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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Aqueles Segundos de Fama

Mais divertido que os programas de comédia dos canais de televisão aberta (Globo com Zorra Total e Casseta e Planeta; SBT com a cretácea A Praça É Nossa e Record com Show do Tom) é a propaganda eleitoral gratuita dos partidos políticos que concorrem aos cargos de prefeito e vereadores, na cidade de Uruguaiana.

Confesso que após o almoço eu me acomodo na poltrona, em frente ao televisor, e exijo silêncio na sala para poder dar boas risadas com aquilo que os candidatos prometem, expondo-se ao eleitor.
Porém, enquanto me divirto com a comédia política local, rindo e até gargalhando das obscenidades proferidas à mim que chegam ser escandalosamente absurdas, minha consciência social de cidadão e educador se remói de tristeza quando se depara com uma verdade latente sobre a democracia de Uruguaiana:

“Não há candidatos em quem se possa votar!”


Eu que sou bairrista assumido e provinciano até no nome do blog, tenho que aceitar a idéia de que até em Porto Alegre existe uma maior opção de voto do que na cidade onde vivo.
Dirão que estou exagerando, mas não estou. Quatro candidatos disputam a prefeitura e nenhum deles tem todas as qualidades necessárias para governar a cidade. Pois, se para um falta competência, para outro sobra arrogância e soberba; se para outro, dos quatro candidatos, falta “tudo” (quanto à conhecimentos de política), para outro falta habilidade e jogo de cintura (o que é altamente necessário neste ramo).
Para um sobram acusações, de que é fascista, déspota, inflexível, centralizador e, até mesmo, ditador. Pesam sobre tal candidato estas e muitas outras acusações, e eu até não tiro a razão de quem o acusa.
Outro, destes candidatos, passou por um governo onde o município de Uruguaiana esteve relegado à uma das piores administrações do Brasil, na época, segundo uma revista de circulação nacional conceituada, que fez um levantamento de todas as cidades do país; e neste pleito eleitoral, tal candidato ainda ocupa-se mais em acusar seu opositor do que mostrar projetos e planos de governo.
Tem outro candidato que é guarda de rua (não que isso seja pejorativo, longe disso, é um mérito termos um candidato com calos nas mão), mas quer governar uma cidade de mais de 150.000 habitantes tendo o ensino fundamental incompleto (mas isso o Brasil já sabe como é e ainda assim aprova) e querendo cortar gastos essenciais para a manutenção de um governo municipal, contando apenas com um grupo de "pessoas esforçadas", mas nada probas.
E o quarto, e não menos importante dos candidatos, acredita que o mesmo que governar uma casa e uma família é governar uma cidade. Ahhh se tudo fosse tão fácil assim! Mas as utopias estão aí para quem quiser acreditar; e de utopias alguns partidos entendem muito bem.
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Porém, a graça mesmo vem nos dias em que os candidatos às vagas de vereadores se manifestam. Centenas, muitos deles conhecidos meus, apresentam nos seus breves segundos projetos inviáveis, planos impossíveis, se investem de uma autoridade que nunca terão (como vereadores) e prometem... como prometem. Prometem, sorrindo, gesticulando, esbravejando e olhando fixamente para mim e para os telespectadores que assim como eu ficam presos à tela da TV ou rindo ou tristes pelo que presenciam durante o horário eleitoral.
Um candidato quer derrubar toda a floresta de eucaliptos da cidade, outro quer trazer, sozinho, uma universidade; um é o candidato das crianças (como se elas votassem), outro é o candidato dos camelôs; caricaturados tem aos montes: uma candidata é completamente rosa, outro é a reencarnação local de Chê Guevara; entre os mais polêmicos tem aquele que ficou devendo tanto dinheiro quando prefeito que hoje quer fiscalizar o governo municipal como vereador (pode isso?) e outro que não tem dinheiro, não tem emprego e não promete nada pra ninguém (pelo menos foi exacerbadamente sincero), mas ainda sim quer esta “tetinha” pra deixar de ser desempregado e ter dinheiro.
Parece surreal, mas este é o cenário político do município de Uruguaiana. Nem Woody Allen faria uma comicidade dramática tão intensa como o horário eleitoral desta cidade é capaz. É uma alternância de sentimentos durantes estes minutos que nos levam da alegria ao desespero em segundos; e entre segundos de um candidato e outro eu vivo estas emoções, fortes, hilárias e apavorantes, pois a política (pelo menos a local) virou um circo de horrores na qual eu e meus munícipes somos a platéia, que assiste passiva aos segundos de fama que os políticos buscam em campanha.
Mas depois de eleitos, a coisa muda; eles somem, as promessas se perdem no vazio e a platéia, que assistia ao espetáculo do circo, coloca o nariz vermelho e vira ator/palhaço por mais quatro anos.


