volte sempre !!!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Não aguentei o silêncio, preciso pedir: NÃO DEIXEM O BRASIL MORRER!

Realmente, não aguentei permanecer em silêncio; apenas assistindo passivamente a degradação da sociedade brasileira, da moral e dos bons costumes.
Acreditei que meu mísero BLOG não serviria pra nada, que ninguém o lê e que uso megafone para alardar surdos.
Mesmo assim surdos, por favor: façam leitura labial do que eu tento dizer (ou melhor: escrever).

Parem esse Brasil antes que esse carro desgovernado não consiga vencer a curva.
Impeçam, a morte da sociedade que convalesce de uma virose de imoralidade.
Ajudem, é quase uma súplica. Pois só educando não estou conseguindo fazer a minha parte:



Enquanto a classe média se torna baixa e a baixa se torna negativa, o "ópio da humanidade" (parafraseando o ídolo da esquerda desloucada) suga o que ainda resta de sustento financeiro das famílias:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1263488-5598,00-DENUNCIA+DE+PROMOTORES+APONTA+PRATICA+DE+FRAUDES+CONTRA+A+UNIVERSAL+E+FIEIS.html

No Rio Grande do Sul: a governadora é acusada de "improbidade administrativa".

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3916361-EI7896,00-MPF+Yeda+recebeu+propina+e+ajudou+a+manter+fraude+no+Detran.html

Ano passado eu "levantei a lebre" que ela não chegaria ao fim do mandato. Ainda aposto no que acredito.

Por fim, mas não menos importante:



O BRAZIL DO LULLA, na música de Zé Ramalho (assistam antes que tirem do ar).

Prometo voltar no próximo post com uma detalhada explicação histórica mostrando que o Senado é um circo desde os tempos da RomaAntiga. Pro senado de Brasilia, hoje, apenas mudaram os palhaços.

Mas antes disso, eu lhes peço: NÃO DEIXEM O BRASIL MORRER!!!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

APENAS PARA LEMBRAR A HISTÓRIA

Estive ausente, eu sei!
Volto aqui para lembrá-los mais uma vez que O Grande Império Romano durou mais de mil anos, porém ruiu. Mas os legados sórdidos da política demagógica criada naquela Roma Antiga de poderosos senadores patrícios e plebe faminta ainda permanecem enraizados como câncer em nossa sociedade.

Em Uruguaiana?
Não poderia ser diferente:



Reinauguração do Parque Dom Pedro II (07/06/2009)

PÃO E CIRCO, SENHORES...

PANEM ET CIRCENSIS!

Em tempo: Notem que é dado muito mais CIRCO do que PÃO.

sábado, 9 de maio de 2009

Meu amigo Mundano voltou escrevendo sobre: ESSA TAL "QUALIDADE DE VIDA"

Ele está de volta.
Meu amigo Mundano nos traz essa crítica, que lhes deixo como post dessa semana aqui no Blog do Provinciano:
Entre uma conversa e outra, tenho escutado, sem muita paciência, frases como: "eu quero ter mais qualidade de vida", ou "aquele cara é quem tem qualidade de vida", ou "em Uruguaiana não dá, as pessoas não tem qualidade de vida".

Fico pensando: "Putz, mas o chavão da tal qualidade de vida tomou conta de todo mundo!
Será que é uma gíria nova, um modismo ou as pessoas estão sendo alvo de uma nova idéia, vendida em supermercados e embutida subliminarmente em seus subconscientes?"

Pô, as pessoas que mais se queixam da falta de qualidade de vida que eu conheço são as que têm a vida mais fácil que já vi. Não que isso seja lá "qualidade de vida", mas que isso é "boa vida", ah, isso é!Mas então, o que é essa tal qualidade de vida que esse pessoal tanto procura?

Eu ainda não defini pra mim o que deva ser...escuto tanta bobagem que preferi contar pros outros o que acho que, pelo menos, não deva ser um conceito de qualidade de vida."Ah, qualidade de vida é ir pra praia a toda hora; é poder ter um carro (carro não, carrão!) confortável, ar condicionado, direção hidráulica, air bag, ABS...; é ir num restaurante caro, comer comida chinesa, tailandesa, árabe; é ser vegetariano, ir a uma boa academia (com personal, de preferência) e, no carnaval, me perder em Camboriú... ah, lá sim tem gente bonita, festa “bacana” e o DJ n.º 1 do mundo!"

É...isso é qualidade de vida pra muita gente. Eu vou ser sincero: não sou santo, pastor, socialista, franciscano ou Robbin Hood: quero toda aquela listinha ali de cima pra mim! No máximo dispenso o personal trainner (até porque não conheço um que seja mulher...deve ser o lugar em que moro que não me deu essa qualidade de vida, rsrsrs).

