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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

A PROXIMIDADE DO CARNAVAL




Este ano não será daqueles em que a gente poderá dizer ilusoriamente que “passou voando”, pois, fora o PAN 2007, temos apenas o inevitável Carnaval, a Festa do Povo, época em que o Brasil todo se movimenta, se prepara e é focado pela Mídia Mundial (e não apenas por fatos deploráveis).



"Mesmo assim nós vamos nos distrair!"


Não há quem não se envolva durante esta data brasileiríssima; foliões se concentram, festejam em blocos, famílias viajam para as praias em busca de descanso no feriadão que há, e até evangélicos se agitam, buscando reforçar a fé fugindo da “festa da carne”; até os políticos se agitam com a proximidade do carnaval, pois é neste período que eles aproveitam que o Brasil inteiro desvia a atenção para a festa e Brasília se dedica à prática de desvios de verbas, criações de novas leis e enriquecimento ilícito através de dinheiro público, fazendo assim da “Festa da Carne” a “Festa da Falta de Carne” nos próximos meses na mesa da população.

Enquanto isso o banquete é servido e os “mensalões” divididos.
Passada a euforia, e de volta à rotina, o brasileiro volta ao trabalho sem ter se dado conta imediatamente do quanto sofreu com o carnaval.

Não pensem vocês que eu não gosto do carnaval, adoro; mas hoje eu apenas o contemplo com uma certa distância, assistindo pela televisão, levando meu filho nos bailes infantis (até porque não tenho mais pique e nem liberdade para faze-lo sozinho) e ainda sobra fôlego para assistir o desfile, fora de época, de minha escola de samba local.

Não quero “morder a língua” com meu comentário (até porque este tipo de carne eu não aprecio), mas porque não deixamos para ir às urnas na Quarta-Feira de Cinzas?
Talvez assim não dê tempo para que a nossa política mexa no bolso do povo.
Vai ter muita gente dizendo que não poderíamos votar na Quarta de Cinzas por estarmos de ressaca; mas se sóbrios já erramos, não custa nada tentar votar embriagado!
“In Vino Veritas”.

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