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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

E agora 2008?

Sobrevivi...
Passei pelos 366 dias desse longo ano (longo mesmo, afinal, tivemos um dia a mais que nos outros anos) ou terão os dias passado por mim?
A verdade é que chego nesse derradeiro momento do ano com estranhos sentimentos quanto às coisas que aconteceram: vivi, sobrevivi; sorri, chorei; amei e talvez tenha sido amado em algum momento; mas acima de tudo, eu aprendi.
Aprendi que calar é importante quando necessário.
Aprendi que mentiras são necessárias em determinadas circunstancias, mas que viver delas pode tornar-se um vício com conseqüências profundas à quem está perto.
Aprendi que amigos são necessários, mas que não se pode sair por aí a procurar amizade (pois a amizade é uma descoberta natural entre duas pessoas).
Aprendi que nem tudo que a gente faz será bem recebido pelos olhos críticos daqueles que nos rodeiam.
Aprendi que não se deve deixar coisas para depois; esse depois pode nunca chegar e o arrependimento pode ser fatal. (meu primo Fabio faleceu hoje, depois de meses sofrendo com o vírus do HIV e muitas vezes eu prometia à mim mesmo ir visitá-lo e levar frutas, e agora vou viver num certo arrependimento de não tê-lo feito enquanto era tempo).
Aprendi que o reconhecimento não vem escrito em uma placa de bronze, numa praça, mas no muito obrigado sincero que alguém inesperadamente nos fala.
Aprendi que a vida é extremamente dura como um cansativo dia de trabalho; mas que o sorriso e o abraço de um filho, ao se chegar em casa, é a maior bateria para uma alma cansada.
E o mais importante desse árduo, penoso e longo 2008 foi que aprendi a aprender.

Eu não consigo guardar rancor de pessoas, quem dirá de datas; se 2008 me deixa algumas seqüelas que ainda podem estar doendo, somente o tempo fará com que eu lembre desse ano como uma lição de vida; pois o velho jargão diria simplesmente: vivendo e aprendendo.

Vivi.
Aprendi.
Em 2009? Quero viver ainda mais; e ensinar às pessoas a minha volta o quanto é bom aprender (mesmo que seja com os próprios erros).
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Coisas que eu deixei de postar aqui durante essas últimas semanas, mas deixo agora para encerrar o ano sem dívidas:
RETROSPECTIVA 2008:
REVOLUÇÃO CUBANA:
40 ANOS DO AI-5:
DICAS PARA O VESTIBULAR DE HISTÓRIA:
BARACK OBAMA - UMA NOVA PÁGINA NA HISTÓRIA MUNDIAL:
RECORDAR É VIVER:
20 ANOS DA COSNTITUIÇAO DE 1988:
Em tempo: Sobre 2009, os mais céticos irão dizer: "(...) é apenas uma mudança de data!" Mas afinal, não custa nada acreditar!

sábado, 29 de novembro de 2008

A FASE EREMITA

Passadas semanas onde minha ausência foi perceptível até neste blog, retorno para tratar justamente de ausência, de isolamento, de permanecer afastado das coisas, das pessoas, do mundo que está aí a nos cercar.
É a vida de um eremita[1] (ou ermitão), buscar o silêncio, a distância e um refúgio seguro, onde somente consigo mesmo poderá este ser solitário estar protegido dos “por vires” que a vida causa.
Entrei nessa fase recentemente; em parte por vontade própria (as vezes ficar sozinho é um tratamento muito eficiente para tratar problemas pessoais), em parte pelas atribulações profissionais que a vida nos imprime constantemente na alucinante correria capitalista dessa nossa sociedade pós-moderna fazendo-nos máquinas de trabalho completamente insensíveis quanto ao próximo (que deve ser considerado um concorrente, e não um irmão); mas em grande parte também, eu atribuo essa nova fase a qual acabei mergulhando, ao fato de ter me dado conta que muitas coisas que até pouco tempo atrás existiam no meu meio viver, hoje estão escassas: amizades – profundas e verdadeiras amizades.
A palavra amizade não deveria constar nos dicionários; pois não seria uma dúzia de outras palavras que conseguiria lhe definir. A palavra amizade deveria ser, sim, uma busca eterna na qual as pessoas deveriam primeiro proceder, para depois poder entender.
Não senhores, esta postagem não tem o intuito de fazer cobranças ou reclamar daqueles amigos que hoje não estão próximos para compartilhar um mate ou uma conversa fiel. Mas é que ultimamente fui percebendo que ao passo em que crescemos, amadurecemos psicologicamente e nos envolvemos seriamente na sociedade em que vivemos, vamos pouco a pouco deixando de lado sentimentos, entre eles o da amizade.

Repassando estes meus anos de experiências aqui na terra, lembro de amigos de infância (já de longa data), amigos dos tempos de escola, amigos do futebol, amigos que conquistei na faculdade; amigos...
Na verdade, desde que me conheço, tive e tenho poucos amigos; em um universo de centenas de pessoas sempre tive o prazer de dizer que meus amigos podiam ser contados nos dedos das mãos e ainda me sobrariam dedos! Mesmo assim estes poucos companheiros para mim tiveram (e alguns deles ainda tem) uma significativa e relevante importância, pois cada um deles, em determinado momento, foram uma mão amiga, uma guarida, uma base de apoio, quando tempestuosas tormentas sacudiram meu mundo.
Mas hoje, quando me encontro na fase mais plena de vida, realizado profissionalmente, socialmente e familiarmente, os busquei novamente para compartilhar da alegria na qual me encontro. E não os encontrei.
Alguns o destino ceifou, outros o sistema nos separou (remetendo-os para bem longe em busca de qualidade de vida e trabalho), uns que a diminuição de contato diminuiu também a relação amigável, e outros que... bem, melhor nem dizer (mas que tem o dedo do bichinho mulher nessa interferência, tem). Então, percebendo da situação na qual embarquei (por motivos meus e de outrem) acabei aceitando passivamente – e confesso, estou gostando – a nova fase que tratei de apelidá-la de “fase eremita”.

Escrevi tal matéria após assistir atonitamente a tragédia que assolou o estado de Santa Catarina, que me deixou preocupado por lembrar que um dos meus grandes amigos (com quem estou perdendo o contato) hoje vive naquele estado.
Mas termino a minha postagem mais tranqüilo, ele acabou de dar sinal de vida fazendo um comentário em uma foto do meu orkut, sobre outro amigo meu, que também mora longe, na Argentina; e ironicamente por uma foto, de uma época já meio distante, consegui unir dois destes meus amigos em contato novamente, mostrando que ainda existe amizade sim, só que as vezes ela está escondida, num medo sobre uma notícia, num blog ou até mesmo numa foto de orkut.

Em tempo: só não me tornei mais eremita, pois nesta semana fiz a barba e cortei o cabelo. Até porque barbudos nessa época só o Papai Noel e os companheiros da "estrelinha" (com excessão da Dilma, que é mulher).

[1] Um eremita ou ermitão é um indivíduo que, usualmente por penitência, religiosidade, misantropia ou simples amor à natureza, vive em lugar deserto, isolado. O local de sua morada é designado eremitério.
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Pra não perder o humor, deixo um vídeo do grande goleiro do time da Beira-Rio:

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Propagandear pode?


Vou aproveitar este meu próprio espaço para divulgar o seminário que, juntamente com o Curso Meta, estou promovendo.

