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domingo, 25 de fevereiro de 2007

SOMOS O CINEMA



ILUMINADO o dia em que Deus, com seu Bárbaro senso de humor – igual á uma comédia italiana – proporcionou a UMA MENTE BRILHANTE a idéia de criar o cinema, o CINEMA PARADISO, o paraíso para a imaginação ir ALÉM DA IMAGINAÇÃO.

Se o tempo é uma ilusão, para nós espectadores mortais e NADA É PARA SEMPRE, talvez a VIDA não fosse vida antes do advento do cinema. A SOMBRA E A ESCURIDÃO andavam juntas. O DIA DEPOIS DE AMANHÃ era uma incógnita. E vendo – Deus – que ASSIM CAMINHAva A HUMANIDADE, A ESPERA DE UM MILAGRE, resolveu dar-lhes GRANDES ESPERANÇAS na forma de arte, para que as pessoas com seus OLHOS FAMINTOS não mais ficassem ansiando UM SONHO DE LIBERDADE.

Este foi O DIA EM QUE A TERRA PAROU...

Pois somente no mundo cinematográfico, pessoas NORMAIS, pessoas SEM DESTINNO, pessoas simples, poderiam sair do anonimato da simplicidade de ser e ser aquilo que sempre sonharam ser. Poderiam deixar de ser por vezes UM ESTRANHO NO NINHO de seus próprios mundos privados e, sem ter que usar nenhuma MÁQUINA DO TEMPO, voltar nos tempos e ser um GLADIADOR da ROMA Antiga enfrentando todas as iras de JULIUS CÉSAR e de CLEÓPATRA; ou estar perdido em algum PLANETA DOS MACACOS enfrentando ALIENs e PREDADORes; ser um mafioso protegido pelo PODEROSO CHEFÃO ou um dos gangsteres INTOCÁVEIS que desafiaram a lei-seca americana com seus cavalos-de-pau... cavalo... indomável CORCEL NEGRO... cavalo de TRÓIA.

Podíamos ser um CONTADOR DE HISTÓRIAS, histórias fantásticas, histórias reais, histórias bíblicas (pois se a CIDADE É DE DEUS, A PAIXÃO É DE CRISTO), histórias de ficção, histórias que desafiam a compreensão; histórias de pistoleiros IMPERDOÁVEIS que cavalgaram pelo Velho Oeste ao lado de WHIAT EARP, fugindo com BILLY THE KID e tiroteando em TOMBSTONE.

E foi possível viajar num MUNDO DA FANTASIA por todas as épocas; desde tempos JURASSICos, até o Egito antigo com as suas MÚMIAS, ou em outros tempos (quem sabe lá por "1492" ou depois) ser O MESTRE DOS MARES resgatar o barco La AMISTAD, singrar com os PIRATAS DO CARIBE em uma verdadeira ODISSÉIA para depois conhecer os TEMPOS MODERNOS na visão de um palhaço sério... CHARLES CHAPLIN.

Apenas em um rolo de filme é que fomos capazes de sonhar quando não podíamos. Entrar noutra dimensão para atravessar a PONTE DO RIO KWAY e ajudando no RESGATE DO SOLDADO RYAN, conseguir, também, escapar dos campos de concentração nazistas graças à LISTA DE SHINDLER; Guiar um carro CONDUZINDO MISS DAISY até a SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS onde ela pôde DANÇAr COM LOBOS ao som AMADEUS não foi o mesmo que participar de uma VOLTA AO MUNDO EM OITENTA DIAS ou em 60 SEGUNDOS; a diferença é que alguns veículos são VELOZES E FURIOSOS.

Os mais belos devaneios, como ser DON JUAN DE MARCO, sentindo o PERFUME DE MULHER da DAMA DE VERMELHO dentro da romântica CASABLANCA só foram possíveis graças à tela grande que na sua plenitude nos fez evoluir para um SEXTO SENTIDO. ao ponto de vermos GHOSTS DO OUTRO LADO DA VIDA, e mesmo sabendo que com CARTAS MARCADAS, DESTINOS CRUZADOS e AMORES IMPOSSÍVEIS, podemos ter finais felizes; pois A VIDA É BELA.

Enfim, somente o cinema foi capaz de expressar sentimentos e deixa-los À UM PASSO DA ETERNIDADE e, se algum dia você derrubou uma lágrima E O VENTO LEVOU, não se surpreenda, isto faz parte da Sétima Arte, onde cada um de nós é um astro na constelação de LUZES DA RIBALTA.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

SEM ASSUNTO? TALVEZ NÃO

Sentei em frente ao micro e parei por uns instantes, pensando o que eu poderia escrever no blog; e acabei me dando conta que eu nao tinha assunto algum para comentar.


Mas como bom brasileiro, assunto não me falta; afinal, carnaval, religião e futebol são assuntos infindáveis nesta multidiversidade cultural que temos.



E como eu já critiquei o carnaval (pelo menos a parcela ruim), ironizei (e fui criticado por isso) algumas igrejas, só me falta falar de FUTEBOL.



* Ronaldo no Milan? Por favor, o lugar dele é num SPA. Até guardei a minha camiseta do Milan e só voltarei a usá-la quando este "fenômeno" nao causar mais danos aos times por onde passa.

