segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
A FELICIDADE EM 2012 COMPARTILHADA EM 2013
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
À ESPERA DO FIM DO MUNDO
Outras teorias então começaram a surgir para dar cabo do
planeta; como em 1881, quando astrônomos disseram que a passagem do Cometa
Halley pela terra em 1910 mataria todos devido a gases mortais contidos em sua
cauda. Naquele ano todos que puderam contemplaram o fenômeno
astronômico e ninguém morreu por causa do cometa.
Catástrofes, desastres, destruição, extermínios, terror e
morte são coisas do dia-a-dia da humanidade. O mundo convive com isso desde que
o homem começou a dominar onde habitamos. quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
POR ACREDITAR NOS MEUS ALUNOS
domingo, 18 de novembro de 2012
CUIDADO COM O PROGRAMA "PAIXÃO.EXE"
Depois de alguns encontros o coller já não dá mais conta do superaquecimento sentimental de seu CPU.
Você não fez backup desde a sua última formatação amorosa.
Seus arquivos emocionais, que já estavam danificados, nem na lixeira estão
mais. Aflito, tenta fazer uma varredura usando um antivírus potente, mas aquele
programinha adoravelmente fatal já pulou seu firewall da razão. Ironicamente, o
sistema de segurança ainda lhe diz: “As definições de vírus foram atualizadas!”
Aquilo que parecia ser apenas uma distração inofensiva, um
passatempo, um aplicativo a mais instalado (com um ícone bonito em seu desktop
do dia-a-dia), tornou-se um Cavalo de Tróia poderoso, destruidor, avassalador e sem
recuperação. Impregnado na placa-mãe do coração, corrompendo a memória ram emocional e o hardware racional.domingo, 28 de outubro de 2012
Sobre o Pedro
sábado, 22 de setembro de 2012
O VELÓRIO DA MÚSICA BRASILEIRA
Vai começar a putaria. Podem sentar; quem quiser pode quicar e rebolar.”
Na saída da igreja carros de som tocavam toscas paródias políticas. É ano de eleição.
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domingo, 2 de setembro de 2012
ESTUDE PARA O VESTIBULAR TIRANDO PROVEITO DA PALHAÇADA ELEITORAL LOCAL
Engana-se o eleitor que
acha que hoje sofre com os desesperados apelos por voto que os candidatos fazem
das mais diversas formas. O problema é bem mais antigo do que parece.quarta-feira, 1 de agosto de 2012
ENTRE CARMINHA E RITA EXISTE OUTRA PERSONAGEM
Até hoje eu achava ser a única pessoa no Brasil que não está
acompanhando a novela das oito, que passa as nove.sábado, 28 de julho de 2012
UM CONVITE À HISTÓRIA
Se existe uma maneira de se "sentir a história” é quando apreciamos uma xícara de café. Pois, para que
esta bebida negra seja servida em sua mesa foi necessário que muitos povos, com
suas mais diversas culturas, ao longo de séculos, permitissem que agora você deguste a
história.
Após o fim da Idade Média, e o renascimento
comercial que religou Ocidente e Oriente, o café ganhou as mesas europeias,
entrando através de Veneza (1615), sendo considerado produto de luxo. Ainda
dominados pela Igreja Católica, que arbitrava severamente o mundo ocidental, a poção
negra chegou a ser acusada de “bebida do diabo” e considerada herética. Foi
necessário que o Papa Clemente VIII a provasse e, aprovando, tornasse-a uma
bebida cristã. O mundo europeu e colonialista, começava a consumir, e
tornar habitual em sua cultura, o café, espalhado agora ao redor do mundo.