Mas uma coisa é fato: tô longe de achar que a minha listinha mágica é símbolo de qualidade de vida.

É uma pena que a visão sobre essa qualidade de vida esteja atrelada somente ao que uma razoável quantia em dinheiro pode satisfazer.Espero qualidade de vida somente nas férias e esqueço que vivo na cidade 355 dias por ano; espero ter o "carrão da hora", mas nem sei qual foi a última vez que me diverti dando uma voltinha de "bike" com meus amigos...ou então, convidei minha mãe ou pai pra tomar um mate no meu Gol 1000 (raçudo pra caralho!!!) num fim de tarde.
Quero a festa "irada" com o DJ n.º 1 do mundo no Warung, mas não sei qual é a música preferida dos meus pais... será que existe alguma música que quando eles escutam, lembram de mim...ah, mas não deve tocar na balada mesmo, né...
Quero parques pra correr e caminhar,respirar ar puro, mas não consigo curtir sua beleza se não tiver o meu I-Pod. “Que merda”. Tomo shakes, albumina, aminoácidos e cretina; se fosse mulher, pra emagrecer, tomaria anfetaminas, porque sem isso não consigo me achar bonita..."Que droga! Não tenho qualidade de vida! Quero dinheiro, preciso de dinheiro, quero sair dessa cidade!"
É amigo....não é fácil viver nesse mundo. Cheio de necessidades criadas, quase todas inventadas e compráveis, tudo, tudo pra te dar "qualidade de vida".
É bom que tenhas uma casa. Aliás, uma enorme, gigante casa (já virou mansão!) Para poder enchê-la de todas essas "qualidades" que tu entendes necessárias e imprescindíveis. Porque, agora, vida, vida de verdade, não vais conseguir preenchê-la nem que consiga todas essas coisas.
Agora, se tu pratica corrida no parque sem I-POD, te satisfaz com a Golzera, sabe a música preferida dos teus pais e não abre mão de um mate com a tua mãe...vai em busca da qualidade de vida da primeira listinha que te falei...aí sim, mas vai com tudo...A propósito: alguém tem carona pra Camboriu? Tô rachando "gás" até num Fiat 147!



Grande Mundano, sempre viajando e fazendo jus à sua alcunha. Abraço do provinciano aqui.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Palavras que estão assustando

Recentemente comecei a notar a repetição em demasia de palavras que até então raramente eram pronunciadas em algum filme de terror ou ficção cientifica. Palavras que mesmo dentro do contexto de uma frase ou até mesmo isoladas causam alarde, pavor pelo seu significado. E não é para menos, a humanidade e sua história conhece muito bem o sentido de tais palavras e o perigo que traz consigo toda a vez que elas são pronunciadas.
Epidemia, pandemia, epicentro, isolamento, proliferação, doença, vírus, morte, mais morte.
A gripe suína, surgida no México (em áreas de pobreza humana assomada por multinacionais exploratórias sem preocupação com o meio-ambiente) fez tocar, agora no mundo globalizado, o sinal de alerta, e sua conseqüente preocupação, como já ocorrera outras tantas vezes na historia da humanidade.
A Grécia Antiga sofreu (Praga de Atenas, 430 a.C.), o Império Romano tremeu (Peste dos Antonios, 165-180 d.C.), a Europa inteira foi varrida e um terço de sua população - já enfraquecida por um grande período de fome - dizimada (Peste Negra, 1347-1350/52), e tantas outras não menos importantes, como a Cólera (que assolou países inteiros durante a segunda revolução industrial) provaram a fraqueza da humanidade e o quanto nossa sociedade é vulnerável às pragas.

Hoje, o risco da proliferação da doença e a possibilidade de uma pandemia global está causando um princípio de pânico coletivo justamente num momento em que o mundo vive outra epidemia: a gripe econômica, que a cada espirro contaminado afeta outras nações.


Vírus mortal + fraqueza financeira global = CAOS.


No México, paralisação geral, alerta máximo e mortes. Um amigo, que esteve semana passada em turnê de DJs por lá, em conversa via MSN conta da seguinte forma como está a situação no país de origem da doença:
"(...) tá tudo difícil lá, não consegui ir ao mercado comprar algumas coisas antes de voltar pq não havia nenhum aberto. Todo mundo tá assustado lá no México."

Mas onde realmente estaria o nascedouro dessa epidemia que se alastra e não distingue país rico ou pobre? Como esse vírus mutável surgiu e porque justamente no México?
São tantas as perguntas, em meio ao desespero que toma conta tanto dos meios de comunicação como dos diálogos informais de esquina. Mas uma certeza existe: pela primeira vez na história, o homem criou a sua própria doença.