Trata-se do:
I Seminário "As Múltiplas Relações da História no Currículo Escolar"
Dias 31/10 e 01/11 (Primeira Etapa)
Local: Clube Comercial-Uruguaiana
Temas: Arqueologia / Biologia / Didática / Filosofia / Geografia / História / Mostras Literárias / Multidisciplinaridade / Oficinas / Paleontologia / Sociologia

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Professores da UFSM, PUC-RS e convidados.

Informações: (55) 3411-8193 / (55) 84095148 / (55) 8119/6779
meta_historia@hotmail.com - cursosmeta@hotmail.com
Inscrições: Meta - Cursos e Concursos (Rua XV de Novembro-1709)

Certificados de 20 e 40 horas (Organização: Cursos Meta)

PROGRAMAÇÃO:



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Para os alunos do Pré-Vestibular:
http://www.4shared.com/file/66907135/14181ac2/MDULO_3_-_4_AULAS.html
(terceiro módulo de SLIDES)
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Semana que vem retorno escrevendo e nao "propagandeando".

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Coisas Desimportantes (Parte - III)

Até que gostei de escrever sobre as "Coisas Desimportantes", pois criei tal tópico para deixar o BLOG menos contestador e mais com cara de blog mesmo. Deixo de ser crítico (como muitos agora me chamam) e trago inutilidades completamente sem importância cultural nenhuma, mas que fazem você leitor se distrair e até rir, assim como eu, das coisas que acho na internet durante a semana. Hoje, mais desinteressante que os últimos, os links abaixo pouco ou quase nada irão acrescentar ao conhecimento de vocês; com algumas raríssimas exceções (como o texto que ajuda a estudar para vestibular) o resto é de uma perda de tempo total. Mas é isso que rola em 90% da internet; não poderia ser diferente no Blog do Provinciano.

1 - Tem toda razão aqueles que me atiraram pedras dizendo que eu critico demais a política de Uruguaiana. Aqui a coisa é séria (sim, estou sendo irônico), chata, repetitiva e pouco original. Políticos bons são estes que a UOL conseguiu registrar pelos quatro cantos do Brasil; um verdadeiro circo:

http://noticias.uol.com.br/monkeynews/album/galeramedonha_album.jhtm


2 - Falando em candidatos: esta moça aqui, se eleita for, terá que dar o que tem de melhor aos seus eleitores:




3 – Aos amigos que gostam e jogam video-game (em especial Rafael Fanti e Richard Pachamé), a Petrobrás e a OI (telefonia móvel) estão trazendo ao Brasil entre os dias 28/09 e 05/10 um mega-concerto com a trilha sonora dos mais famosos games de todos os tempos. Em seu repertório estão clássicos de jogos como God of War (eleito o melhor jogo de Playstation de todos os tempos), Zelda, Final Fantasy, Warcraft (o meu preferido) entre outros.

http://www.videogameslive.com.br/

No site se pode escutar algumas das trilhas sonoras; e no EMULE é possível baixar o Cd completo.

4 – Para os alunos (em especial aqueles mais “largados” na hora de estudar) um cientista norte-americano ensina uma nova forma de estudar menos e assimilar melhor:

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL780114-5604,00-CIENTISTA+AMERICANO+ENSINA+COMO+APRENDER+MELHOR+SEM+ESTUDAR+MAIS.html

5 – Em tempos de crise é sempre bom relembrar o passado glorioso do Imortal Tricolor:




Volto a afirmar: o Grêmio será campeão; mas só na última rodada. Quem tiver coração forte e resistir viverá para ver.

6 – A matéria da semana passada deu o que falar; foi a mais comentada aqui no Blog e eu ainda aproveitei para publicá-la, também, na comunidade de Uruguaiana, no Orkut.
Resultado: polêmica!

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=33657&tid=5250434551126810547

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7 - Finalizando: este cara aqui é "o cara"



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Escrevo esta matéria enquanto comemoro o final da Propaganda Eleitoral Gratuíta (na verdade obrigatória); somente daqui quatro anos sofrerei de novo com as figurinhas locais.

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Aos amigos uma boa eleição!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Aqueles Segundos de Fama

Mais divertido que os programas de comédia dos canais de televisão aberta (Globo com Zorra Total e Casseta e Planeta; SBT com a cretácea A Praça É Nossa e Record com Show do Tom) é a propaganda eleitoral gratuita dos partidos políticos que concorrem aos cargos de prefeito e vereadores, na cidade de Uruguaiana.

Confesso que após o almoço eu me acomodo na poltrona, em frente ao televisor, e exijo silêncio na sala para poder dar boas risadas com aquilo que os candidatos prometem, expondo-se ao eleitor.
Porém, enquanto me divirto com a comédia política local, rindo e até gargalhando das obscenidades proferidas à mim que chegam ser escandalosamente absurdas, minha consciência social de cidadão e educador se remói de tristeza quando se depara com uma verdade latente sobre a democracia de Uruguaiana:

“Não há candidatos em quem se possa votar!”


Eu que sou bairrista assumido e provinciano até no nome do blog, tenho que aceitar a idéia de que até em Porto Alegre existe uma maior opção de voto do que na cidade onde vivo.
Dirão que estou exagerando, mas não estou. Quatro candidatos disputam a prefeitura e nenhum deles tem todas as qualidades necessárias para governar a cidade. Pois, se para um falta competência, para outro sobra arrogância e soberba; se para outro, dos quatro candidatos, falta “tudo” (quanto à conhecimentos de política), para outro falta habilidade e jogo de cintura (o que é altamente necessário neste ramo).
Para um sobram acusações, de que é fascista, déspota, inflexível, centralizador e, até mesmo, ditador. Pesam sobre tal candidato estas e muitas outras acusações, e eu até não tiro a razão de quem o acusa.
Outro, destes candidatos, passou por um governo onde o município de Uruguaiana esteve relegado à uma das piores administrações do Brasil, na época, segundo uma revista de circulação nacional conceituada, que fez um levantamento de todas as cidades do país; e neste pleito eleitoral, tal candidato ainda ocupa-se mais em acusar seu opositor do que mostrar projetos e planos de governo.
Tem outro candidato que é guarda de rua (não que isso seja pejorativo, longe disso, é um mérito termos um candidato com calos nas mão), mas quer governar uma cidade de mais de 150.000 habitantes tendo o ensino fundamental incompleto (mas isso o Brasil já sabe como é e ainda assim aprova) e querendo cortar gastos essenciais para a manutenção de um governo municipal, contando apenas com um grupo de "pessoas esforçadas", mas nada probas.
E o quarto, e não menos importante dos candidatos, acredita que o mesmo que governar uma casa e uma família é governar uma cidade. Ahhh se tudo fosse tão fácil assim! Mas as utopias estão aí para quem quiser acreditar; e de utopias alguns partidos entendem muito bem.
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Porém, a graça mesmo vem nos dias em que os candidatos às vagas de vereadores se manifestam. Centenas, muitos deles conhecidos meus, apresentam nos seus breves segundos projetos inviáveis, planos impossíveis, se investem de uma autoridade que nunca terão (como vereadores) e prometem... como prometem. Prometem, sorrindo, gesticulando, esbravejando e olhando fixamente para mim e para os telespectadores que assim como eu ficam presos à tela da TV ou rindo ou tristes pelo que presenciam durante o horário eleitoral.
Um candidato quer derrubar toda a floresta de eucaliptos da cidade, outro quer trazer, sozinho, uma universidade; um é o candidato das crianças (como se elas votassem), outro é o candidato dos camelôs; caricaturados tem aos montes: uma candidata é completamente rosa, outro é a reencarnação local de Chê Guevara; entre os mais polêmicos tem aquele que ficou devendo tanto dinheiro quando prefeito que hoje quer fiscalizar o governo municipal como vereador (pode isso?) e outro que não tem dinheiro, não tem emprego e não promete nada pra ninguém (pelo menos foi exacerbadamente sincero), mas ainda sim quer esta “tetinha” pra deixar de ser desempregado e ter dinheiro.
Parece surreal, mas este é o cenário político do município de Uruguaiana. Nem Woody Allen faria uma comicidade dramática tão intensa como o horário eleitoral desta cidade é capaz. É uma alternância de sentimentos durantes estes minutos que nos levam da alegria ao desespero em segundos; e entre segundos de um candidato e outro eu vivo estas emoções, fortes, hilárias e apavorantes, pois a política (pelo menos a local) virou um circo de horrores na qual eu e meus munícipes somos a platéia, que assiste passiva aos segundos de fama que os políticos buscam em campanha.
Mas depois de eleitos, a coisa muda; eles somem, as promessas se perdem no vazio e a platéia, que assistia ao espetáculo do circo, coloca o nariz vermelho e vira ator/palhaço por mais quatro anos.