Caía o Império, nascia a
República e presidentes foram eleitos em função da defesa do grão (tão
importante se tornara o gênero, que um período da história do Brasil leva seu
nome: República do Café-com-Leite). Oligarquias se alternaram no poder; o
coronelismo defendia interesses próprios. Grandes artistas, como Cândido
Portinari (nascido em uma fazenda de café), ganhavam notoriedade pintando cenas
da produção cafeeira. Revoluções estouravam direta ou indiretamente por causa da bebida negra. A crise de 1929 afetou toda a enorme produção do grão
brasileiro; seu preço despencava no mercado internacional. Vargas, no seu golpe
de 1930, virou a xícara e derrubou o café-com-leite. E mesmo assim, o café
continuava sendo consumido no mundo todo. Já fazia parte enraizada da nossa
cultura esta frutinha vermelha descoberta centenas de anos antes, do outro lado
do mundo.segunda-feira, 9 de julho de 2012
QUANDO JÁ NÃO HÁ MAIS EXPLICAÇÃO
Está na vocação do professor de
história ser cético. Contrariamos a religião – e suas historinhas fabulosas – e
nos baseamos apenas na ciência e suas teorias. Ironizamos Adão e Eva e o Paraíso,
enquanto discutimos australopitecos vagando pelas savanas africanas há milhões
de anos.
Pelo menos aquela curiosa
menina fez com que eu também começasse a me indagar até onde a razão consegue
explicar os fatos; e percebi que quando a ciência não consegue mais explicar,
aí então, recorremos a Deus. Pois somente um ato divino faria um raio despertar
uma matéria bruta.
Em tempos onde fé e religiosidade
estavam sendo deixadas em segundo plano, na busca por explicações racionais, veio justamente ela - a ciência -, a inimiga da fé, que provar que Deus existe.Certamente vai querer ser cientista quando crescer.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
A INTERNET TORNA QUALQUER PESSOA INTELIGENTE
A internet nos facilitou a vida, nos
proporcionou um caminho mais rápido à pesquisa e ao conhecimento, mas nos
tornou preguiçosos intelectualmente. Não precisamos mais ler; não necessitamos
mais sondar, inquirir por sabedoria. Na dúvida: clique!
Mas quando nem a internet
consegue responder – e o desespero bate – é que percebemos o quanto nos
tornamos dependentes cognitivos dessa ferramenta moderna.domingo, 3 de junho de 2012
A CULPA É DE HOLLYWOOD...
Isto porque o cinema nos vende
esta imagem distorcida, utópica e fantasiosa de relacionamentos que só existem
em filmes; e nós, pobres e iludidos mortais, buscamos ser – e viver – estes personagens
fictícios, com seus amores perfeitos, em cenas que somente a sétima arte foi
capaz de imortalizar.Pois somente na ficção que Rick Blaine (Humphrey Bogart) e Ilsa (Ingrid Bergman) desafiaram os horrores da guerra e sobreviveram, mantendo vivo o amor em tempos de ódio, em Casablanca.
Amor além da morte, como de Molly
(Demi Moore), pelo seu amado Sam (Patrick Swayze) em Ghost – Do Outro Lado da
Vida. Ou como o de Gerry (Gerard Butler), por Holly (Hilary Swank); que, em
cartas, deixou sinais de seu amor pós-vida, em P.S. Eu Te Amo.O doce encontro do simples dono de uma biblioteca Will (Hugg Grant) com a estrela do cinema Anna (Julia Roberts), onde mesmo com seus antagonismos sociais terminou em final feliz no filme Um Lugar Chamado Notting Hill.
Ou ainda, no livro de Gabriel
Garcia Marquez, Amor nos Tempos de Cólera, – depois transformado em filme – que
Florentino Ariza (Javier Barden) suportou por décadas um amor recolhido pela
bela Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno) em meio à doença e o preconceito
social, na Colômbia do início do século XX.Amor! Como em tantos outros filmes, de tantas histórias fantásticas, com seus casais perfeitos em belos cenários e finais surpreendentemente felizes.