A solução?
Infelizmente farei isso neste pleito (mas que não sirva de conselho).

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Alegria minha foi esta noite de sexta-feira (27/09); fiquei satisfeito de ver apenas dois candidatos apresentarem propostas, projetos, exporem planos e visões para os problemas internacionais e de seu próprio país (EUA). McCain e Obama, ambos buscando a presidência da maior potência do mundo, fizeram do debate um exercício de cidadania, democracia e respeito às idéias. Confesso que me idenfiquei mais com o candidato democrata.

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Notícias que colhi nos sites durante a semana e de valiosas informações tanto sociais como históricas:

JESUS CRISTO MAIS HUMANO:

O JOGO DA EVOLUÇÃO:

REVELAÇÕES SOBRE A MISTERIOSA STONEHENGE:
O DÓLAR ACABOU?

domingo, 21 de setembro de 2008

Coisas desimportantes - (Parte II)

Dando continuidade em alguns temas que ficaram apenas no "Parte I", trago mais coisas desimportantes apenas para nao deixar este domingo passar sem ter escrito absolutamente nada.
Em primeiro lugar, algo que pode ser tão desimportante como ler horóscopo (pois eu nao credito que todomundo que tenha nascido em tal data tenha o mesmo destino) hoje se comemora o dia da árvore. Clap, clap, clap !!!
A nossa sociedade humana mata e desmata diariamente e inventam um mísero dia para comemorar? A hipocrisia não tem limites mesmo.


Também celebra-se hoje o dia da paz (isso até que não é tão desimportante). A ONU, uma organização que intermedia as relaçoes internacionais, mas que já não é mais respeitada pelas grandes potência, escolheu o dia 21 de setembro para celebrar a paz mundial (mas em algumas regioes do planeta esta data passa direto.

O site do G1.com.br elaborou um QUIZ muito interessante e instrutivo com 10 perguntas sobre a paz e seus principais defensores:


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Um teste de memorização a matemática muito legal; pena estar em japonês (ou chinês, sei lá)


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Como funciona a internet (segundo um português)

Aí o Manoel chega para o Joaquim e pergunta:- Escuta cá, ó Juaquim, tu que és um homem sempre bem informado, me diga uma coisa: como funciona esta tal de Internet?- Bem, Manuel, vamos começaire do princípio. Tu já viste as cabrascomeirem capim e cagairem bolitas igual a azeitonas?- Sim, Juaquim, já vi muitas vêzes!- E tu já viste os touros comeirem capim e cagairem umas placas de bosta verde deste tamanho?- Sim, também já vi, Juaquim!- Oras pois, me diga cá, se os dois bichos comem do mesmo capim, como é que podem cagairem merdas tão diferentes?- Bain, Juaquim, eu não faço a mínima idéia!- Pois então, Manuel! Se tu não entendes nem de merda, como já queires entenderes de Internet?

