Não tenho o que tirar nem o que acrescentar ao post anterior do meu amigo (e ex-colega de escola) Mundano. Confesso que já tive intenções de escrever justamente sobre esse assunto mas o pouco tempo que tenho de lazer – entre uma atividade educacional e outra – me obriga a estar na presença do meu filho. Por isso deva-se esse relativo desleixo que ultimamente tenho dado ao Blog.
Mas eu passei por essa Semana Farroupilha de 2009 como nunca havia passado. Ao contrário de muitos, que ostentam bombacha, bota e lenço apenas nesse período, eu nem “gaúcho de apartamento” fui. Usei tênis, moleton e até boné. Tudo para mostrar que não se vive a tradição apenas em datas comemorativas. Não se é gaúcho apenas para os outros, se exibindo nas vestimentas; se é gaúcho consigo próprio primeiramente.
Sempre desfilei, tive bons cavalos, bons arreios e gosto da lida campeira. Ultimamente (mais precisamente 3 anos) fui me afastando devido à profissão que cada vez mais exige de mim um profissional dedicado com a causa que resolvi defender. Foi assim que eu percebi que hoje eu defendo tanto a bandeira da educação assim como a do Rio Grande. Vivo para os alunos, mesmo sendo – ás vezes – incompreendido pela família. É o legado que quero deixar para as futuras gerações: educação como palanque para um mundo melhor.
Nem por isso deixei de lado o sentimento altaneiro de ser gaúcho. Hoje já não desfilo mais; os arreios estão atirados num canto do escritório, os cavalos que outrora tive já se foram para o “campo santo”, mas sigo a ostentar o lenço colorado e uso sempre que possível as bombachas que são símbolo da nossa estampa de campeiro. Meu mate está sempre cevado e pronto pra alcançar ao amigo que vier compartilhá-lo comigo numa manhã ou final de tarde.
E meu orgulho de ser gaúcho? Ahhhh, esse irá junto comigo até o dia em que a magra da foice me chamar; e mesmo assim permanecerá viva a chama do homem do sul por muitas outras gerações, pois deixarei de herança para meu filho o orgulho de ser gaúcho.
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