O amor é como a estátua da Deusa Atena. De longe, aquele mármore talhado é belo, perfeito, e magnífico aos olhos. Porém, quanto mais perto chegamos, percebemos suas pequenas falhas e suas leves rachaduras; e muitos se decepcionam ao primeiro sinal de imperfeição do amor, enganados pela falsa propaganda hollywoodiana.
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segunda-feira, 21 de maio de 2012
SE
Representada pelo verbo, dependente de uma condição, de uma
ordem, de um pedido, duvidosa na frase, existe uma palavra."Ah, se eu tivesse estudado!"
E se você tivesse tirado aquela pessoa pra dançar? E se aquela pessoa foi o grande amor da sua vida e você deixou passar? E se você tivesse dito "eu te amo", ao invés de engolir aquelas palavras e, por isso, hoje lamenta?-
segunda-feira, 19 de março de 2012
A DILMA NUNCA LEU A OBRA DE MAQUIAVEL
Existem momentos, na vida do professor, que são extremamente constrangedores.
Aqueles momentos em que somos surpreendidos por uma pergunta inesperada e que ficamos procurando uma forma de responder tendo que ao mesmo tempo explicar e não desviar do assunto.
Como numa aula de filosofia, quando eu explicava que “cultura é tudo aquilo que fazemos, agimos ou pensamos” e uma aluna perguntou: “Então, se é assim, sexo é cultura, professor?”
Só uma semana depois consegui responder a pergunta da aluna; que não deixava de ter razão no seu questionamento.
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Porém, mais constrangedor é trabalhar a teoria e não conseguir apresentar a prática, tendo como base a sociedade e a política que vivemos.
Foi assim quando, em aula, trabalhando uma questão de vestibular retirada da obra “O Principe”, de Nicolau Maquiavel, que mesmo tendo o gabarito da questão, os alunos e eu esbarramos na contrariedade do texto ao trazermos o tema para os dias de hoje.
Segundo o florentino Maquiavel – que em sua mais famosa obra aconselha a como se deve governar – cabe ao principe ser amado e temido ao mesmo tempo; só assim ele terá as rédeas do Estado e do povo. E para tanto, seu governo deve ser coeso, forte e fiel (inclusive entre aqueles que lhe ajudam a governar).
A questão de vestibular apresentava este texto em seu enunciado:
“A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti.São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.)
Livro de cabeceira de muitos governantes – inclusive do maior estrategista da história contemporânea (Napoleão) – O Principe ajudou a unificar reinos esfacelados por guerras, nações divididas em disputas etnicas, países destruídos pela miséria e pela fome. Guiou governos em períodos sombrios da humanidade e manteve muitos tiranos no poder, quando estes se valeram dos ensinamentos de Maquiavel vistos sob outro enfoque.
Mesmo assim estes Chefes de Estado nunca governaram sozinhos e, por isso, sempre precisaram de bases aliadas e assessoria fiel e de qualidade. Assim, quem leu Maquiavel se manteve no poder, teve aliados, foi amado, temido e – assim como a obra e o autor – entraram para história.
Quando apresentei as alternativas para a resposta do texto destacado, um aluno me ironizou comentando: “Professor, pelo visto, devido à quantidade de ministros que já caíram nesse primeiro ano de governo, a Dilma nunca leu a obra de Maquiavel!”
Novamente fiquei sem reação ao comentário especulativo de um aluno.
Por um momento cheguei a pensar em anular a questão, tendo em vista que a teoria histórica já não se aplica mais à prática, na política atual (o que confundiria ainda mais os jovens cerébros destes meus alunos).
Esbocei um sorriso para o comentário extremamente inteligente e sarcástico do aluno e apenas destaquei a resposta certa, dando continuidade à aula.
Mas com uma coisa eu concordo: A Dilma não leu O Príncipe!
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Não muito longe de Brasília, na contraditória Monarquia Absolutista de Uruguaiana, um governo teve, em seus 7 anos de gestão, uma ciranda ministerial onde já passaram 34 secretários.
Alguém, por aqui, também não andou lendo a obra de Maquiavel.


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