A pobreza humana de algumas regiões do México foi o terreno fértil para que empresas multinacionais – inescrupulosamente obstinadas a explorar para acumular rendas – desenvolvessem ali atividades sem o aval da OMS (Organização Mundial da Saúde); sim, essa mesma organização que hoje está computando o número de infectados e mortos em cada país!
Assim, na busca de explorar, pilhar, enriquecer, depredar a natureza e todos os recursos locais existentes, sem preocupar-se com o meio ambiente, ninguém mediu as conseqüências nem o resultado de tão assombroso e desastroso para com o próprio ser criador.
Criador de tudo, o homem criou até seu próprio epitáfio. Vamos deixar de legado para as futuras gerações esse mau exemplo, o autoflagelo irracional do racionalismo humano sob a forma de doenças. A crise mundial ainda causará danos à economia, a gripe suína ainda assustará e os nossos filhos herdarão nossos feitos. Mas será que é esse mundo que vamos deixar para nossos descendentes?

As palavras assustadoras que hoje habitam nossos pavores podem deixar de existir e voltar a ser apenas tema de filmes, basta agir enquanto há tempo. MUDANÇA, essa sim, é a palavra de ordem para o novo mundo – livre de pestes e crises – que ainda pode ser construído.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um peso e uma medida

Um blog serve como um expositor de idéias de seu autor; é nele que o escritor divaga, dá vazão à sua imaginação, expressa suas críticas e externa seu ponto de vista.
Foi com esse intuito que criei o “Blog do Provinciano”.
No Blog há um espaço reservado aos comentários; onde os leitores da página deixam suas críticas (apreciativas ou depreciativas). Seria como o direito de réplica que o leitor tem sobre o tema escrito pelo blogueiro.
Essas críticas (sejam elas boas ou ruins) sempre vem de uma maneira interessante, porque elas servem como forma de expressão daquele que lê, equilibrando pontos de vista e criando um diálogo entre o escritor e o leitor.
Mesmo assim, algumas vezes os comentários acabam sendo – digamos assim – “exasperados” demais para uma simples forma de expressão bloguistica, nos forçando à uma tréplica sobre o comentário anterior (e isso faz parecer aqueles debates políticos em véspera de eleição).
Justamente sobre política e as ideologias é que se sustenta esse meu direito de tréplica.
No comentário da postagem anterior, quando escrevi sobre feriados e diminuição do PIB (em decorrência desse mau-hábito brasileiro), fui acusado de ser um escritor tendencioso e “formador de opiniões”, por usar esse meio de comunicação e também por ser um professor, que (no ponto de vista do comentário) acabo influenciando leitores e alunos a seguirem minha linha de raciocínio sobre os fatos históricos e acontecimentos recentes no Brasil e no mundo.
Durante todo o curso de graduação, fui perseguido como que pela Santa Inquisição por professores que queriam incutir, em nós alunos, ideologias que são suas, opiniões próprias e apologias partidárias como se aquelas fossem as verdades únicas, sem permitir à nós alunos o direito de escolher que pensamento seguir (meus ex-colegas de curso, que lerem isso lembrarão muito bem os duelos travados por causa de Auguste Comte, Karl Marx e Cia. Ltda. onde nos eram pré-ditos qual corrente seguir). Mesmo assim, na academia esses “formadores de opinião” lidavam com adultos. Não eram todos que se deixavam levar por marxismos salvadores; inclusive eu.
Dessa fábrica de educadores politizados (poderia até aproveitar o trocadilho e escrever: politizados/influenciados/bitolados/moldados) as escolas estão hoje repletas de professores que levam sua ideologia – construída na faculdade – para crianças e jovens; e nesse ambiente de aprendizagem, onde o professor tem uma figura importante e de destaque ele vai desde cedo doutrinando aquelas jovens mentes e conduzindo-os para o seu ponto de vista, para a sua opinião. Os “formadores de opinião” da faculdade criam “formadores de opinião” em escolas da rede pública disseminando e proliferando apenas um modo de ver as coisas e, por fim, ninguém mais tem opinião formada, mas sim seguidores de alguém que lhes ditou como pensar.
O Blog está na internet para quem quiser ler; com direito à comentários (sejam eles qual forem). Existem também muitos outros blogs que divergem do meu modo de pensar e nem por isso os alcunho de “formadores de opinião”, afinal, cada um tem o direito de se expressar de acordo com seu pensamento.
Mas em sala de aula, gostaria de deixar muito bem claro, que nunca fui um formador de opinião e tampouco externo minhas ideologias políticas à alunos ou colegas; lhes ofereço o direito de escolher, pois no processo de ensino-aprendizagem não devem existir dois pesos e duas medidas. É por isso que educar é uma arte: requer empenho, dedicação, amor ao que se faz ao mesmo tempo em que nos obriga a não conciliar sentimentos pessoais e posicionamentos próprios.