Seria mais ético, ter decretado a sua aposentadoria.


* Que barbaridade! O que está acontecendo com o Barcelona? Depois do maior fiasco da história do clube, ao perder para "os vermelhos", na final do Mundial Interclubes, agora o mais badalado e propagandeado clube de Ronaldinho Gaúcho, Deco, Zambrota, Valdez e cia. está igual à "cola de cavalo": só cresce para baixo. Está perdendo a liderança no Campeonato Espanhol; Etoo ainda não voltou a jogar e ainda arrumou atritos com o técnico e com Ronaldinho; perdeu de virada em casa, no Camp Nou, para o Liverpool, na Copa dos Campeões; e cada vez mais o Show Man está sendo mais marcado e impossibilitado de mostrar sua arte com a bola (se bem que não é só de arte que vive o futebol); o negócio é GANHAR.


* Por falar em ganhar; NUNCA, na minha vida de torcedor, eu tinha visto um Grêmio tão vencedor, tão impactante, tão eficiente tanto no ataque (24 gols em 08 jogos) e tão competente na defesa (02 gols em 08 jogos). Que siga assim até o final do ano, depois de colher os títulos que quase todos os anos ergue para a nossa torcida.

http://www.gremio.net/news/view.aspx?news_type_id=4&id=1649&language=0

Saja fechando o arco e Tuta "tutando" gols, a América novamente vai ser Azul.

"Soy loco por Tri América!"


*E "os vermelhos" Campeões do Mundo? Perdendo no tão "insignificante" (para eles) Campeonato Gaúcho, já estão na zona de rebaixamento do torneio.

*E na Libertadores, só mesmo a cabeça "não pensante" do Abel pra colocar um atacante sem ritmo, no lugar de um meia, quando ganhava de 1 x 0 na casa do adversário. Resultado: tomou 3 gols bem rápidos depois disso e o Nacional (Urug) teve a sua pequena vingança do jogo do ano passado, onde a arbitragem favoreceu "os vermelhos".


É bem como diz uma comunidade do Orkut: "O INTER PERDE E EU ME DIVIRTO"

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

ONDE VOCÊ VAI ESTAR EM 13 de ABRIL de 2036?



Os filmes já reportaram, Nostradamus já previu e eu sempre desconfiei da possibilidade.

Assim como a teoria do meteoro que promoveu a extinção dos dinossauros, desta vez outro ameaça a extinção da raça humana no Planeta Terra.



O que faríamos? Quem sobreviveria? Como será a vida pós apocalipse?

Eu só posso fazer especulações e aventar hipóteses, pois eu me formei para estudar o passado e interpretar o presente. Por isso não quero incorrer no mesmo erro de teóricos que planejaram o futuro e furaram em suas previsões. Mesmo assim, eu me preocupo com a continuidade da vida humana na Terra; pois nunca, na história da humanidade, o caos esteve tão próximo e de forma tão impactante.

Calma, calma!!! A chance de isso acontecer é de uma em 45 mil; mas mesmo assim o risco já é destaque nos noticiários e nas páginas da internet:

"Asteróide ameaça a Terra em 2036"
"(Reuters) - Um asteróide pode aproximar-se de maneira perigosa da Terra em 2036 e a Organização das Nações Unidas (ONU) deve assumir a responsabilidade por uma missão especial para desviá-lo, disse no sábado um grupo de astronautas, cientistas e engenheiros." (segue)
http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/070218/mundo/mundo_asteroide_pol_1

Eu vou começar a guardar mantimentos desde já; e se não acontecer este infortúnio, eu faço uma baita festa com o que sobrar de comida.

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É cedo até para pensar, mas eu vou revelar meu único medo:

Morrer sozinho e esquecido.

Imaginar findar meus dias na solidão e privado de estar ao lado de pessoas queridas me faz pensar o quanto o ser humano está se tornando desumano; ninguém hoje em dia pára por um instante para estender a mão, ser solidário e ajudar o próximo quando este necessita de ajuda. Na correria do dia-a-dia só existe tempo para si próprios e mais ninguém. Pobres destes mortais que não sabem que ao não se ajudarem mutuamente, estão legando para si o destino do esquecimento, da solidão, da tristeza.
Digo isso porque vejo, a cada dia que passa, as pessoas se tornando mais frias, mais insensíveis e menos humanas. Na última vez que estive em Porto Alegre sempre que eu chegava em algum recinto público, como de costume e educadamente cumprimentava quem se dirigia à mim; e nenhuma vez tive retorno de minha interpelação.
Nas ruas, vejo as pessoas revirando lixeiras, pedindo esmolas, pedindo comida, pedindo ajuda, enquanto aqueles que passam as ignoram como se ali estivesse um simples animal (mesmo que animal também não devesse ser ignorado).
As pessoas estão morrendo sem ter sequer uma morte humana; o direito de morrer e esperar um velório sentido pelos seus familiares está, certamente, com os dias contados.
Se você não acreditou neste meu pequeno "drama" (porém a realidade) que eu tentei mostrar da nossa vida cotidiana, então leia esta matéria e pense se você aceitaria findar sua vida desta maneira:

"Homem é encontrado morto em frente à TV um ano após falecer"
"Um homem foi encontrado morto em sua casa na cidade de Southampton, nos Estados Unidos, mais de um ano após seu falecimento e com a televisão ainda ligada." (segue)
http://gazetaonline.globo.com/noticias/minutoaminuto/internacional/internacional_materia.php?cd_matia=273865&cd_site=0844

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Não digam que eu só penso em "teorias de conspiração", mas depois de comentar sobre os terrores que cometem (por baixo dos panos) no Carnaval, esta reportagem que eu li "e que só foi publicada durante o carnaval", me fez ter CERTEZA de que nossa política e nossa justiça não tem solução.
Porque publicar uma matéria estarrecedora e que mostra o tamanho da impunidade no Brasil logo num momento onde todos estão voltados para outros assuntos, fazendo com quem ninguém perceba a barbárie judicial que sofremos, é a mostra da sujeira que deixam aparacer "somente quando ninguém vê".
Pelo visto, negócio bom é este; em que se rouba bastante e não se é preso, sequer punido.

Enquanto isso: "Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar!"

"Em dez anos, STF não condenou nenhum político"
"O mandato parlamentar é garantia quase certa de uma vida sem complicações penais com a Justiça. É o que indicam os julgamentos dos últimos dez anos de processos criminais envolvendo políticos no Supremo Tribunal Federal (STF) - instância máxima do Judiciário brasileiro que tem a competência de julgar ações penais contra presidentes da República, senadores, deputados e ministros. De 1996 até 2006 o STF julgou definitivamente 29 processos penais contra políticos que têm direito a foro privilegiado. Nenhum foi condenado." (segue)
http://br.noticias.yahoo.com/s/18022007/25/politica-dez-anos-stf-nao-condenou-nenhum-politico.html

sábado, 17 de fevereiro de 2007

GLOBALIZAÇÃO - Um fenômeno não tão recente


Não se deve, em hipótese alguma, concordar que o fenômeno alcunhado de GLOBALIZAÇÃO, tem seu surgimento neste espaço de tempo que compreende os últimos trinta anos. As suas origens vão muito além do século XX que modificou todo o sistema econômico mundial e que contrariou todas as previsões dos teóricos e filósofos que acercaram sobre a história e suas projeções.

No momento em que o capitalismo surgiu, o mercantilismo invadiu os oceanos e a comercialização externa tornou-se a maior e melhor forma de expandir o mercado, países uniram-se de forma nunca antes vista.
Marx e Engels alertavam, ainda em 1848, sobre esta disparada comercial das nações:

"A burguesia, pelo rápido desenvolvimento de todos os instrumentos de produção, pelos meios de comunicação imensamente facilitados, arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização... Em uma palavra, cria um mundo a sua própria imagem." (HOBSBAWM, 2000, pág. 67)


Assim Hobsbawm usou dos pensamentos de Marx e Engels para iniciar sua dissertação sobre o mundo unificado e seu surgimento. A exploração e o comércio – conseqüências diretas do capitalismo – preencheram espaços vazios dos mapas antigos fazendo o mercado mundial um assunto global e não estritamente regional ou local. Nesta época em que as grandes nações se lançaram à exploração era significativo para a comercialização se conhecer todos os continentes e assim se trazer – nas palavras de Hobsbawm – “a luz da civilização e do progresso”. Em 1875, o planeta era mais conhecido do que nunca. Transatlânticos e linhas férreas levavam ao mundo a proximidade antes inatingível.

Paises se uniram (e outros ruíram), facilitando e fortalecendo o comércio entre eles, modificando o panorama natural e tornando-o metade material e metade espiritual; e neste “romance das indústrias”, estavam envolvidos banqueiros, financistas e empreendedores que não mediram esforços na pavimentação de estradas, construções de linhas férreas e navios para dar maior fluxo às suas economias.
Com o advento do telégrafo elétrico a comunicação trabalhou paralelamente enquanto trilhos e navios ajudavam no transporte de cargas, mercadorias e até de pessoas. Em 1840 Estados Unidos da América e Inglaterra já usavam o sinal elétrico para a comunicação, na seqüente década de 1850, todos os principais países da Europa também já faziam uso deste aparato comunicativo.

"Se formos comparam em números os trinta anos que decorreram de 1840 à 1870, teremos algumas semelhanças com os nossos últimos trinta anos (1985-2005). Os números comerciais da primeira faixa de tempo indicavam ascensão irrefreável comercial entre nações (1840 exportou 20 milhões de toneladas de mercadorias, enquanto em 1870 já eram exportados 88 milhões de toneladas)".[1]

Na obra “A Vingança da História”, de Emir Sader, o autor indica um fim para a história devido as conseqüências do fenômeno da globalização e da economia neo-liberal que cada vez mais une países em torno em um eixo econômico sólido e unificador. E Sader descreve que a história teve sua morte de dois períodos históricos, sendo o primeiro a mostra da falha do socialismo marxista aplicado na União Soviética doutrinada pelo congelamento econômico, tentando ser a diferença para o mundo que acompanhava o capitalismo e o processo global; depois Sader lauda a segunda morte quando devido à falta de novas teorias não se conseguiu suplantar o neo-liberalismo econômico.