A solução?
Infelizmente farei isso neste pleito (mas que não sirva de conselho).

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Alegria minha foi esta noite de sexta-feira (27/09); fiquei satisfeito de ver apenas dois candidatos apresentarem propostas, projetos, exporem planos e visões para os problemas internacionais e de seu próprio país (EUA). McCain e Obama, ambos buscando a presidência da maior potência do mundo, fizeram do debate um exercício de cidadania, democracia e respeito às idéias. Confesso que me idenfiquei mais com o candidato democrata.

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Notícias que colhi nos sites durante a semana e de valiosas informações tanto sociais como históricas:

JESUS CRISTO MAIS HUMANO:

O JOGO DA EVOLUÇÃO:

REVELAÇÕES SOBRE A MISTERIOSA STONEHENGE:
O DÓLAR ACABOU?

domingo, 21 de setembro de 2008

Coisas desimportantes - (Parte II)

Dando continuidade em alguns temas que ficaram apenas no "Parte I", trago mais coisas desimportantes apenas para nao deixar este domingo passar sem ter escrito absolutamente nada.
Em primeiro lugar, algo que pode ser tão desimportante como ler horóscopo (pois eu nao credito que todomundo que tenha nascido em tal data tenha o mesmo destino) hoje se comemora o dia da árvore. Clap, clap, clap !!!
A nossa sociedade humana mata e desmata diariamente e inventam um mísero dia para comemorar? A hipocrisia não tem limites mesmo.


Também celebra-se hoje o dia da paz (isso até que não é tão desimportante). A ONU, uma organização que intermedia as relaçoes internacionais, mas que já não é mais respeitada pelas grandes potência, escolheu o dia 21 de setembro para celebrar a paz mundial (mas em algumas regioes do planeta esta data passa direto.

O site do G1.com.br elaborou um QUIZ muito interessante e instrutivo com 10 perguntas sobre a paz e seus principais defensores:


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Um teste de memorização a matemática muito legal; pena estar em japonês (ou chinês, sei lá)


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Como funciona a internet (segundo um português)

Aí o Manoel chega para o Joaquim e pergunta:- Escuta cá, ó Juaquim, tu que és um homem sempre bem informado, me diga uma coisa: como funciona esta tal de Internet?- Bem, Manuel, vamos começaire do princípio. Tu já viste as cabrascomeirem capim e cagairem bolitas igual a azeitonas?- Sim, Juaquim, já vi muitas vêzes!- E tu já viste os touros comeirem capim e cagairem umas placas de bosta verde deste tamanho?- Sim, também já vi, Juaquim!- Oras pois, me diga cá, se os dois bichos comem do mesmo capim, como é que podem cagairem merdas tão diferentes?- Bain, Juaquim, eu não faço a mínima idéia!- Pois então, Manuel! Se tu não entendes nem de merda, como já queires entenderes de Internet?

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O Grêmio cada vez mais deixa os rivais (Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo) se aproximarem, quase na reta final do campeonato, causando pânico em sua torcida já quase comemorava o título com antecedência.
Aviso: o título é nosso, não se preocupem. Afinal, alguém já viu uma conquista tricolor com folgas?
O Tri-Campeonato Brasileiro virá na última rodada. Quem tiver coração forte viverá para presenciar.
Já comprei minha bandeira para festejar!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Como é bom desfilar no Brasil

Aproveitei este ínterim dos desfiles que ocorrem aqui no estado, entre o 07 de Setembro e 20 de Setembro, para divagar um pouco sobre como o brasileiro gosta de eventos públicos (acrescentem neste meu pensamento o carnaval de “rua”, ícone máximo de nossa cultura) e como nós comemoramos qualquer coisa.
Pensei até em parar de escrever este artigo e não publicá-lo, pois certamente haveria retaliação forte da crítica que me acompanha, caso fosse vá ao ar estas minhas idéias, mas manterei minha coragem ao acercar sobre o assunto e a crítica que agüente ou que se sustente.
Entendo que carnaval é uma festa popular, que envolve esta pluralidade étnica que é o Brasil e que nele (carnaval) não se acrescentam ideologias nem movimentos políticos em torno do evento (se bem que é bem nesta época que a política brasileira pula e se joga confete em Brasília se beneficiando do dinheiro público enquanto nós bebemoramos a “festa da carne”; carne esta que lá por agosto ou setembro irá faltar na mesa do folião de fevereiro).
Mas é em setembro que o povo vai às ruas; não em manifestação nem em protesto, mas em comemoração e celebração à Independência do Brasil. Os soldados marcham mostrando o poderio bélico do exército, da marinha e da Aeronáutica brasileira (boa parte dela sucateada); as crianças desfilam por suas escolas, vindas de todos os bairros, de todas as classes, ostentando os uniformes ou a velha e clássica “camiseta branca e calça jeans” (Opa! ‘Jeans’ não é norte-americano? Estranho!) e as pessoas aplaudem a data que libertou o Brasil, então colônia, lá nos idos de 1822, do jugo da metrópole portuguesa que queria retroceder o Brasil de Reino Unido à colônia novamente.
Foi um grito de “Independência ou Morte” que desatou as amarras colônias e criou a nação, e realmente isto é motivo de orgulho patriótico; mas alguém lembra o que custou este brado de D. Pedro I? Perguntem à Inglaterra, a mais feliz das nações neste processo que culminou com uma dívida centenária da qual os cofres brasileiros se esgotaram pagando.
Invertendo um pouco os fatos, eu poderia dizer que desfilamos comemorando o que o brasileiro mais tem: DÍVIDAS! (Agora sim, vão começar a críticas)
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Isso só acontece no Brasil; não é brincadeira, é fato. Somente no Brasil os fuzileiros navais bebem cachaça e cerveja trajados em farda de gala num boteco na esquina da Capitania dos Portos (melhor, somente em Uruguaiana se vê isso).
Acreditem, foi esta a primeira cena, logo de manhã, que vi ao sair para a sacada do meu apartamento: oficiais com suas fardas e condecorações bebendo num botequinho na esquina do prédio onde moro.
Felizmente o boteco se chama “Bar Brasil”, ou seja: os oficiais estavam a serviço da pátria!
Outros oficiais, que precisam defender o cidadão fazem isso em horário de trabalho:





Mas tudo bem, o Brasil é o país que dança até na corda bamba.
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Passam-se mais alguns dias e no Rio Grande do Sul se festeja a gloriosa Semana Farroupilha. (Depois disso serei crucificado após postar este artigo)
Uma semana de festejos, cavalgadas, chama crioula, todo mundo usando bombacha (aí acaba a semana a bombacha volta a ser considerada vestimenta no sense), bailes, piquetes, e... DESFILE.
Mas há sim, o que se comemorar nesta data tão épica; afinal foram dez longos anos que a República Riograndense enfrentou as hostes imperiais lutando em frangalhos, já quase em farrapos.
Nossos guerreiros pereceram em campo de batalha mas não arredaram pé em nome daquilo em que acreditavam ser seu ideal: defender a sua mátria, a sua pátria.
Os Generais Farroupilhas, que protagonizaram a revolta, interessados na valorização de seus comércios (o charque) hoje são celebrados, imortalizados, lembrados em bustos e nomes de ruas e cidades.
E aqueles que lutaram pelo Rio Grande e que nem terra tinham (pois lutaram por estes generais) hoje estão gravados apenas no orgulho que temos por nossa terra.
Há de se lembrar que todos os “Generais” Farroupilhas, após se renderem ao Império, receberam indenizações do governo, alteraram como queriam a política econômica do charque, permaneceream fazendeiros e ainda foram incorporados ao Exército Imperial com patentes de Coronéis, enquanto que os peões (aqueles que sobreviveram) voltaram a trabalhar nas grandes estâncias e os negros (os que acreditaram na promessa de liberdade externado até na bandeira do Rio Grande) foram traídos e muitos deles mortos por seus próprios "Coronéis".

Mas pra quê lembrar disso? Bom é desfilar, não importa o motivo, não importa a celebração, o que vale é comemorar; e isso o brasileiro sabe mais que ninguém.

Viva o Brasil! Viva o Rio Grande! (mas “vivas” com uma parcela de reservas)

Bom desfile gauchada (enalteçam aqueles que acreditaram num mundo mais justo, livre da tirania, da opressão e dos interesses sórdidos da política de interesses).
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Os slides do segundo módulo de Pré-Vestibular:

domingo, 7 de setembro de 2008

"Eles" estão cada vez mais sofisticados

Eu não sou de polemizar, longe disso; não é da minha índole apontar o dedo e acusar, sem ao menos tentar mostrar, também, uma solução possível e plausível para a queixa que posso vir a prestar ao me deparar com algum problema social.
Mas se na minha penúltima matéria eu relatei que o Brasil pode melhorar (e destaco: “pode”), entretanto é um processo lento, desta vez cabe à mim enxergar algumas realidades duras de nosso país.
Porém, enquanto nós rastejamos, lentamente, buscando um Brasil melhor, de qualidade e com condições sociais dignas para todos, outros grupos dentro deste mesmo continental Brasil estão anos luz a frente desta nossa inerte sociedade. Este que eu cito são grupos que se aproveitam das facilidades que a justiça, o sistema e a própria sociedade braZileira (sim, com Z) proporciona. Hoje a sociedade que nós vivemos está completamente voltada para o logro, para a ilegalidade, para a fraude e para o cometimento de crimes que vão tornando-nos cada vez mais vítimas dentro de nosso meio viver e fazendo os bandidos mais sofisticados na arte do crime.

Eu tenho a maior clareza mental ao dizer que o Brasil está virando o país do crime; e não é para menos, as notícias que leio diariamente mostram tais atos ilícitos desde as mais baixas camadas sociais até o alto escalão.
Roubar uma galinha ou roubar a previdência, matar um vizinho (por R$ 3,00 reais) ou matar dezenas de pessoas (em uma chacina encomendada), hoje é tão comum que os telejornais estão selecionando quais notícias veicular, porque se noticiarem todas não haverá tempo suficiente dentro do programa.
O crime se modernizou mais rápido que o sistema, o tráfico tem armas mais poderosas que a polícia (e deve-se lembrar que dentro da polícia há os que fornecem armas para o tráfico), a pirataria vende mais que o mercado pagador de ICMS e impostos, o estelionato trafega dentro dos órgãos de justiça, a venda de influências... bom, isso já é bem antigo, a lavagem de dinheiro é tão descarada, escancarada, tão lavada que quase não se faz mais caso disso.
O Brasil, o meu Brasil, o seu Brasil, aquele Brasil que a gente queria (mas que está difícil de sê-lo) hoje é falso em meio à tanta crime e roubalheira, tão falso como uma nota de R$ 3,00 reais (aquela que um vizinho mataria o outro).
Mas aí você diria: - Como um vizinho mataria o outro por uma nota de R$ 3,00 reais, se não existe tal cédula?

Acredite, meu amigo compatriota, o crime já nos proporciona esta nova cédula que pode servir de troco para uma compra de R$ 7,00 reais, quando você pagar com uma nota de R$ 10,00 ou para se cometer um homicídio envolvendo uma dívida irrisória que deveria ser quitada em três notinhas de R$ 1,00 real.

A propósito: Alguém aí tem troco?

A notícia sobre a quadrilha que foi presa aqui no RS com a fabulosa cédula de três reais:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL739721-5598,00.html

Agora eu pergunto: você também é corrupto? a UOL testa você neste Quiz interessante; mas afinal, você é ou não é CORRUPTO? Tem coragem para responder?

domingo, 31 de agosto de 2008

Músicas com o som da Alma (1)

Algumas músicas nos remetem à lugares que não estamos, parece que nos transportamos em alma para estes cenários que apenas nas cifras destas músicas existem.
É uma viagem de poucos minutos, que nos afasta de algumas realidades, permitindo que vivamos um breve sonho, cantado harmoniosamente e delicadamente.
Dois compositores (Ivo B. Brum e Miguel Marques) permitem que eu passeie por sua música que em suas linhas diz que Ainda Existe um Lugar:

AINDA EXISTE UM LUGAR:

Venha sentir a paz que existe aqui no campo
O ar é puro e a violência não chegou
O céu bem limpo e muito verde pela frente
E uma vertente que não se contaminou
Pela manhã o sol nascente vem sorrindo

E os passarinhos cantam hinos no pomar

O chimarrão tem um sabor de esperança

E a criança traz um futuro no olhar

(De tardecita tem os banhos de riacho

Jogo de truco junto à sombra do galpão

Uma purinha que faz rima com outro mate

E um cão que late contra o guacho no oitão)


O anoitecer nos apresenta mais estrelas
Entre o silêncio que da paz para o luar
De vez em quando um cometa incandescente
Se faz presente prá um pedido repontar

Aqui a verdade ainda reside em cada alma
Se aperta firme quando alguém estende-lhe a mão
Se dá exemplo de amor, fraternidade
Aos na cidade que não sabem pra aonde vão
(De tardecita tem os banhos de riacho
Jogo de truco junto à sombra do galpão
Uma purinha que faz rima com outro mate
E um cão que late contra o guacho no oitão)
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São músicas que interpretam a alma, sinfonias que nos conduzem pelos seus acordes à lugares que somente em pensamentos ou lembranças existem, mas que ainda existem, em algum lugar...

Aos alunos do Meta (do Pré-Vestibular), neste link estão os 4 slides do primeiro módulo (Pré-História, Egito e Mesopotâmia e Grécia I e II):


http://www.4shared.com/file/60548834/d53f520c/PRIMEIRO_MDULO__4_AULAS_.html


Bom Domingo e uma ótima prova de ENEM aos alunos !

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Aos queixosos - O Brasil pode melhorar (mas a coisa é lenta)

O que se escuta nas esquinas deste Brasil, o que se lê nas conversas eletrônicas e nas postagens dos mais diversos Blogs ultimamente, são queixumes, reclamações, protestos contra a nossa própria sociedade. Leitores deste blog aproveitaram-se desta “onda nacional de queixas” para reclamar sobre o meu desinteresse com os fatos recentes no cenário nacional.