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O Grêmio cada vez mais deixa os rivais (Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo) se aproximarem, quase na reta final do campeonato, causando pânico em sua torcida já quase comemorava o título com antecedência.
Aviso: o título é nosso, não se preocupem. Afinal, alguém já viu uma conquista tricolor com folgas?
O Tri-Campeonato Brasileiro virá na última rodada. Quem tiver coração forte viverá para presenciar.
Já comprei minha bandeira para festejar!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Como é bom desfilar no Brasil

Aproveitei este ínterim dos desfiles que ocorrem aqui no estado, entre o 07 de Setembro e 20 de Setembro, para divagar um pouco sobre como o brasileiro gosta de eventos públicos (acrescentem neste meu pensamento o carnaval de “rua”, ícone máximo de nossa cultura) e como nós comemoramos qualquer coisa.
Pensei até em parar de escrever este artigo e não publicá-lo, pois certamente haveria retaliação forte da crítica que me acompanha, caso fosse vá ao ar estas minhas idéias, mas manterei minha coragem ao acercar sobre o assunto e a crítica que agüente ou que se sustente.
Entendo que carnaval é uma festa popular, que envolve esta pluralidade étnica que é o Brasil e que nele (carnaval) não se acrescentam ideologias nem movimentos políticos em torno do evento (se bem que é bem nesta época que a política brasileira pula e se joga confete em Brasília se beneficiando do dinheiro público enquanto nós bebemoramos a “festa da carne”; carne esta que lá por agosto ou setembro irá faltar na mesa do folião de fevereiro).
Mas é em setembro que o povo vai às ruas; não em manifestação nem em protesto, mas em comemoração e celebração à Independência do Brasil. Os soldados marcham mostrando o poderio bélico do exército, da marinha e da Aeronáutica brasileira (boa parte dela sucateada); as crianças desfilam por suas escolas, vindas de todos os bairros, de todas as classes, ostentando os uniformes ou a velha e clássica “camiseta branca e calça jeans” (Opa! ‘Jeans’ não é norte-americano? Estranho!) e as pessoas aplaudem a data que libertou o Brasil, então colônia, lá nos idos de 1822, do jugo da metrópole portuguesa que queria retroceder o Brasil de Reino Unido à colônia novamente.
Foi um grito de “Independência ou Morte” que desatou as amarras colônias e criou a nação, e realmente isto é motivo de orgulho patriótico; mas alguém lembra o que custou este brado de D. Pedro I? Perguntem à Inglaterra, a mais feliz das nações neste processo que culminou com uma dívida centenária da qual os cofres brasileiros se esgotaram pagando.
Invertendo um pouco os fatos, eu poderia dizer que desfilamos comemorando o que o brasileiro mais tem: DÍVIDAS! (Agora sim, vão começar a críticas)
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Isso só acontece no Brasil; não é brincadeira, é fato. Somente no Brasil os fuzileiros navais bebem cachaça e cerveja trajados em farda de gala num boteco na esquina da Capitania dos Portos (melhor, somente em Uruguaiana se vê isso).
Acreditem, foi esta a primeira cena, logo de manhã, que vi ao sair para a sacada do meu apartamento: oficiais com suas fardas e condecorações bebendo num botequinho na esquina do prédio onde moro.
Felizmente o boteco se chama “Bar Brasil”, ou seja: os oficiais estavam a serviço da pátria!
Outros oficiais, que precisam defender o cidadão fazem isso em horário de trabalho:





Mas tudo bem, o Brasil é o país que dança até na corda bamba.
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Passam-se mais alguns dias e no Rio Grande do Sul se festeja a gloriosa Semana Farroupilha. (Depois disso serei crucificado após postar este artigo)
Uma semana de festejos, cavalgadas, chama crioula, todo mundo usando bombacha (aí acaba a semana a bombacha volta a ser considerada vestimenta no sense), bailes, piquetes, e... DESFILE.
Mas há sim, o que se comemorar nesta data tão épica; afinal foram dez longos anos que a República Riograndense enfrentou as hostes imperiais lutando em frangalhos, já quase em farrapos.
Nossos guerreiros pereceram em campo de batalha mas não arredaram pé em nome daquilo em que acreditavam ser seu ideal: defender a sua mátria, a sua pátria.
Os Generais Farroupilhas, que protagonizaram a revolta, interessados na valorização de seus comércios (o charque) hoje são celebrados, imortalizados, lembrados em bustos e nomes de ruas e cidades.
E aqueles que lutaram pelo Rio Grande e que nem terra tinham (pois lutaram por estes generais) hoje estão gravados apenas no orgulho que temos por nossa terra.
Há de se lembrar que todos os “Generais” Farroupilhas, após se renderem ao Império, receberam indenizações do governo, alteraram como queriam a política econômica do charque, permaneceream fazendeiros e ainda foram incorporados ao Exército Imperial com patentes de Coronéis, enquanto que os peões (aqueles que sobreviveram) voltaram a trabalhar nas grandes estâncias e os negros (os que acreditaram na promessa de liberdade externado até na bandeira do Rio Grande) foram traídos e muitos deles mortos por seus próprios "Coronéis".