A informatização que começara lá na metade de 1800, dá um pulo avassalador em 1970, quando a revolução tecnológica une ainda mais o mundo, impressionado pela velocidade de comunicação entre os países inseridos em uma economia global.

"A partir de meados da década de 1970, foram intensas as modificações socioeconômicas relacionados ao processo de internacionalização da economia mundial. Desde já, é preciso enfatizar que esse processo não novo. Mas ganhou características inusitadas e um assombroso impulso com enorme salto qualitativo ocorrido nas tecnologias da informação. Essas mudanças permitiram a reformulação das estratégias de produção e distribuição das empresas e a formulação de grandes networks. A forma de organização da atividade produtiva foi radicalmente alterada para além da busca apenas de mercados globais; ela própria passou a ser global.
A revolução tecnológica atingiu igualmente o mercado financeiro mundial, cada mercado passando a funcionar em linha com todos os outros, em tempo real. Isso permitiu a mobilidade de capital requerida pelo movimento de globalização da produção. Essas modificações radicais atingiram o modo de vida de boa parte dos cidadãos, alterando seu comportamento, seus empregos, suas atividades rotineiras de trabalho e seu relacionamento, por exemplo, com bancos e supermercados." (DUPAS, 2001, págs. 39-41)

Para se ter uma idéia de como o avanço da comunicação foi impressionante e elevando nos últimos anos, podemos comparar a morte do Presidente Abraham Lincoln, que levou 14 dias para se saber a notícia na Europa e a queda da bolsa em um dos países asiáticos que leva apenas 14 segundos para se saber em todo o mundo.

É nesta frenética e milionésima velocidade que a globalização uniu os paises em um eixo econômico controlado e unificado, onde as grandes potências detêm o controle financeiro das nações necessitadas e ligadas pela comunicação as grandes potências podem determinar a falência de uma empresa ou de um país que muitas vezes tem uma economia menor que estas mega-empresas.
Neste processo crescente que já vem de décadas, o mundo caminha cada vez mais para uma unificação assim como diz o título (O mundo unificado) do terceiro capítulo de Hobsbawm na obra A Era do Capital, onde a economia é quem comanda o ritmo da sociedade ligando o mundo e excluindo aqueles que não estão inseridos neste processo.
Passada a Guerra Fria entre Estados Unidos da América e a Ex-União Soviética, a queda do Muro de Berlim e o Consenso de Whashington organizado por Ronald Reagan, presidente dos EUA e a Primeira Ministra da Inglaterra Margareth Thatcher, o mundo capitalista conseguiu derrubar os últimos redutos ainda restavam que não se enquadravam nos moldes neo-liberalistas e globalizados.
Apoiados pelo advento da Internet, da comunicação digital sem fio, dos avanços tecnológicos e do apoio das empresas que reforçam este processo, a globalização necessitou de poucos anos para se tornar o maior fenômeno mundial já visto e o maior unificador de nações desde a colonização das Américas no séc. XVI e o expansionismo mercantilista europeu.
Ratificando a afirmação do autor, é citado um parágrafo de Wilhelm Hofmeister, da obra Política Social e Internacional – Conseqüências sociais da Globalização, de 2005:

"A globalização é, em primeiro lugar, um fenômeno da esfera econômica, embora seus efeitos vão muito além. Não apenas a população dos paises emergentes ou pobres é afetada. A população dos paises industrializados teme por sua seguridade social e seu futuro como conseqüência da globalização. A eliminação das barreiras entre paises facilita, sobre tudo, as grandes empresas com capital, que procuram reduzir seus custos de produção e se estabelecer em paises que pagam salários mais baixos, que tem mínimas exigências ambientais e sistema de seguridade social menos sofisticadas. Em alguns paises, paga-se tão pouco por certas atividades que compensa deslocar para lá a produção, mesmo considerando os custos de transporte do produto, pois nos paises de origens os salários e encargos seria muito mais altos. Isso ameaça principalmente aqueles empregos que requerem pouca qualificação. Conseqüentemente, a produção terá que apresentar um nível de escolaridade cada vez mais elevado e boa capacidade de inovação para fazer frente à concorrência da mão de obra de outros paises industrializados.
A interdependência internacional vem aumentando cada vez mais. O conflito Leste-Oeste oxigenou o dinamismo da globalização e incluiu países e regiões que, anteriormente, estavam isolados pelo confronto militar e ideológico.
Ao facilitar o acesso das empresas transnacionais e dos fluxos financeiros internacionais, os governos acabam por reduzir suas chances de exercer qualquer influencia sobre a própria economia, e enfraquecem seus instrumentos econômicos e financeiros tradicionais, como é o caso dos impostos e juros."