Lavagem de dinheiro? No Brasil isso é tão comum quanto a dependência à economia estrangeira (se lava dinheiro desde que o Brasil é Brasil.. ou melhor, colônia).

Corrupção e os governantes “sem saber” do que está acontecendo? Não é um tema recente; isso foi deveras comum no mais longo governo do Brasil, onde D. Pedro II envelheceu no trono e, enquanto se preocupava com futilidades imperiais, seu grupo ministerial governava preocupado nos seus próprios interesses (pouco antes, na Regência – 1831/1840 - a novela foi a mesma).

Crises e o enfraquecimento do Brasil no cenário internacional? Também é um assunto comum, pois desde que a nação foi criada, a dívida e a dependência ao capital externo são marcas indeléveis na geografia continental do Brasil. Mas NUNCA tivemos um corpo diplomático tão inexpressivo e fraco como este que tem nos representado ultimamente nas questões internacionais. O gás natural que o Brasil produzia na Bolívia volatilizou-se como uma flatulência (entenda-se “peido”) nas bombachas de um gaúcho e hoje o gasto daquela mega-construção enriquece o país vizinho que nos vende o gás que era pra ser (em parte) nosso. Itaipu, nossa fonte natural de energia elétrica está indo pelo mesmo caminho (o beleléu!); o Paraguai tem fortes intençoes de rever o contrato desta bi-nacional e nacionalizá-la como unicamente paraguaia, deixando o Brasil na necessidade de ou pagar mais pela energia que consome aqui no sul e sudeste, ou então nos remeter à Idade Média, com a iluminação a base de luz de velas. Saudades do Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Junior; Diplomata, Ministro de Estado, Geógrafo e Historiador que alargou as fronteiras do já continental Brasil, anexando territórios que hoje compreendem o Acre, Amazonas, SC, Amapá).

O passado do Brasil se reflete no presente e nos dá uma pequena demonstração do que será o futuro desta nossa enorme nação.

Problemas? Sempre houveram, não será diferente.
Gente se queixando? Isso é mais comum do que assistir novela na Globo. Mas os queixosos são pessoas que, além de sofrer deste mal, sofrem também de amnésia política, pois elegem os governos e depois reclamam destes mesmos que governam esquecendo de seus eleitores.
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Mas ontem, foi um dia histórico para política e para a sociedade brasileira. A data 20 de Agosto de 2008 deve ser lembrada e comemorada, pois decreta o fim de uma prática secular em nossa nação, antes mesmo dela se tornar nação.
Pero Vaz de Caminha mal havia chegado em terras brasileiras e já nas suas primeiras cartas fazia pedidos ao rei de Portugal para trazer das Ilhas de São Tomé seu genro. Assim, no longínquo século XVI iniciava-se (pelo menos no Brasil) a prática do NEPOTISMO.

Ontem, depois de séculos e centenas de governos que usaram as eleições para dar emprego e cargos políticos a parentes, o Supremo Tribunal Federal decretou proibida tal prática para os três poderes (Judicial, Executivo e Legislativo) impedindo que se empregue parentes em até terceiro grau em qualquer uma destas instituições.
Bem disse em entrevista o Ministro do STF, Ayres Britto ao citar que tomar posse de um cargo político não é o mesmo que governar um “feudo” tornando-a uma posse particular e de seus familiares.

Todavia, precisa-se primeiro entender que no Brasil, inicialmente uma lei é posta em prática, mas nem sempre é levada a sério e cumprida (vista grossa judicial); é necessário que surjam outras leis que as legitime e decisões extras para que se faça cumprir tal lei. E ontem com unanimidade na votação do STF, foi PROIBIDO qualquer emprego de parentes e ainda deverão ser demitidos aqueles que hoje exercem tais cargos apadrinhados pelos parentes eleitos.
Parabéns à sociedade brasileira, devemos comemorar.

Em Uruguaiana tanto a Prefeitura como a Câmara Municipal de Vereadores vão ficar semi-vazias depois do CUMPRA-SE desta nova (porém antiga) lei brasileira.
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A propósito, charge aolado tem uma pegunta interessante a fazer:
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A matéria, comentada por Alexandre Garcia, abaixo:

sábado, 16 de agosto de 2008

Coisas Desimportantes (Parte - I)

Cada vez mais eu vejo BLOGs com temas sem o menor compromisso de expor alguma verdade, de criar alguma consciência ou de, pelo menos, alertar para algo.

As futilidades andam soltas nas postagens que se tornam de uma obrigatoriedade diária, ou senão, os leitores abandonam o BLOG e nunca mais voltam a acessá-lo.

Pois bem, hoje vou abrir parênteses, entre um assunto e outro para estas COISAS DESIMPORTANTES.


Vejam o problema que pode se originar a partir de um réles engano:

O namorado está em Nova Iorque e resolve mandar uma lembrança para a namorada.Entra em uma loja e escolhe um finíssimo par de luvas. Pede para a balconista embrulhar enquanto vai ao caixa. Descuidadamente, a balconista entrega-lhe outro embrulho, com uma calcinha de nylon.Sem saber do engano, o namorado envia o presente com um bilhete:— Querida: para mostrar que, mesmo estando longe, não me esqueço de você, envio-lhe esta surpresa; mesmo sabendo que você não usa, pois sempre que saímos juntos, nunca vi.Gostaria de estar aí para ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida quanto à cor, mas a balconista disse que esta não descora nem mancha. Ela experimentou para eu ver e ficou muito bem, apenas um pouco larga na frente,mas ela disse que é para os dedos mexerem mais à vontade e a mão entrar mais facilmente. Depois de usá-la, vire pelo avesso e ponha talco para evitar o mau cheiro. Espero que fique satisfeita tanto quanto eu, pois ela vai cobrir aquilo que em breve lhe pedirei.

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Meu amigo Marcelo Menezes tem me mandado vários vídeos, uns que eu achei pertinente postá-los aqui, para que o leitor possa asistí-lo também.

Além de rir com a comédia que é a política no Brasil, é de se chorar com o que veremos nas eleiçoes que estão por vir aqui na nossa Uruguaiana:




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Sobres as torcidas aqui do sul do Brasil:





Abraços (e dá-lhe Tricolor)

domingo, 10 de agosto de 2008

Ser pai (em 4 filmes)

“- São datas comerciais meu filho. Apenas para fazer o comércio não parar; dia dos pais são todos os 365 dias do ano e presente basta o olhar carinhoso de filho!” (Tony Duarte)
É verdade pai. Estas datas apenas servem como uma referência simbólica onde presenteamos (por obrigação do comércio) aqueles que deveriam ser presenteados, por nós filhos, todos os dias.
Nos últimos anos eu presenteei e fui presenteado; sou pai e sigo á sombra do meu que ainda é uma referência forte pra mim e que, involuntariamente, também serve de referência para o meu filho.
Hoje entendo algumas coisas que eram confusas pra mim até pouco tempo atrás; coisas que eu percebia nas atitudes do meu papai e buscava entender, coisas que eu assistia nos filmes e queria interpretar; hoje eu sei...

Quatro filmes sobre a relação pai e filho são profundamente emocionantes para mim e ao mesmo tempo em que me remetem à um passado já quase distante, me trazem à uma realidade de um presente que vivo; filmes simples em sua essência, emocionantes em seus enredos e comoventes quanto ao tema paternidade.