Não me considero um formador de opinião, mas me orgulho em dizer que tenho opinião formada.

João de Almeida Neto já diria:
“Me chamam de Boca-Braba,
Esta gente está enganada;
Eu tenho é boca de homem,
E tenho opinião formada.”


domingo, 19 de abril de 2009

Tudo está tranquilo! Está mesmo? (Calma, é feriado)

A semana no Brasil e no mundo foi de calmaria.
Não se falou tanto nos jornais e tele-jornais em Crise Mundial, conflitos ou em Aquecimento Global.
Parece que essa semana foi a semana mais tranqüila de 2009.
A semana no Brasil e no mundo foi de calmaria.
Não se falou tanto nos jornais e tele-jornais em Crise Mundial, conflitos ou em Aquecimento Global.
Parece que essa semana foi a semana mais tranqüila de 2009.

Obama parece estar ajeitando a economia de seu país e, por conseqüência, a economia mundial.
(Na foto ao lado, Obama e Chavez se cumprimentam na Reunião da Cúpula das Américas, num gesto de amizade entre duas nações antes quase inimigas)

Conflitos pelo mundo a fora estão cada vez mais enfraquecidos e tudo indica que estamos caminhando para uma paz global.



Na America Latina, calmaria entre os países; coisa que em 2007 e 2008 não houve.

No Brasil... ahhh no Brasil!
Aqui está tudo muito bem, tudo muito bom; obrigado por perguntar.
Não se fala mais em corrupção em Brasília. “Esso no ecxiste!” (diria o Padre Quevedo).
CRISE? Alguém sabe o que é isso? O Lula – come de habitue – diria que “não sabe de nada”.
Chegamos ao ponto de sermos requisitados pelo FMI para emprestar dinheiro para países com dificuldades financeiras. US$ 4,5 milhões de dólares. Significa que no país a vida está boa, tranqüila, “light”.



Mas esse ano, devido aos feriadões prolongados, teremos uma redução do PIB de até 5%. Ano que vem teremos ressarcido esse empréstimo aos amigos pobres?



Está mesmo tudo tranqüilo? Ou a crise deu uma cochilada?
Cochilada deram os economistas brasileiros, mas é de se entender; feriadões são feitos para se descansar e eles certamente devem estar cochilando.

Eu só estou escrevendo essa matéria porque estou aproveitando o feriadão.
Escreverei novamente no próximo... não vai demorar tanto. Esperem.



Bom feriado.

domingo, 12 de abril de 2009

DESPOTISMO, DEMAGOGIA; NOBRES E PLEBEUS; TODOS PODEM SER ENCONTRADOS EM URUGUAIANA

Uruguaiana, esta longínqua cidade brasileira que está mais pra Argentina do que Brasil (geograficamente citando) consegue alternar em sua sociedade várias fases da história da humanidade, tanto no sentido social como no político. Aqui pode se exemplificar a história através das figuras públicas e cenários locais que fazem paródia à personagens e momentos que marcaram o Brasil e o mundo.
Somente aqui encontramos ainda, aristocratas em pleno descenso financeiro; auto-intitulados “lordes”, que outrora esbanjavam riquezas e que hoje buscam manter a pose e sua “finesse” para contentar, em eventos públicos ou em festas sociais, outros decadentes aristocratas numa forçosa tentativa de “manter as aparências”. Uma verdadeira alusão às cortes da Inglaterra e França do século XVIII.
Em Uruguaiana encontramos comerciantes reunidos em tendas, vendendo os mais diversos produtos e especiarias (hoje menos comestíveis e mais utilizáveis, sob a forma de objetos eletrônicos) para aqueles viajantes que de longa distância, de outras culturas, outras etnias, vem buscar para depois revender em seus povos. As Índias dos tempos modernos.
Aqui, Carlotas Joaquinas desfilam extravagâncias e luxo, gastando tempo e dinheiro entre salões de beleza, boutiques e perfumarias, enquanto seus Dons Joãos se dividem entre pagar contas e equilibrar-se diplomaticamente entre Inglaterras e Franças a lhe cobrar. Deve se lembrar que a Carlota Joaquina histórica gostava de “experiências” diferentes – não poderia ser diferente com algumas das Joaquinas locais.
Temos em Uruguaiana muros que separam bairros; dividindo com suas telas de arame o centro da cidade (o âmago do capitalismo), da periferia (aquilo que esse mesmo sistema excluiu). Quem é de fora do bairro não entra, com medo daquele que pede a esmola ou, ainda, daquele que faz da arma a forma de esmolar. Aquele que está dentro, confinado pelo processo de exclusão social, luta para sobreviver; porém, cada vez mais, o muro fica mais alto e a vida - dentro destes que parecem os Guetos de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial - fica cada vez mais menos possível de se viver.
O auge do Império Romano se faz presente no cenário uruguaianense; contentar a plebe com a política do “Pão e Circo” é prática comum ainda hoje no Brasil e no mundo e não seria diferente nessa cidade cômico-histórica. Praças altamente iluminadas (e a conta disso descontado no bolso do contribuinte), passeios públicos, quadras esportivas e MUITO CARNAVAL, unido a projetos beneficentes para “aliviar” a dor da população carente, distraem a comunidade fazendo com que voltemos os olhos para essas futilidades públicas, sem permitir que enxerguemos os vários cânceres urbanos que assolam o município.
Por falar em carnaval (a maior das festas populares), nossa cidade tem um grande carnaval e nesse evento todos os segmentos da cidade se encontram – a bem da verdade é que muitos não se “encontram”, mas sim “se confrontam”. Maridos financiam esposas como destaques de escolas de samba; famílias da chamada alta classe – que antes evitavam misturar-se a plebe, hoje disputam para ter suas filhas como musas e rainhas de escolas de samba, e tantas outras coisas nessa disputa de vaidades que poderia ser tema para um próximo post. É o mesmo que o carnaval veneziano com seus bailes de máscaras; ninguém se reconhecia, mas todos sabiam quem estava presente e quem ali é nobre, fidalgo, infiltrado ou decadente.