Ainda nesta linha de pensamento, Para Klasen, a Globalização envolve um alto giro de capital e trabalho sem fazer distinção de que Estado nacional provem a renda, tornando-se um assunto econômico controvertido. “O impacto da globalização, envolvendo uma mobilidade significativamente maior de bens, capitais e (de modo mais limitado) trabalho, tornou-se uma das questões mais controvertidas da política e da economia do desenvolvimento”. KLASEN (2005, pág. 31-38)
Como anteriormente fora citado, esta nova era da história da humanidade, já que estarmos vivendo o período econômico neoliberal, pode-se dizer que devido à globalização, estamos também vivendo um período de pós-modernidade, e assim Celso Pinto aborda em uma pesquisa feita na internet que esta nova era trás consigo a interligação dos mercados nacionais e internacionais:

"Não há uma definição que seja aceita por todos. Ela está definitivamente na moda e designa muitas coisas ao mesmo tempo. Há a interligação acelerada dos mercados nacionais, há a possibilidade de movimentar bilhões de dólares por computador em alguns segundos, como ocorreu nas Bolsas de todo o mundo, há a chamada "terceira revolução tecnológica" (processamento, difusão e transmissão de informações). Os mais entusiastas acham que a globalização define uma nova era da história humana." (PINTO,http://www.webvestibulando.hpg.ig.com.br/)

A globalização acaba tornando-se inevitável e ao mesmo tempo necessária para a sociedade que depende desta cadeia intrínseca de dependência criada por esta mesma globalização.
Analisando este fenômeno mundial chamado de Globalização, chegamos à um entendimento de estarmos frente à nova ordem mundial, um avanço da civilização moderna, que adaptou-se à vida em sociedade e que aproveitada dos benefícios de comunicação e a velocidade que lhes é proporcionada, incentivam o progresso deste fenômeno sócio-politico-econômico que alicerçado na esfera neoliberal se fundamenta para fazer das nações uma só nação, onde todos devem estar inseridos dentro deste contexto global. O ônus para quem não participa é a exclusão seja desde um simples indivíduo até uma nação. Não há escape para os tentáculos globais que controlam nosso mundo pós-moderno.


REFERENCIAL TEÓRICO

BELLO, Walden. Desglobalização – Uma idéia para uma nova economia mundial. 2003; Editora Vozes, Petrópolis - RJ.
DUPAS, Gilberto. Economia Global e Exclusão Social. 2001; Editora Paz e Terra, São Paulo - SP.
HOBSBAWM, Eric Jr. A Era do Capital. 2000; Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro
HOFMEISTER, Wilhelm. Política Social e Internacional – Conseqüências sociais da Globalização. Rio de Janeiro : 2005, Editora Konrad Stiftung.
O que é Globalização. Disponível em: http://www.webvestibulando.hpg.ig.com.br/; Acesso em: 24/03/2006.
O que é Globalização. Disponível em: http://anglopira8a13.vilabol.uol.com.br/oqg.html; Acesso em 25/03/2006
O que é Globalização. Fonte Internet: http://www.iis.com.br/ ; Acesso em 25/03/2006
PINTO, Celso. Do conselho editorial. Folha de São Paulo. Fonte: artigo Internet.
ROSSI, Clóvis. Do conselho editorial. Folha de São Paulo. Fonte: artigo Internet.
SADER, Emir. A Vingança da História. 2003; Editora Boitempo, São Paulo
[1] Fonte: (Hobsbawm: 2000, pág. 69)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

A PROXIMIDADE DO CARNAVAL




Este ano não será daqueles em que a gente poderá dizer ilusoriamente que “passou voando”, pois, fora o PAN 2007, temos apenas o inevitável Carnaval, a Festa do Povo, época em que o Brasil todo se movimenta, se prepara e é focado pela Mídia Mundial (e não apenas por fatos deploráveis).



"Mesmo assim nós vamos nos distrair!"


Não há quem não se envolva durante esta data brasileiríssima; foliões se concentram, festejam em blocos, famílias viajam para as praias em busca de descanso no feriadão que há, e até evangélicos se agitam, buscando reforçar a fé fugindo da “festa da carne”; até os políticos se agitam com a proximidade do carnaval, pois é neste período que eles aproveitam que o Brasil inteiro desvia a atenção para a festa e Brasília se dedica à prática de desvios de verbas, criações de novas leis e enriquecimento ilícito através de dinheiro público, fazendo assim da “Festa da Carne” a “Festa da Falta de Carne” nos próximos meses na mesa da população.

Enquanto isso o banquete é servido e os “mensalões” divididos.
Passada a euforia, e de volta à rotina, o brasileiro volta ao trabalho sem ter se dado conta imediatamente do quanto sofreu com o carnaval.

Não pensem vocês que eu não gosto do carnaval, adoro; mas hoje eu apenas o contemplo com uma certa distância, assistindo pela televisão, levando meu filho nos bailes infantis (até porque não tenho mais pique e nem liberdade para faze-lo sozinho) e ainda sobra fôlego para assistir o desfile, fora de época, de minha escola de samba local.

Não quero “morder a língua” com meu comentário (até porque este tipo de carne eu não aprecio), mas porque não deixamos para ir às urnas na Quarta-Feira de Cinzas?
Talvez assim não dê tempo para que a nossa política mexa no bolso do povo.
Vai ter muita gente dizendo que não poderíamos votar na Quarta de Cinzas por estarmos de ressaca; mas se sóbrios já erramos, não custa nada tentar votar embriagado!
“In Vino Veritas”.