Mas pra quê lembrar disso? Bom é desfilar, não importa o motivo, não importa a celebração, o que vale é comemorar; e isso o brasileiro sabe mais que ninguém.

Viva o Brasil! Viva o Rio Grande! (mas “vivas” com uma parcela de reservas)

Bom desfile gauchada (enalteçam aqueles que acreditaram num mundo mais justo, livre da tirania, da opressão e dos interesses sórdidos da política de interesses).
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Os slides do segundo módulo de Pré-Vestibular:

domingo, 7 de setembro de 2008

"Eles" estão cada vez mais sofisticados

Eu não sou de polemizar, longe disso; não é da minha índole apontar o dedo e acusar, sem ao menos tentar mostrar, também, uma solução possível e plausível para a queixa que posso vir a prestar ao me deparar com algum problema social.
Mas se na minha penúltima matéria eu relatei que o Brasil pode melhorar (e destaco: “pode”), entretanto é um processo lento, desta vez cabe à mim enxergar algumas realidades duras de nosso país.
Porém, enquanto nós rastejamos, lentamente, buscando um Brasil melhor, de qualidade e com condições sociais dignas para todos, outros grupos dentro deste mesmo continental Brasil estão anos luz a frente desta nossa inerte sociedade. Este que eu cito são grupos que se aproveitam das facilidades que a justiça, o sistema e a própria sociedade braZileira (sim, com Z) proporciona. Hoje a sociedade que nós vivemos está completamente voltada para o logro, para a ilegalidade, para a fraude e para o cometimento de crimes que vão tornando-nos cada vez mais vítimas dentro de nosso meio viver e fazendo os bandidos mais sofisticados na arte do crime.

Eu tenho a maior clareza mental ao dizer que o Brasil está virando o país do crime; e não é para menos, as notícias que leio diariamente mostram tais atos ilícitos desde as mais baixas camadas sociais até o alto escalão.
Roubar uma galinha ou roubar a previdência, matar um vizinho (por R$ 3,00 reais) ou matar dezenas de pessoas (em uma chacina encomendada), hoje é tão comum que os telejornais estão selecionando quais notícias veicular, porque se noticiarem todas não haverá tempo suficiente dentro do programa.
O crime se modernizou mais rápido que o sistema, o tráfico tem armas mais poderosas que a polícia (e deve-se lembrar que dentro da polícia há os que fornecem armas para o tráfico), a pirataria vende mais que o mercado pagador de ICMS e impostos, o estelionato trafega dentro dos órgãos de justiça, a venda de influências... bom, isso já é bem antigo, a lavagem de dinheiro é tão descarada, escancarada, tão lavada que quase não se faz mais caso disso.
O Brasil, o meu Brasil, o seu Brasil, aquele Brasil que a gente queria (mas que está difícil de sê-lo) hoje é falso em meio à tanta crime e roubalheira, tão falso como uma nota de R$ 3,00 reais (aquela que um vizinho mataria o outro).
Mas aí você diria: - Como um vizinho mataria o outro por uma nota de R$ 3,00 reais, se não existe tal cédula?

Acredite, meu amigo compatriota, o crime já nos proporciona esta nova cédula que pode servir de troco para uma compra de R$ 7,00 reais, quando você pagar com uma nota de R$ 10,00 ou para se cometer um homicídio envolvendo uma dívida irrisória que deveria ser quitada em três notinhas de R$ 1,00 real.

A propósito: Alguém aí tem troco?

A notícia sobre a quadrilha que foi presa aqui no RS com a fabulosa cédula de três reais:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL739721-5598,00.html

Agora eu pergunto: você também é corrupto? a UOL testa você neste Quiz interessante; mas afinal, você é ou não é CORRUPTO? Tem coragem para responder?