Como não podia faltar, uma cidade como essa precisava de um governo caricatural também. Napoleão Bonaparte, que quis estender seus domínios e promoveu o Bloqueio Continental, pode ser citado na figura de um governante uruguaianense que inflexível, já quis arbitrar até na cidade vizinha de Paso de Los Libres. Bonaparte que fez do poder a arma para se promover com sua população unindo paternalismo e medo, aqui na cidade ressurge montando no seu cavalo acenando que “vencerá”, custe o que custar. Mussolini? Adolf? Bush Jr.? Até mesmo Vargas (que por sinal passava férias nessa cidade, quando cansado de governar e manipular politicamente o Brasil)? Sim, todos esses e muitos outros déspotas se enquadram no perfil de políticos locais. Sofre (ou se ilude) a pobre comunidade, a mercê desses tiranos. A oposição é amordaçada – obrigando a se viver num unipartidarismo típico dos nazi-fascistas e, em alguns casos, comprada com cargos de confiança, como na velha política ambígua que se fez notar durante o Governo Provisório de Vargas, que posteriormente foi trocada pelo ditatorial Estado Novo.

Mas o povo de Uruguaiana, mesmo assim, é feliz e esperançoso como o povo multi-étnico brasileiro. Esse povo é bravamente corajoso como os espartanos e leal como os romanos. Valente como a grande nação guarani e de galhardias e feitos heróicos como a brava raça gaucha.
Esse é o povo de Uruguaiana, que tem em sua sociedade tudo que a história do Brasil e do mundo pode contar. Feitos, passagens e personagens que merecem o rodapé da história. Mas a história é assim. Pois as vezes que as nuvens pesadas e escuras trouxeram consigo momentos turbulentos e tempestuosos que assolaram o mundo, sempre vieram depois momentos históricos de bonança que são lembrados com alegria e citados nos livros com muito mais ênfase.
Mas isso é outra história... uma história que ainda está a ser construída, em se tratando de Uruguaiana; cabe a mim e a cada um de nós cidadãos criarmos essa história. É possível, não é difícil e será lembrado; será histórico.

segunda-feira, 23 de março de 2009

CONTRIBUIÇÕES (Parte - I)

Aproveito a oportunidade que surgiu, de fazer de um simples BLOG um meio de comunicação, para abrir espaço àqueles que, assim como eu, gostam de expressar em palavras o que pensam e sentem.
A partir de hoje, amigos e pessoas próximas poderão externar suas opiniões, anseios, devaneio a críticas também nesse meu pequeno espaço virtual (até porque não tenho idéias todos os dias pra manter o blog diariamente atualizado, como alguns reclamam).


