
Epidemia, pandemia, epicentro, isolamento, proliferação, doença, vírus, morte, mais morte.
A gripe suína, surgida no México (em áreas de pobreza humana assomada por multinacionais exploratórias sem preocupação com o meio-ambiente) fez tocar, agora no mundo globalizado, o sinal de alerta, e sua conseqüente preocupação, como já ocorrera outras tantas vezes na historia da humanidade.
A Grécia Antiga sofreu (Praga de Atenas, 430 a.C.), o Império Romano tremeu (Peste dos Antonios, 165-180 d.C.), a Europa inteira foi varrida e um terço de sua população - já enfraquecida por um grande período de fome - dizimada (Peste Negra, 1347-1350/52), e tantas outras não menos importantes, como a Cólera (que assolou países inteiros durante a segunda revolução industrial) provaram a fraqueza da humanidade e o quanto nossa sociedade é vulnerável às pragas.
Hoje, o risco da proliferação da doença e a possibilidade de uma pandemia global está causando um princípio de pânico coletivo justamente num momento em que o mundo vive outra epidemia: a gripe econômica, que a cada espirro contaminado afeta outras nações.
Vírus mortal + fraqueza financeira global = CAOS.
No México, paralisação geral, alerta máximo e mortes. Um amigo, que esteve semana passada em turnê de DJs por lá, em conversa via MSN conta da seguinte forma como está a situação no país de origem da doença:
"(...) tá tudo difícil lá, não consegui ir ao mercado comprar algumas coisas antes de voltar pq não havia nenhum aberto. Todo mundo tá assustado lá no México."
Mas onde realmente estaria o nascedouro dessa epidemia que se alastra e não distingue país rico ou pobre? Como esse vírus mutável surgiu e porque justamente no México?

A pobreza humana de algumas regiões do México foi o terreno fértil para que empresas multinacionais – inescrupulosamente obstinadas a explorar para acumular rendas – desenvolvessem ali atividades sem o aval da OMS (Organização Mundial da Saúde); sim, essa mesma organização que hoje está computando o número de infectados e mortos em cada país!
Assim, na busca de explorar, pilhar, enriquecer, depredar a natureza e todos os recursos locais existentes, sem preocupar-se com o meio ambiente, ninguém mediu as conseqüências nem o resultado de tão assombroso e desastroso para com o próprio ser criador.
Criador de tudo, o homem criou até seu próprio epitáfio. Vamos deixar de legado para as futuras gerações esse mau exemplo, o autoflagelo irracional do racionalismo humano sob a forma de doenças. A crise mundial ainda causará danos à economia, a gripe suína ainda assustará e os nossos filhos herdarão nossos feitos. Mas será que é esse mundo que vamos deixar para nossos descendentes?
As palavras assustadoras que hoje habitam nossos pavores podem deixar de existir e voltar a ser apenas tema de filmes, basta agir enquanto há tempo. MUDANÇA, essa sim, é a palavra de ordem para o novo mundo – livre de pestes e crises – que ainda pode ser construído.

Um comentário:
olá< Pedro!
Tenho tido pouco tempo de blogagens, ma snão deixei d eler o texto do colega no Tribuna. Sabia que encontraria o escrito aqui e quero dizer-te que fiquei muito feliz ao ler aquela que considero a melhor abordagem feita aqui na terrinha para a pandemia já chamada de suína , ma spor lobby das mesmas multinacionais citadas, agora Influenza A ou sei lá o quê mais...
Mais uma vez comprovastes que sempre vale à pena dar uma espiadinha aqui no Provinciano!
Grande abraço!
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