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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O DIA QUE URUGUAIANA VIU O PODEROSO EXÉRCITO PARAGUAIO SE RENDER E O IMPÉRIO BRITÂNICO SE CURVAR AO BRASIL

18 de Setembro de 1865
Durante todo século XIX o sol jamais se punha sob o Império Britânico e a Inglaterra reinou soberana em todas as partes do mundo. Poderosa e inclemente, a Rainha Vitória, decretava leis para aprisionamento de navios e autoproclamava a Grã-Bretanha como a "polícia dos mares".
O jovem Brasil enfrentou a Inglaterra pela primeira vez quando Dom Pedro II negou-se a pagar indenização exigida pelo embaixador inglês no Brasil, William Dougal Christie, decorrente do naufrágio do navio Prince of Wales no litoral gaúcho em 1861.
Um ano depois, após marinheiros ingleses terem sido presos na cidade do Rio de Janeiro por embriaguez e arruaça, novamente o embaixador Christie exigiu que o imperador brasileiro ordenasse a libertação dos marujos britânicos e demissão dos policiais brasileiros. Mais uma vez D. Pedro II negou-se a atender às ordens inglesas. Em represália a Inglaterra aprisionou navios brasileiros e o imperador brasileiro, em resposta rompeu laços diplomáticos com a poderosa Senhora dos Mares. Era o início da Questão Christie, um atrito entre o Império Brasileiro e o Império Britânico que só terminaria depois de dois anos de uma longa batalha jurídica, quando o Brasil saiu vencedor da Questão, após o Rei da Bélgica, Leopoldo I, ter dado ganho de causa favorável ao Brasil. Orgulhosa, a Rainha Vitória negou-se a reconhecer a derrota.
D. Pedro II, assim, defendeu a honra e a soberania brasileira contra os abusos da autoridade inglesa.

Em 1864 o Ditador Paraguaio Solano Lopez invadiu o Brasil com um poderoso exército armado e treinado, buscando uma saída para o mar.
Em 1865 o Paraguai já ocupava a província do Mato Grosso e todo Norte da Argentina.
Por onde passavam, as tropas paraguaias deixavam um rastro de destruição e morte. São Borja, Santo Tomé, Paso de Los Libres e Itaqui não foram páreo para os 6.500 soldados paraguaios comandados pelo General Estigarribia. Em sua rota de guerra, Uruguaiana seria apenas mais uma cidade a ser dominada.
Ao entrar triunfal na cidade de Uruguaiana, evacuada às pressas por ordens do General David Canabarro, os paraguaios ficaram sitiados num cerco que durou semanas, feito pelas tropas aliadas de Brasil Argentina e Uruguai.
Confinados, os paraguaios sentiam em Uruguaiana sua primeira terrível derrota.
Sabendo da iminente rendição das tropas invasoras, D. Pedro II viajou do Rio de Janeiro à Uruguaiana para ser testemunha ocular da derrocada paraguaia em solo brasileiro.

No dia 18 de setembro de 1865, em Uruguaiana, D. Pedro II assistiu o poderoso exército paraguaio se render a seus pés e, de quebra, ainda recebeu a visita do constrangido embaixador inglês na Uruguai com pedidos oficiais de desculpas escrito a punho pela Rainha Vitória.
Uruguaiana, há 150 anos, foi palco de uma vitória militar e outra diplomática do Brasil.
Mais que isso, há 150 anos, em Uruguaiana, o Brasil mostrou sua soberania pro mundo.
Viva Uruguaiana e o Sesquicentenário da Retomada.
Viva a nossa história!

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