CONTRUIÇÕES (Parte - I)

BBB9, por um Aluno.
É difícil admitir isso: o BBB9 trouxe uma contribuição para os meus dias.Não vou ser chato de começar a dizer que o programa privilegia a super exposição, que é um sucesso arrasador apenas em países de 3.º mundo, blá, blá, blá... Hoje não estou com paciência para criticar.
Mas acho importante dizer a todos que aprendi com o Big Brother... melhor, não aprendi, mas relembrei... as vezes, mais importante do que assimilar coisas novas, é relembrar coisas velhas, básicas, mas realmente importantes.Mas se foi pra aprender algo, menos mal que foi com um gaúcho!
Refiro-me ao "paredão" entre Naná e Josie. Dado o resultado de que Naná foi a eliminada da semana, entre choros e abraços e tudo mais que todos já conhecem, veio o gaúcho, de óculos, ruivo, o Flávio, e, com muita calma, olhou pra vovó e disse:
- Me desculpa por ter levantado a voz contigo.
Aquilo ali foi diferente... ele se referia a dias antes quando, em discussão com Naiá, deu bons gritos reprovando algumas atitudes dela em relação ao jogo.
Mas encerrado o "paredão", o gaúcho teve e a humildade de pedir desculpas e certamente o fez em respeito a uma pessoa de mais idade.Foi aqui que relembrei mais uma lição básica: o valor e o respeito que devemos reconhecer aos mais velhos.
É fato: o mundo está cada vez "mais velho". O número de idosos aumenta cada vez mais, dado o aumento da expectativa de vida.Isso significa que eu, e que você leitor, em breve, faremos parte dessa crescente população idosa.
E quando lá chegarmos, admitiremos menos respeito do que exigimos hoje?Acho que pelo contrário, seremos ferozes por respeito.A lição do BBB faz a gente pensar em pequenas coisas... no beijo na mãe, no beijo no pai, no avô, na avó... pessoas que merecem o maior respeito e carinho.
Quantas vezes levantamos a voz - e quem sabe sem tanta necessidade - com os mais velhos que nos rodeiam... e podem ter certeza no que lhes digo: apreciam eles muito mais o seu afago do que o seu grito.Minha lição não é estupenda, talvez nem digna de ser colocada no blog...mas sabe como é...tem pequenas coisas que passam desapercebidas no nosso dia-a-dia, mas que são tão importantes que às vezes vale a pena parar um pouco. Grandes notícias deixemos para grandes repórteres... coisas pequenas, simples e importantes podem ficar para nós...mortais blogueiros...
Meu recado é este: chegue hoje em casa, dê um abraço apertado e um beijo na pessoa mais velha que com você mora.Parece ridículo, mas pensei tudo isso depois de assistir a um "paredão..." seria trágico se não tivesse sido útil.
O autor (amigo desde os tempos de colégio) atende por: MUNDANO DE URUGUAIANA
- - -
Em tempo:
Coisas que não poderiam faltar no BLOG (as velhas bobagens)



Isso pode-se dizer que se trata do "nada a fazer", o chamado: ÓCIO CRIATIVO; mas engraçado.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pela necessidade de apostar

Tem alguns números na roleta que são perigosos, assustadores; que causam arrepios tanto no jogador, que deposita todas as suas esperanças na aposta que faz, como no crupiê que atira a bolinha buscando desviar de todas as fichas dispostas da mesa sem ter que pagar à ninguém.
Como se fosse hoje eu lembro o meu primeiro encontro com um desses números fatais.
Eu ainda era jovem e inexperiente na arte do jogo e ia ao cassino para perder dinheiro e voltar pra casa dizendo que havia ganhado.
Foi numa tarde, já meio cinzenta na memória, que entrei no cassino e ao passar pela roleta vi um senhor com aparência indígena, roupas rotas e um olhar misto de esperança e desespero, jogar suas últimas fichas em torno do número “vermelho 32”.
Era a aposta derradeira, enquanto a bolinha da sorte girava no prato ele abria a carteira pra conferir que já não tinha mais dinheiro algum. Seu destino, pelo menos naquele dia, estava sendo definido no giro da roleta.
Não havia mais ninguém ali. O cassino estava semi-vazio. Apenas três pessoas presenciaram e protagonizaram aquele instante. O crupiê, interpretando o agente do destino a ser traçado; o apostador, como o personagem principal em um filme com final inesperado; e eu, como espectador passivo do que a vida estava por traçar.