O REI DA CALIFÓRNIA – 2007 (com Michael Douglas): conta a história de uma jovem menina que volta a viver com seu pai depois de uma temporada em que ele esteve internado num sanatório devido à sua obsessão por um tesouro espanhol escondido em baixo de um supermercado. Ao passo em que a jovem crescia e amadurecia, tendo que lidar com os problemas da puberdade e familiares (em decorrência dos devaneios de seu pai), estas mesmas loucuras de “caça ao tesouro” os unia aumentando ainda mais a relação pai e filho. Com um desfecho belo e simples, o filme deixa uma mensagem profunda dentro da comicidade e leve dramaticidade que nos remete.


PEIXE GRANDE – 2003 (com Ewan McGregor): é um filme do “surrealista” (pode-se dizer assim) Tim Burton. Sim o mesmo dos primeiros Batmans. Carregado de efeitos especiais e um tanto loucos, o filme conta sobre um filho, agora adulto, que cresceu ouvindo as fantásticas histórias de seu pai. Tais histórias que em sua infância povoaram seu imaginário agora parecem ser um tanto exageradas e fantasiosas e que hoje, ele adulto, reluta em acreditar, obrigando-o a separar o que foi mito e o que foi realidade. Mas dentro daquela fantasia das incríveis histórias do pai que o filho percebe coisas importantes sobre seu pai e sobre si mesmo.


A VIDA É BELA – 2001 (Roberto Benigni): uma comédia dramática (vencedor de 3 Oscars) ambientada durante a II Guerra Mundial e os campos de concentração nazistas. Um pai (Benigni, ator e diretor) que para esconder de seu filho os horrores da guerra usa a sua imaginação para fazer parecer que o campo de concentração é uma grande busca à um prêmio fantástico. Uma verdadeira obra-prima do cinema mundial.



A PROCURA DA FELICIDADE – 2006 (com Will Smith): o mais dramático dos quatro filmes; conta a verdadeira história de Chris Gardner, um pai desempregado, abandonado pela esposa, com sérios problemas financeiros, ainda tendo que lidar com a educação do filho de cinco anos, consegue um estágio não-remunerado em uma corretora de ações que ao final de seis meses contratará apenas um de todos os seus estagiários para seu quadro funcional. Ao passo que as crises se agravam, Gardner esconde de seu filho as duras realidades que a vida lhes impõe, ao passo que busca a felicidade ao lado dele como um pai afetuoso. Um filme que nos leva às lágrimas, a melhor atuação de Will Smith no cinema.

Quatro filmes, diferentes enredos, mas uma só mensagem: o amor paterno.
Aquele amor que senti e ainda sinto nos carinhos, nas conversas e nas histórias (algumas fantásticas também) que meu pai até hoje conta repetitivamente, mas sempre com algum detalhe a mais que me prendem mesmo quando eu penso em outras coisas.
O amor que me fez viver uma infância plena e feliz enquanto a realidade caia sobre seus largos ombros e heroicamente e ele enfrentou me protegendo de qualquer coisa que pudesse me tirar a meninice. Amor que esteve presente até nos sonhos criados por ele querendo encontrar alguma riqueza que pudesse melhorar a nossa vida. Mas a maior demonstração de amor de meu pai foi sempre buscar a felicidade pra mim e pra nossa família.
Foram estes atos heróicos que hoje me colocam na obrigação prazerosa de ser o mesmo pai para meu filho; buscar tesouros, fantasiar histórias impressionantes, protegê-lo das maldades mundanas e ao mesmo tempo poder ostentar um sorriso quando tudo parece perdido, fazendo-o acreditar que a felicidade está ali a frente, basta ele segurar a minha mão.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O silêncio na sala de aula

Alegria de muitos professores é conseguir ministrar uma aula em um completo silêncio entre os alunos; para tanto alguns professores são enérgicos, gritões, outros são envolventes em suas didáticas, prendendo o aluno na matéria aplicada, e outros adoram aplicar provas para calar os alunos. Cada um com a sua forma, algum aluno pode comentar depois qual a tática que eu uso para manter os alunos prestando a atenção nas aulas sem deixá-los dispersarem-se em aula. (Cuidado com o vocês forem escrever!)
Mas esta semana em uma aula para o concurso da Polícia Rodoviária Federal (P.R.F.) eu apresentava as características da sociedade brasileira, sua concentração urbana, seus índices de alfabetização, índices de acessos à internet, o nosso atraso tecnológico em relação à outros países, nossa concentração de renda, a renda média familiar (onde 8,5% da população vive com ¼ de salário mínimo[1] mensal, 51,7% das família sobrevivem com apenas um salário mínimo por mês). Fonte: Pnad 2005, IBGE
Enquanto eu seguia relatando estas “verdades gráficas” deste Brasil desigual, fui percebendo, junto com os alunos, alguns problemas históricos e outros governamentais que assolam o Brasil há anos; e que nestas pesquisas (Pnad, IBGE, Censo) mostram em números a realidade de um povo. Por exemplo:
- 25,08% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza[2] (ou seja: em condição de miséria).
Sabem quanto isso significa? Resposta: mais de 47 MILHÕES de brasileiros vivem em condição de miséria humana.
Mas 25,08% fica mais bonito de mostrar e menos assustador.

Na aula o silêncio já havia tomado conta do recinto, apenas eu falava enquanto os estudantes olhavam os gráficos, os números e a situação, que fomos percebendo, onde o Brasil se encontra.
Ao final do que eu havia escrito no quadro, deixei um espaço reservado para as “soluções”, que possam haver para tentar amenizar a nossa própria vida dentro da sociedade brasileira; deixei três linhas, a serem preenchidas, no quadro.
Perguntei para os alunos o que eles acreditavam que poderia ser feito para tal; o silêncio falou naquele momento...
Então os liberei para o intervalo.


Noticia do Jornal de Hoje, ontem: classe media ja é 52% da população !!!
* aaaahhhhh Rede Globo, Rede Bobo !!!
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[1] Em torno de R$ 75,00 reais
[2] É considerado abaixo da linha da pobreza quem pertence a uma família com renda inferior a R$ 115,00 reais mensais, valor considerado para garantir a alimentação de uma família.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

"Clichê" ?

Os assuntos mais comuns nos BLOGs que leio envolvem saudades de épocas distantes (juventudes perdidas em datas longínquas) e saudades recentes de coisas que já não há mais como se remediar ou que não se possa voltar atrás.
Já está se tornando “clichê” demais chorar com palavras fazendo dos blogs o “muro das lamentações”, por isso eu me controlo ao máximo para não exteriorizar, também, meu saudosismo.
Mas hoje eu não pude conter a emoção que se assomou em mim ao passar por um lugar que diariamente cruzo, num ritmo apressado (porém habitual) e que tem em seus muros uma carga imensa de alegrias passadas.

Segunda-Feira é um dia corrido para mim, pois é o dia da semana que mais leciono aulas; começo pela parte da manhã e vou até a noite lá no cursinho (mas ainda sobra um tempo, na parte da tarde, para a velha “sestia castelhana”). Acordo, faço um mate, vou para o curso, volto do curso para almoçar, volto ao curso, retorno para casa e, fora as outras várias vezes, pelos mais diversos motivos, que cruzo por ali, percebi que fui deixando de lado uma parte importantíssima de um passado que já se afasta a passos largos do meu presente, e hoje novamente ao cruzar por ali, no ritmo frenético que o meu relógio impõe para a minha segunda-feira, não foi o muro, nem a tela de proteção, nem as árvores da volta que me chamaram a atenção.
Mesmo eu ocupado com pensamentos que envolviam a aula de hoje (D. João VI, Carlota Joaquina, o ano de 1808, D. Pedro I, a questão Cisplatina, Independência que foi comprada e não gritada, etc.) o que fez eu parar em frente ao local foram as vozes das crianças que ali se encontravam; aquelas vozes e gritos de alegria, que só a infância consegue externar, aqueles sons de alegria. Foi no exato momento em que eu diminuía o passo para me servir mais um mate que aquelas vozes chamaram minha infância e adolescência de volta por alguns instantes e justamente ali, em frente ao local em que eu também vivi uma época dourada assim como aquelas crianças hoje.


