... pelos fracassos amorosos que
se tornaram rotina, atualmente, na vida das pessoas.
Isto porque o cinema nos vende
esta imagem distorcida, utópica e fantasiosa de relacionamentos que só existem
em filmes; e nós, pobres e iludidos mortais, buscamos ser – e viver – estes personagens
fictícios, com seus amores perfeitos, em cenas que somente a sétima arte foi
capaz de imortalizar.
E o resultado disso: frustrações
românticas da vida real.
Pois somente na ficção que Rick Blaine (Humphrey Bogart) e Ilsa (Ingrid Bergman) desafiaram os horrores da guerra e sobreviveram, mantendo vivo o amor em tempos de ódio, em Casablanca.
Apenas nas telas do cinema viram-se
amores impossíveis; como do anjo Seth (Nicolas Cage) pela mortal Maggie (Meg
Ryan). Um amor de auto-sacrifício, para transpor a barreira dos limites e viver
por pelo menos um dia o sentimento sublime; em Cidade dos Anjos.
Amor além da morte, como de Molly
(Demi Moore), pelo seu amado Sam (Patrick Swayze) em Ghost – Do Outro Lado da
Vida. Ou como o de Gerry (Gerard Butler), por Holly (Hilary Swank); que, em
cartas, deixou sinais de seu amor pós-vida, em P.S. Eu Te Amo.
O doce encontro do simples dono de uma biblioteca Will (Hugg Grant) com a estrela do cinema Anna (Julia Roberts), onde mesmo com seus antagonismos sociais terminou em final feliz no filme Um Lugar Chamado Notting Hill.
O doce encontro do simples dono de uma biblioteca Will (Hugg Grant) com a estrela do cinema Anna (Julia Roberts), onde mesmo com seus antagonismos sociais terminou em final feliz no filme Um Lugar Chamado Notting Hill.
Ou ainda, no livro de Gabriel
Garcia Marquez, Amor nos Tempos de Cólera, – depois transformado em filme – que
Florentino Ariza (Javier Barden) suportou por décadas um amor recolhido pela
bela Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno) em meio à doença e o preconceito
social, na Colômbia do início do século XX.
Amor! Como em tantos outros filmes, de tantas histórias fantásticas, com seus casais perfeitos em belos cenários e finais surpreendentemente felizes.
Foi isso que Hollywood nos
vendeu; mas não é isso que encontramos quando conhecemos uma pessoa na vida real. Pois o
amor não é perfeito.
O amor é como a estátua da Deusa Atena. De longe, aquele mármore talhado é belo, perfeito, e magnífico aos olhos. Porém, quanto mais perto chegamos, percebemos suas pequenas falhas e suas leves rachaduras; e muitos se decepcionam ao primeiro sinal de imperfeição do amor, enganados pela falsa propaganda hollywoodiana.
O amor é como a estátua da Deusa Atena. De longe, aquele mármore talhado é belo, perfeito, e magnífico aos olhos. Porém, quanto mais perto chegamos, percebemos suas pequenas falhas e suas leves rachaduras; e muitos se decepcionam ao primeiro sinal de imperfeição do amor, enganados pela falsa propaganda hollywoodiana.
O amor é errado; o amor é falho;
o amor tem seus altos e baixos, suas idas e vindas; pois o amor é
complicadamente simples ao mesmo tempo que é simplesmente complicado.
Porque amar é aceitar o(a)
companheiro(a) como ele(a) é. Conviver com seus defeitos; reconhecer e suportar
suas manias; entender que a pessoa ao seu lado não é perfeita porque ela –
assim como você – é humana, passível de erros também. Amar é perdoar o erro
antes mesmo desta pessoa cometê-lo.
Amar não é belo, como são os filmes.
Amar é simples, como a própria vida.
Por isso se apaixone, sem querer
encontrar explicação. Deseje, sem procurar beleza. Sinta, sem tentar entender o
sentido racional do sentimento. Ame, sem buscar a perfeição.
Até porque a pessoa que lhe ama
sabe que você também não é perfeito e mesmo assim vai desejar viver com você um
final feliz de filme romântico.
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Um comentário:
"Foi isso que Hollywood nos vendeu; mas não é isso que encontramos quando conhecemos uma pessoa na vida real. Pois o amor não é perfeito".
- Morri aqui. Muito bom o texto!
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