Depois daquele dia, comecei a gostar cada vez mais do jogo pela emoção que ela nos proporciona. São sentimentos que alternam da frustração à euforia, da tristeza à explosão de alegria, do sufoco à redenção.
O “vermelho 32” virou o meu número também, todas as vezes que eu apostava na roleta.
De início, raramente eu acertava e por muito pouco quase desisti de seguir aquele instinto que os alguns jogadores chamam de “sorte”.
Mas recentemente a Srta. Sorte veio bater a minha porta e pediu para ficar comigo por algum tempo. Sorridente, se manifestou repetidas vezes em torneios de truco – onde sagrei-me campeão – , em jogos de pôquer – onde eu desbanquei adversários que muitas vezes tinham mãos de cartas melhores que as minhas – , e também no cassino, onde o “vermelho 32” me rendeu muito dinheiro.
São emoções que somente alguém que aposta pode definir a sensação. O nervosismo de depositar tudo em uma mentira de “falta envido” no truco; ou de aguardar a resposta do adversário enquanto se dá um “all-in” no pôquer; ou ainda, aguardar a trajetória circular que a bolinha faz enquanto a roleta gira.
Por isso sou um jogador; pelo prazer de apostar a vida numa jogada.
Pois tanto na vida como no jogo é aquela pessoa que está disposta a morrer que ganha (palavras de Al Pacino no filme “Um Domingo Qualquer”). E sempre que eu apostei, tanto nos jogos como na própria vida, eu joguei como se aquele instante valesse toda a minha existência.

Ao lado do “32”, na roleta, está o mais temido número dos apostadores, o “zero”. Talvez por isso este meu número seja tão emocionante e tão místico. Para chegar à glória, tenho que passar pelo inferno; para chegar à vitória tenho que arriscar a derrota.

Quantas vezes a roleta da vida nos derrubou com o “zero”. Cabe à cada um de nós aceitar essa jogada ou enfrentar novamente a sorte.

Assim como fez aquele senhor com aparência indígena, roupas rotas e sem mais dinheiro na carteira, eu joguei mais uma vez - e dessa vez todas - as minhas fichas do destino no “vermelho 32”. Em tantas outras vezes deu “zero”, mas um jogador deve seguir seus instintos, mesmo que isso lhe custe as últimas fichas, mesmo que o cassino já esteja por fechar, mesmo que a derrota seja iminente e a chance de vitória mínima, mesmo que essa aposta lhe custe a vida, um jogador deve apostar!




terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O Pedro anda alienado?

Diriam aqueles meus amigos e outros leitores desse blog que sim.
Escrever sobre modos de vida, anseios, perspectivas, quase que de forma filosofal não é bem o estilo de escrita desse rapaz que até alguns meses atrás era uma metralhadora de críticas não poupando quem quer que fosse.
Terá o Pedro perdido o estilo pontiagudo e afiado de escrever?
Terá o Pedro se corrompido ao sistema?
Ou terá o Pedro se tornado mais um alienado dentro dessa sociedade que nos emite mensagens e notícias prontas?


Pois o Pedro lhes responde:
- O que mesmo vocês me perguntaram?



O que tem me ocorrido ultimamente é a sobrecarga de informações e notícias paralelas, que eu gostaria de escrever, mas que não dou conta. Na verdade, eu inicio um tema e quando estou quase na metade dele, o assunto já não é mais novidade e acabo tendo que enviar o arquivo pra lixeira. Depois, leio todas as notícias importantes sobre o novo tema, começo a escrever outro texto e o “novo assunto” vira “assunto velho” em questão de horas.

Então o que fazer? Se antes eu era o crítico, agora tenho críticos sobre mim e o que escrevo. Por um lado é bom; me motiva a escrever. Por isso vou fazer nessa postagem pequenos comentários sobre os fatos recentes que já estão virando coisa do passado:

01 – CRISE MUNDIAL
Não se assustem; o Lula disse que ela não chegará ao Brasil. Quem sou eu pra duvidar do homem?
Mas todos aqueles que projetaram futuro, foram fadados à ridicularização histórica. Foi assim com muitos teóricos e filósofos. Mas como o Lula não é nem um nem outro, talvez ele queira mesmo fazer papel de ridículo pra tentar ser lembrado – mesmo que seja por erros.
Em tempo: assim como em 1929, a crise mundial daquela época foi como as ondas que se propagam depois de uma pedra ser atirada na água. Sobre a Crise de 2008, recém as ondas estão se propagando.

02 – ACIDENTES E TRAGÉDIAS
Tragédia em Santa Catarina; inundações em São Paulo; avião que cai no rio Hudson; mortes e mais mortes nas estradas; ônibus com jogadores de futebol deixa vítimas fatais; até o teto de um lugar sagrado desaba matando fiéis em momento de fé. Em pleno século XXI temos segurança?
Pelo menos vimos que Danrlei – ex-jogador do Grêmio, hoje do Brasil de Pelotas – sobrevivente do acidente do ônibus realmente é IMORTAL. Porém, vimos também que nem a fé segura alicerces de igrejas quando elas estão condenadas pelo Ministério Público. Será que o dinheiro dos dízimos vai cobrir as indenizações, tratamentos médicos e funerais desse sinistro? Se depender de Kaká (maior dizimista dessa igreja que tem seus principais bispos presos por evasão de divisas) sim.