A MAIS SANGRENTA REVOLTA (93)


Muitos historiadores se referem à Revolução Federalista de 1893, como um fato que não deveria merecer destaque nos anais da história brasileira e rio-grandense devido à extrema violência protagonizada pelas partes que disputavam o controle político do estado do Rio Grande do Sul.


Décio Freitas conclui que foi a mais violenta entre todas as guerras civis da América do Sul. (...) Emílio de Souza Docca simplesmente se negou a incluir a guerra federalista na sua História do Rio Grande do Sul: “esta revolução é um capítulo doloroso em nossos anais, que merece nossa condenação, e o fazemos silenciando sobre seus acontecimentos”. (RBS Publicações; 2004, pág. 195)

Mesmo hoje sendo pouco lembrado, não tendo destaque sequer em livros didáticos de História, esta Revolução marcou de forma indelével o caráter político e ideológico o povo do Rio Grande do Sul, dividindo-os sob a representação estampada de duas cores: vermelho (maragatos) e branco (chimangos).

"A divisão entre republicanos e federalistas marcou a tendência política bipolar da realidade gaúcha. Embora a permanência acentuada do Partido Republicano no poder, as oposições sempre presentes, deixando traços dessas divergências até momentos atuais." (FLORES, 1993, pág. 40)

A queda do Império brasileiro devido a uma corrupção generalizada e à uma figura representativa (D. Pedro II) desgastada, trouxe consigo imensos atritos e disputas pelo poder tanto a nível nacional, como á nível de estados. O Rio Grande do Sul, sempre representado por seus políticos influentes teve um papel importante na mudança da forma de governo brasileiro, que entrava para o regime republicano; Gaspar Silveira Martins, que fora eleito o deputado mais votado pelo Partido Liberal Histórico, em 1862, com o fim da monarquia viu os clubes republicanos, que aspiravam o poder, enfim conquistarem os graus mais altos da política brasileira e rio-grandense.

A forte propaganda e difusão republicana no Rio Grande do Sul, sob o mito da Revolução Farroupilha, elevou os Republicanos ao poder, quando Julio de Castilhos, depois de fundar o Partido Republicano Rio-grandense, assume a Secretaria do Governo do Estado e incute os ideais positivistas que vinham sendo difundidos pelo mundo, através das teorias de Augusto Comte que pretendia um “governo forte, comandado por mentes iluminadas”.

Para chegar à hegemonia do poder no estado, Julio de Castilhos demitiu liberais que ocupavam cargos públicos, buscou o apoio do exército e da Brigada Militar, nomeou correligionários e decretou o voto não obrigatório, com exceção dos cargos públicos que estavam obrigados a votar declarando abertamente a opção do voto. Assim controlando se realmente seus funcionários o apoiavam nas decisões tomadas por ele.

Em 1891, Julio de Castilhos reformulou a Constituição do Estado, criando leis que o favoreciam e assim ganhou uma oposição ferrenha que reivindicava direitos frente ao autoritarismo implantado por ele no governo no estado.

Nesta oposição declarada à Julio Prates de Castilhos, destacou-se um líder político de muita influencia no Estado que fora deputado anteriormente: Gaspar Silveira Martins, apoiado por Joca Tavares, Juca Tigre, João da Silva Tavares e outras grandes representações políticas e oligárquicas que estavam exiladas no Uruguai armam-se contra a ditadura implantada sob a figura positivista de Castilhos. E usando-se de táticas de guerrilhas, unindo monarquistas, republicanos descontentes, presidencialistas e parlamentaristas, Silveira Martins organiza milícias armadas e com táticas de guerrilha a cavalo deflagra a revolução em 1893, mesmo sem ter um plano sistemático, o que lhe causou a incapacidade de tomar grandes decisões.

Enquanto isso, Castilhos planejava anular a oposição de forma completa, pois além de ter um partido monolítico e fiel à ele, estava apoiado pelo exército e pela Brigada Militar, podendo assim aniquilar qualquer forma de tentativa de golpe possível.

"Não cederemos um passo do terreno tão laboriosa e honradamente conquistado; não nos é lícito desonrar as tradições de 11 anos inteiramente consagrados à evangelização dos mais puros princípios e da felicidade nacional." (A Federação[1], 01-01-1894)

Porem, ainda em 1891, os federalistas conseguem depor Castilhos, iniciando um pequeno, mas conturbado período que foi chamado de “Governicho”, que durou apenas 11 meses e terminou com a reintegração de Julio de Castilhos em 1893, onde a guerra já estava declarada por ambas as partes.
Nesta que foi considerada uma das mais brutais guerras em solo sul-americano, a violência não esteve estampada apenas nos campos de batalha, mas nas ideologias partidárias que usaram da mídia da época (os jornais) para expressar todos os seus apreços e ideais (quer fossem favoráveis ou contrários à causa).

