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terça-feira, 7 de março de 2017

Se Thomas Hobbes vivesse no Brasil

"O homem é o lobo do próprio homem."
Ao publicar a obra O Leviatã, em 1651, o filósofo inglês Thomas Hobbes anteviu o que aconteceria no Espírito Santo, e no Brasil, em 2017.
Segundo Hobbes, no Estado Natural, o homem livre e selvagem tende a praticar todo tipo de barbárie, dada a sua natureza má.
Com a instituição do Estado, o homem perderia liberdades mas ganharia a ORDEM, o que Hobbes chamava de "Pacto Social".
Sem a polícia nas ruas do Espírito Santo, o Pacto Social se desfez, a ordem deu lugar a desordem, e o homem voltou ao seu Estado mais natural de selvageria.
Ontem, parte do Rio de Janeiro e algumas cidades de Minas Gerais também começaram a ficar sem atividade policial.
O Pacto Social aqui foi rompido e o Brasil caminha a passos largos para o caos institucionalizado.
E se Thomas Hobbes fosse vivo, e conhecesse o Brasil atual, parafrasearia a sua própria citação, dizendo:
"Naquele país, o brasileiro se tornou o lobo do próprio brasileiro!"

Houve um tempo

Houve um tempo em que o brasileiro abria um Jornal ou assistia alguma Mídia e podia acompanhar os pensamentos de "formadores de opinião" como Carlos Drummond de Andrade, Assis Chateuabriand, Cecília Meireles, Clarice Linspector, jornal O Pasquim, Luiz Carlos Alborguetti, Gilberto Freyre, Sergio Buarque de Holanda, José Lins do Rêgo, Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna, Carlos Lacerda, Millor Fernades e Paulo Francis.
Hoje o brasileiro abre o Jornal ou acessa a Mídia Virtual e pode acompanhar as diarreias frasais dos "novos formadores de opinião" como Gregório Duvivier, Emicida, Socialista Morena, Quebrando Tabu, Felipe Neto, PC Siqueira, Kéfera Buchmann, Paulo Henrique Amorim e Tico Santa Cruz.
Aí está a explicação do porquê atualmente temos uma sociedade brasileira bestializada mas que insiste em acreditar que é culta.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Não ao "Carpe Diem"

Não ao "Carpe Diem"
No final do Império Romano, durante a sua derrocada (quando a população fugia para os campos, os bárbaros invadiam as cidades e a sociedade vivia o auge de sua crise moral) os romanos criaram o termo "Carpe diem, quam minimum credula postero = aproveite o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã", como quem diz: "viva o momento, não sabemos o que acontecerá amanhã, não existe futuro, o fim está próximo!"
Em 476 d.C. o Mundo Romano no ocidente acabou.
Mas o Carpe Diem ficou. E permanece presente na sociedade contemporânea, principalmente na vida dos jovens.
Pois hoje o jovem toma rivotril e vive ansioso e preocupado apenas com o presente, frequenta baladas como se fossem a última, bebe num open-bar o máximo que seu organismo consegue resistir, e mesmo assim, quando o corpo já não aguenta mais, bebe energéticos e consome Ecstasy e LSD para suportar mais tempo em pé dançando. Quando chega em casa, este jovem agora precisa tomar um remédio para fazê-lo dormir, pois o outro remédio havia lhe deixado acordado.
E nesse alucinante Carpe Diem diário, o jovem já não tem mais perspectivas de futuro; até porque não chegou a criar o seu próprio passado e - portanto - não construiu a sua identidade moral.
Dessa forma, o jovem contemporâneo está apenas vivendo, assim como os romanos viveram em seus últimos dias.
Roma sucumbiu carpediando.
Não podemos permitir que nossos jovens sucumbam também.