03 – BARACK HUSSEIN OBAMA
Tomou posse aquele que já está sendo considerado o “Messias dos Novos Tempos”. Não que Obama seja a salvação para todos os males. É que esse 43º. presidente, o qual nem cito o nome, – que felizmente deixou o cargo – foi o grande mal da humanidade. Nunca um estadista norte-americano foi tão odiado na história. Qualquer que fosse o novo presidente já seria um grande alívio para o mundo. Melhor ainda sendo essa pessoa alguém como Barack Obama. Alguém com as características dele nos faz acreditar em um mundo melhor, um mundo mais humano, “um mundo para todos” – como ele disse em seu discurso de posse.
Eu acredito em Obama, mesmo sabendo que ele não é Jesus Cristo; mas pior do que foi, para o mundo, esse legado do mal que durou oito anos, não pode ficar.
The Change is coming!!! Yes, we can!!!

04 – A SUCESSÃO DE LULA
Não tem no PT alguém com o carisma do Lula, só se ressuscitassem o Getulio Vargas ou o JK e os filiassem ao PT.
Agora dão os créditos do PAC à Dilma. E como se não bastasse, plastificam o rosto dela pra ficar “mais bonitinha”.
Beleza é só em novela e carnaval. Política é coisa séria.
Infelizmente 99% do Brasil não percebe isso.

05 – RIO GRANDE DO SUL E URUGUAIANA
Ninguém se entende no governo Yeda; nem ela mesmo se entende. A educação – a minha praia – vai de mal a pior; burocratas que não conhecem o ambiente escolar editam novos parâmetros incabíveis para a realidade de uma sala de aula (é a diferença entre a teoria e a prática). O secretariado do governo estadual parece estar participando daquele joguinho infantil chamado “dança da cadeira”, onde sai um por vez. Até quando a governadora vai resistir? Bobeia nem conclui o mandato.
Enquanto isso, em Uruguaiana, temos 80% da mídia local tendenciosa e extremamente bajuladora de um governo reeleito que exerce uma gestão “clean”; fazendo de tudo para dar “pão e circo” à comunidade, mas que vira os olhos pra realidade de quem vive nas periferias.
Um natal com tanta luz acesa que eu andava na minha casa apagando as minhas pra não pagar tão alto na conta de luz (sim, pagamos uma taxa pela iluminação pública, não sabiam?). E o pior, o Natal já vai longe e as luzes seguem ligadas.

Vejo então que as vezes é bom ser alienado, estar fora da realidade; assim a gente não se aborrece nem sofre vendo tais coisas. Porém, se deixarmos passar tudo em frente aos nossos olhos corremos o risco de sermos vítimas de nossas próprias fraquezas como pessoas dentro de uma sociedade.
Por isso se me perguntarem se eu ando alienado, direi que não sei. Queria poder bradar mais alto, criticar e ser criticado, mas já se aproxima a noite em Uruguaiana, tenho que desligar algumas luzes e aparelhos, pois a praça precisa estar bem iluminada.



O último a sair, por favor, apague a luz.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Coisas simples

Cada vez mais o mundo vai ficando complicado, modernizado, rápido e inseguro. A sociedade parece não conseguir acompanhar esse acelerado processo que ela mesmo criou; e no final das contas quem paga isso somos nós mesmos, que ficamos à mercê daquilo que nos é ditado.
Percebi recentemente quantas vezes eu fiquei preso no escritório, por causa da internet, das pesquisas por fazer, do bendito "msn" e do maldito "orkut". Perdi a conta de quantas tardes eu dediquei minhas horas fazendo coisas complicadas só porque é necessário se enquadrar no sistema.
Mas hoje de tarde eu resolvi me libertar disso (pelo menos por algumas horas eu fugi da realidade dessa matrix).
Preparei um mate, peguei o carro, busquei meu filho, levei algumas revistas e fui para a beira do rio ver o cair da tarde que há muito eu não fazia.
Relembrei inúmeras tardes de minha infância e juventude - ao lado dos meus amigo - quando se não estávamos jogando futebol, estávamos pescando no rio. Naquela época as horas não importavam, o que determinava a hora de voltar era o escurecer e não uma ligação de celular. Entre os amigos, nos combinávamos indo uns na casa dos outros, não por "scraps" ou "sms". E as tardes eram realmente “fagueiras”.
Nessas horas que passei entre a natureza, a paz e o meu filho, percebi que o ritmo alucinante da vida moderna, as vezes, precisa de intervalos, dessas breves folgas, como a que me dediquei hoje.


Mesmo assim trouxe meu notebook, e daqui do rio registrei esse momento, afinal, já que estamos presos às coisas complicadas da modernidade, nada impede de uní-la com as coisas simples como a nostalgia do passado.