"Nessa guerra ideológica, de opiniões, os federalistas apresentavam os republicanos como ditadores, violadores dos direitos sociais e individuais. Os republicanos, por sua vez, exaltavam seus exércitos e apresentavam os federalistas como restauradores da monarquia, inimigos da República e, até mesmo, como canibais." (FLORES; 1993, pág. 32)

Na história brasileira, a imprensa sempre esteve diretamente ligada política, tanto nas aspirações dos republicanos de ascenderem ao poder, ainda no período monárquico, como no período posterior à 1889; apoiando interesses de grupos privilegiados, da aristocracia, ou ainda, servindo de válvula de escape para os reclames de grupos minoritários, os jornais sempre influenciaram no pensamento da nação brasileira e do povo gaúcho que, muito politizado desde seu surgimento, usou-o como arma, também na Revolução de 1893.
Em meio à toda esta guerra que vitimou mais de 1% da população do Rio Grande do Sul[2], estavam envolvidos outros números, merecedores de destaque, dentro da cronologia da Revolução de 1893: italianos e alemães, que compreendiam 1/8 da população gaúcha[3], quando deflagrada a animosidade política no Estado.
Os alemães apoiavam Gaspar Silveira Martins, que era considerado “benquisto” nas colônias alemãs, assim na serra gaúcha, os republicanos encontraram forte oposição ao governo de Julio Prates de Castilhos. E tais alemães eram vistos como um “perigo” iminente, caso estes declarassem apoio em armas à causa legalista.
O maior medo republicano veio quando, Karl Koseritz, amigo de relações próximas á Silveira Martins, juntamente com outros colonos alemães, fundam o Partido Colonial, reivindicando melhorias de vida e sociais ao seu grupo, no que ficou conhecido como “o programa dos 13 pontos”[4].
Assim como os alemães, a grande colônia italiana teve que expressar apoio à causa federalista, pois também sofreram frente ao autoritarismo do governo positivista de Julio de Castilhos; onde foram registradas por meio de cartas diplomáticas, mais de 400 agressões físicas e morais aos moradores das colônias italianas, envolvendo até incidentes com morte, como foi o caso de um jovem italiano que teve sua costela arrancada, assada e posta na boca, em retaliação à declarações feitas por ele ao governo castilhista[5].
Em Caxias do Sul, os maragatos tiveram apoio na invasão da cidade, mesmo assim Borges de Medeiros, sucessor de Julio de Castilhos, afirmava às autoridades italianas que nada houve que estas comunidades italianas sempre estiveram de acordo com os princípios de ordem do Estado.
Retrato desta violência explícita (anteriormente citada no ato de vandalismo animal, onde uma pessoa teve sua costela arrancada do corpo e posta na boca) as crueldades cometidas na Revolução de 93 foram destaque histórico, tanto pelos requintes de maldade, como pelo alto índice destas práticas. Merecendo destaque pela forma simples e eficaz, a degola foi uma cena marcante na vida dos gaúchos que presenciaram a revolta federalista de 1893.

"Por onde passavam, espalhavam o terror entre os adversários. Partidários da revolução eram trucidados em nome da salvação da republica e os amigos do governo eram perseguidos, e aniquilados perante o liberalismo maragato. Nas pequenas comunidades, os homens, quando podiam, fugiam para os matos. E os velhos, mulheres e crianças, nem sempre poupados, recebiam aterrorizados os bandos que se disseminavam pelos campos. Vivia-se a revolução pela sucessão de execuções, castrações, estupros e degolamentos." (FLORES; 1993, pág. 46)

Gumercindo Saraiva, líder federalista que comandou tropas até o Paraná levando a Revolução à outros estados, teve sua cabeça decapitada e enviada ao governador Julio de Castilhos, reforçando ainda mais as barbáries cometidas nos campos de guerra do Rio Grande do Sul.

"Em 27 de Junho de 1894, Gumercindo Saraiva enfrentou sua última grande batalha, e no dia 10 de Agosto morreu com um tiro no peito.
Numa guerra de barbáries em ambos os lados, dois dias depois de enterrado, seu corpo foi retirado da cova, teve a cabeça decepada e levada em uma caixa de chapéus ao governador Júlio de Castilhos. Seu corpo, mais tarde, foi levado e sepultado no Cemitério Municipal de Santa Vitória do Palmar, sem a cabeça." (Fonte: http://pt.wikipedia.org)

Banhado em sangue, o Rio Grande do Sul, viveu anos merecedores de luto nacional, porém, desta mescla de valores políticos e forças medidas em plenário e nos campos de batalha, resultaram grandes nomes no panorama nacional que: Borges de Medeiros, Gaspar Silveira Martins, Julio de Castilhos, Getúlio Vargas, Pinheiro Machado, João Goulart, Flores da Cunha[6], entre outros; que fundados neste caráter politicamente forte, sempre expressaram nacionalmente que o Rio Grande do Sul é um dos estados onde os ideais sempre foram levados à sério e aos extremos[7].
Os atritos da Revolução de 1893, findados em 95, mas com a permanência do PRR no poder por 33 anos com Borges de Medeiros reelegendo-se de formas contestáveis pela oposição, ainda continuaram gerando revoltas no estado, até que em 1923, foi assinado o Pacto de Pedras Altas[8], findando o derramamento de sangue nos verdes campos do Rio Grande do Sul.