Saudades da “Quadra da Marinha” (localizada no terceiro quarteirão da rua Domingos de Almeida – direção rio/centro), ali minhas manhãs, tarde e alguns entardeceres foram plenos de alegrias, junto a amigos e pessoas que hoje já não estão comigo, e que se eu deixasse mais um pouco começariam a cair no esquecimento que nós humanos do século XXI (sempre ocupados com a correria e o individualismo do dia-a-dia) fatalmente cometemos.
Não, não há como eu voltar no tempo para reviver aquilo, também não poderia eu voltar correndo em casa, tirar a roupa, deixar os livros novamente no escritório, vestir um calção e tênis e ir jogar com as crianças, ou tampouco fingir que nada havia escutado, ao passar ali, e seguir em silêncio rumo ao trabalho.
Porém, mesmo preso quanto á questão “tempos que não voltam mais”, eu percebi que para mim ainda há um pequeno remédio que cura estas dores do coração, quando o assunto é saudade da infância: ao voltar pra casa, gastei um pouco de tempo brincando com meu filho e nos sorrisos dele, tive minha dose de infância feliz novamente.
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Aos amigos: Roberto Junior, Richard, Franck Dutra, Rafael Fanti e Fernando Fofoca.
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E o assunto é futebol?
- Grêmio líder;
- Internacional dando uma de Jesus e ressuscitando mortos.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Lojas Colombo - O LADO BOM DA VIDA !

DESCULPEM-ME, por favor, desculpem-me...
Os caminhos da vida me afastaram de um dos meus prazeres, que é escrever; mas agora voltei e prometo (sim, estamos em época de eleição, por isso vou prometer!) não deixar mais meus amigos reclamando que não escrevo mais no blog, e que talvez nem devesse ter criado um blog para deixá-lo abandonado durante quase dois meses.
Mas eu voltei... ahhh se voltei!!!
E como a gente deve sempre procurar “o lado bom da vida” (como diz o slogan das Lojas Colombo) eu encontrei o lado bom em ter ficado algum tempo sem escrever: acabei percebendo que alguns de vocês sentiram a minha falta; nas chamadas por MSN, nas perguntas pessoais na rua e em sala de aula, nos scraps do orkut e, também, nas reivindicações e protestos que um amigo meu, em especial, proferiu contra minha falta de tempo (e inspiração) para escrever no blog.

Mas este é “o lado bom da vida”, reclamar; nós seres humanos estamos em constante conflito com o meio onde vivemos; isso é da nossa natureza humana; não chega a ser um pecado reclamar das coisas, mas é um instinto...

Que droga, comecei a reclamar!!! rsrs
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Coisas que aconteceram neste meio-tempo e que alguns podem não acreditar:
- A Polícia no Brasil mata mais inocentes do que bandidos.
- Em Brasília segue tudo igual.
- Banqueiros e políticos não são presos porque podem "abrir o bico".
- São Paulo, antes chamada de "Terra da Garoa", agora é "terra seca" (com umidade do ar baixa, beirando 15%)
- O Grêmio é líder do Campeonato Brasileiro (podem acreditar sim!).
- O Inter perdeu para o "lanterna" do campeonato, Ipatinga (isso não é TÃO difícil de acreditar).

quinta-feira, 8 de maio de 2008

JURAMENTOS


Quando colamos grau e recebemos o diploma da profissão a qual escolhemos trabalhar, fazemos um juramento, frente ao público e aos mestres que nos ensinaram a ser profissionais.
Mas existem profissionais que fazem o juramento de dedos cruzados, esperando que acabe de uma vez aquele solenidade a fim de começar a ganhar dinheiro com a sua carreira, sem importar-se realmente com a missão que, como profissional, deveria desempenhar na sociedade que agora o acolhe como probo em sua função.
Foi com esta falta de ética profissional que um médico de uma cidade daqui do Rio Grande do Sul (não citarei nomes, perdoem-me!) acabou se negando de prestar atendimento a um paciente, alegando que somente daria assistência médica caso o convalescente pagasse a cifra de R$ 100,00 reais, mesmo sendo um atendimento de rotina, pelo SUS, em um hospital público do município.
O caso caiu nas malhas judiciais, e para infelicidade do médico, ávido por auferir rendas, o paciente contratou um Bacharel em Direito que prontamente entrou com um processo contra o médico em questão.
Por R$ 100,00 reais, agora o médico estava respondendo a um processo de mais de R$ 15.000,00 reais; mas ainda assim, faltava algo dentro processo para provar do enorme crime profissional que acusado incorrera.

Neste momento da história que eu entrei no assunto, sem querer (mas pelo menos me valeu um assunto de BLOG).

Ao conversar comigo, por MSN, o advogado me relatava sobre o processo, contando os fatos e o que ele pretendia com o processo (tirar dinheiro do médico e ganhar com seus honorários). Perguntei-lhe se, em algum momento do júri, o médico havia sido indagado de seu compromisso ético, que deveria ser cumprido por ele e seus colegas através do ”Juramento de Hipócrates”.
Eis que uma pergunta só não me fez cair, porque eu já me encontrava sentado:
“- O que é Hipócrates?”

Depois de explicar sobre o “Pai da Medicina” e o juramento que os médicos fazem ao se graduar, meu conhecido advogado resolveu anexar esta citação em seu processo a fins de expor que o médico faltou com seus princípios profissionais e éticos ao cobrar para prestar socorro.


Veredicto final: a parte acusada foi obrigada a pagar o valor de R$ (...) reais (não sei bem quanto resultou o processo, mas a cifra ultrapassou a bagatela de 15 mil).

Porém, hoje eu comecei a me questionar sobre estes juramentos que prestamos; afinal, os seguimos à risca?

O médico acusado faltou com sua ética profissional e também com o sentimento de fraternidade ao recusar prestar auxílio ao próximo; o advogado talvez não tenha faltado com nenhum princípio de seu juramento (mas todo este empenho em defender a sua parte tinha um interesse maior, ah se tinha!), porém esqueceu que não existem apenas as leis ao se trabalhar em prol da justiça, deve-se ter conhecimentos paralelos advindos de muito estudo (a chamada bagagem cultural) e isso é de fundamental importância para ser um bom profissional.
E talvez à mim também tenha faltado algum princípio profissional; afinal, ensinei algo naquela conversa pelo MSN, mas não agreguei absolutamente nada de conhecimento ao aluno, pois Hipócrates foi citado no processo que lhe deu mais uma vitória no tribunal, mas afinal:
“O que é HIPÓCRATES?” *



Em tempo: Um agradecimento especial ao amigo Paschoal Bonetti (que me auxiliou em alguns termos jurídicos sem me cobrar honorários).

* Sobre Hipócrates: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3crates

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Para os alunos, deixo um link interessante:

Estão abertas as inscriçoes para o ENEM



Abraço!

domingo, 4 de maio de 2008

Olimpíadas na China - Um mero acaso?