Referencial Teórico

FLORES, Moacyr (org.). A Revolução dos Maragatos 1893-1895. Porto Alegre, EDIPUCRS, 1993

RBS Publicações. História Ilustrada do rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2004

SITES acessados em 28/05/2006:

- http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/5458_2.asp

- http://pt.wikipedia.org


[1] Jornal Republicano, expressando manifesto contrario à causa legalista e incitando que não pretendia a paz com armas.
[2] Fonte: RBS Publicações, 2004
[3] Fonte: FLORES, 1993
[4] No qual a Colônia, por meio do partido reclamava, entre outros: uma representação autônoma da “Colônia” na Assembléia do Estado, divisão dos municípios para melhorar a eficácia administrativa, simplificação dos processos e diminuição dos custos judiciais e dos inventários, fundação de uma universidade, de uma escola agro-industrial-comercial e de uma escola de parteiras, e melhorias nas estradas, com aplicação de um terço da dívida colonial onde era arrecadada. (Fonte: FLORES; 1993, pág. 64)
[5] Fonte: FLORES, 1993
[6] Políticos citados por Tancredo Neves em depoimento à entrevistadora Valentina da Rocha Lima. Getúlio Uma História Oral. Rio de Janeiro: Record, 1986.
[7] Exemplo deste extremismo, podemos citar o Presidente Getulio Dornelles Vargas, que preferiu a morte, deixando um legado político ao Brasil, do que a derrota frente à oposição. (opinião do autor)
[8] A guerra civil no Rio Grande do Sul terminou em dezembro de 1923 por um acordo de paz assinado sob a égide do governo federal em Pedras Altas, estância de Assis Brasil. O Pacto de Pedras Altas vedou nova reeleição de Borges, mas garantiu o mandato que exercia no Executivo estadual. (Fonte: http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/5458_2.asp)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

A DATA DA MINHA MORTE

Muitas pessoas pagariam para não saber o dia de sua morte; certamente o ser humano não está preparado para ter consciência de seu fim com data marcada.
Alguns filmes tentaram mostrar como as pessoas se portam quando são avisadas sobre sua morte iminente, é o caso de "Encontro Marcado" com Brad Pitt e "Uma Vida em Sete Dias" com Angelina Jolie (coincidência ou não, hoje o casal de atores vivem em matrimônio).

Mas comigo, o destino em forma de aviso também veio me fazer uma visita:
Certo dia, andando pelas ruas da minha Uruguaiana-RS, me deparei com um grupo de ciganos itinerantes que estavam acampando em uma praça pública no centro da cidade. Ao cruzar por eles, fui abordado por uma sra. que dizia que por apenas R$ 1,00 diria todo o meu futuro que nas linhas da minha mão estava escritos.
Por apenas R$ 1,00 não me contive e aceitei a troca de favor (futuro x R$ 1,00... rsrs). A cigana então me disse que eu teria uma vida farta, minha vida se realizaria mais e mais ao passo que os anos aumentassem.
No final da leitura encerrou dizendo:
“-Você vai morrer com 125 anos... e assassinado por um marido traído que vai chegar em casa e lhe pegar com a esposa dele!!!"

Depois desta revelação, não dei R$ 1,00 para a velha cigana, lhe dei R$ 50,00.
Pois morrer com 125 anos e em plena atividade sexual é a melhor morte que se pode ter.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

PROVINCIANO

Provinciano
Autores: Mário Eleú Silva, Mario Barros
Int: João de Almeida Neto

Longe da cidade grande
Alheio ao mundo agitado
Vive bem aquerenciado
O gaúcho provinciano

Seja campeiro ou urbano
É sempre um conservador
Seu verso guarda o sabor
Das coisas do cotidiano

Estende a mão, cumprimenta
Também retira o chapéu
Sabe quando muda o tempo
Bombeando as nuvens no céu

Lá pras bandas da fronteira
Se parece um João- Barreiro
Zeloso, cuida do pago
Com cismas de peão caseiro

As razões de cantar triste
Vem de muito tempo atrás
Rude devoção que existe
Pelo campo e pela paz

Que misteriosa tendência
Sina, feitiço ou desejo
Faz clamar seu lugarejo
No entardecer da existência

Provinciano pelo duro, te juro
Sei do teu amor sem fim
Por essa querência amada
E pela vida sossegada
Porque eu também sou assim
Estendo a mão cumprimento
Também retiro o chapéu.

Dica de DOWNLOADS de CDs completos

Como eu ainda nao estou treinado e conhecendo bem todos os atalhos e facilidades que um BLOG proporciona, vou apenas (nesta primeira postagem) deixar o link de um outro blog de um cara que disponibilizou dezenas de CDs completos para "baixar".

Vai aí a dica:

http://robertocom.blogspot.com/

Tudo começa hoje

Já fazia tempos (para ser mais exato, anos) que eu tinha vontade de publicar na rede mundial meus pensamentos, minhas filosofias e meu jeito de ser (criticado por muitos).
Começa hoje, a história; começa hoje (de uma forma mais eletrônica) a minha história, que será contada por mim mesmo.

Espero que gostem do que vcs forem ler.

Pedro