O esporte é um evento que une povos, que apazigua guerras, que irmana aqueles que vivem em opostos, sempre norteado pelo princípio: “O Importante é Competir”.
Os gregos difundiram este lema, quando resolveram praticar esportes ao invés de fazer guerras (certamente os atenienses tiveram esta idéia, porque os espartanos, ah! estes sim, eram viciados numa lutinha) na forma de unir as Cidades-Estado pacificamente, premiando aos vencedores com coroas de louro.
Mas o mundo é, e sempre foi, movido pelas disputas e assim a Grécia, depois de ser assimilada pelos povos Macedônios (que não fizeram questão de difundir o esporte entre seus princípios de sociedade, dentro do chamado Helenismo), foi ainda incorporada pelo grande e poderoso Império Romano (que fez da Guerra de conquista seu principal e brutal esporte) e viu morrer o ideal esportivo de competição, quando o Imperador Romano Teodésio decretou a proibição dos jogos no ano de 393 d.C.
Centenas de anos depois, imbuído dos valores esportivos dos antigos gregos, Charles Louis de Feddy (também conhecido como Barão de Cobertin) resolveu trazer de volta as competições da Antiguidade Clássica para o mundo moderno; renasciam os Jogos Olímpicos.
"A idéia do renascimento dos Jogos Olímpicos não foi uma fantasia passageira: foi a culminação lógica de um grande momento. O século XIX presenciou o prazer pelos exercícios físicos renascer em todos os lugares... Ao mesmo tempo as grandes invenções, as ferrovias e o telégrafo conectaram distâncias e a humanidade passou a viver uma nova existência. As pessoas se misturaram, conheceram-se melhor e imediatamente passaram a se comparar. O que um conseguia o outro desejava conseguir também. Exibições universais trouxeram para uma localidade produtos de todo o mundo, congressos científicos ou literários reuniram as variadas forças intelectuais. Então como poderiam os atletas não buscar se reunirem, já que a rivalidade é a base do atletismo e na realidade a ração de sua existência?" (Barão Pierre de Coubertin, 1896)

Agora tatuada, de forma indelével, na sociedade moderna, o esporte e o espírito olímpico se difundiram, fazendo com que os Jogos Olímpicos acontecessem a cada quatro anos nos mais diferentes países, unindo todas as nações dos cinco continentes.

O esporte criou mitos e lendas, edificou personalidades e nações se usaram dele para se promover; Hitler, nos Jogos Olímpicos de 1936 quis mostrar ao mundo que a “raça ariana” era superior; superior à tudo e à todos foi Jesse Owens, o negro que calou a nação ariana e fez líder alemão se retirar do Estádio Olímpico para não ter que entregar as quatro medalhas que o americano conquistara.
Anos mais tarde, na chamada Guerra Fria, Norte-Americanos e Soviéticos disputavam o espaço aéreo, político, social e também a hegemonia de TUDO, inclusive do esporte. A U.R.S.S. levava vantagem nas disputas olímpicas, a Guerra Fria esfriou, o mundo comunista caiu, se esfacelou e, junto com ele, a supremacia esportiva soviética.
Agora o mundo (e os esportes olímpicos) tornavam-se Norte-Americanos e por imposição deles, e nós espectadores passivos do grande poderio esportivo ianque.
Mas, há quem diga que o Grande Império já esteja dando sinais de declínio, que os EUA já não seja mais a grande potência que outrora doutrinou o modo de pensar e agir global (se auto-intitulando a polícia do mundo contemporâneo) e que hoje vê uniões internacionais e blocos econômicos lhe tomarem o posto de “número um” tanto na cultura, como na economia e, inclusive, nos esportes.

Chegou a vez de uma outra nação se impor frente ao mundo dos esportes (e consequentemente no restante das relações sociais também).
Sim senhores, é a vez da China; país que manteve-se firme, um palanque forte que não se abalou nem com as grandes Guerras quentes e tampouco com as frias, país que permaneceu culturalmente fechado, recebendo pouco influência externa e influenciando imperceptivelmente todo o modo de vida global. Revisem as roupas e os produtos que estão neste momento a sua volta, se não houver nada que diga: MADE IN CHINA, podem para de ler este artigo agora.


Se as Olimpíadas serviram para mostrar ou “tentar” provar superioridades de nações, impondo ideologias por trás das cinco argolas que a simbolizam, agora já não há mais Adolf Hitler (louco com a concepção de raça pura) nem EUA com seu egocentrismo capitalista, é a vez da China; e as Olimpíadas de 2008 virão para ajudá-la a firmar-se como a nova grande potência.
A China entra o novo milênio como o país que vai nos doutrinar social e culturalmente (não, não estou exagerando); as últimas olimpíadas mostraram a China como a maior conquistadora de medalhas e agora, com o evento, dentro de seu país, será o último passo para decretá-la como a grande superioridade esportiva mundial.
Mas não será apenas isso que veremos dentro de noventa e poucos dias; as Olimpíadas (e toda a concentração mundial voltada para Pequim) terminará de divulgar o novo modo de vida global; e aí estão algumas coisas interessantes, outras curiosas e algumas problemáticas desta sociedade oriental. Afinal, viver como um chinês vai ser completamente diferente do que “The American Life” estilo de vida que copiamos desde a década de 50.


Análise I:
Acredito que vocês concordem plenamente comigo que é preferível um HOT-DOG americano do que um cachorro (de verdade) frito chinês, ao melhor estilo Nugget. Afinal, na China, qualquer ser vivo que “se mexa” pode ser servido em um prato e ainda vivo (acrescente ao cardápio baratas, besouros, escorpiões, gafanhotos, ratos, gatos, cobras, etc.) – Nesse aspecto fico do lado americano de ser e de comer.

Análise II:
Curioso na China é que a maioria dos homens daquele país só começam a ter uma vida sexual após os (pasmem) 23 anos e que 77% da população não sabe que camisinha serve para ajudar a evitar a transmissão da AIDS. Fora o fator de que uma pessoa “de bem” pode ser presa e julgada por assistir filme pornô. Mas soltar flatulências (puns!) tirar meleca do nariz, entre outras "nojeiras", em público é mais que comum e ninguém se importa.

Análise III:
Correto, no meu ponto de vista, é a política de natalidade que permite ao casal chinês ter apenas um filho, sendo que aquele que tiver mais de um, paga para o governo. (Imagine aplicar isso aqui no Brasil, o governo até pagaria melhor o funcionalismo).

Análises finais:
Inúmeras outras culturas nós absorveríamos, como por exemplo: trabalhar muito (mas muito mesmo; afinal, na China recém está sendo incluído um benefício que permite férias anuais de QUINZE dias aos seus trabalhadores); aprenderíamos a viver mais e viver bem (pois na China a “melhor idade” é mais saudável que muito adulto de 30 anos de algum país em desenvolvimento); teríamos que aprender a falar e escrever chinês (altamente complicado; há quem diga ser a língua mais difícil do mundo); e por fim, mas não menos importante, nossos conceitos de beleza se alterariam num giro de quase 180º, a beleza feminina não seria mais a dos bustos fartos, estilo Pamela Anderson, a beleza feminina seria oriental, meiga, singela, quase que anti sex-simbol, mas particularmente bonita (e este detalhe, em particular, me chamou a atenção).


É de se pesar na balança a questão social que as Olimpíadas de Pequim nos trarão ao fim dos jogos; comer cachorro eu não me habituaria, muito menos soltar gases corporais em público; mas trabalhar bastante, envelhecendo feliz e saudável e, ainda, admirar as belas orientais será uma obrigação que eu acredito que não me fará tão mal assim.









Em tempo: Recebi críticas de que tenho escrito muitas "piadinhas" num BLOG que deveria ser sério. Pois bem, procurei escrever esta matéria da forma mais séria possível; mas minha irreverência acabou sendo mais forte. Perdão aos leitores!

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Semana que vem retorno, agindo seriamente ou não!