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sábado, 26 de setembro de 2015

MOTEL E VIAGENS AÉREAS EM URUGUAIANA

Quando o primeiro motel foi inaugurado em Uruguaiana, mesmo sem saber a real utilidade do serviço prestado, famílias inteiras (pai, mãe, filhos e sogros) se programavam para passarem os fim de semana no estabelecimento. Vereadores marcavam hora e, após noitadas na nova hospedagem de cama redonda, grandes espelhos e luzes piscantes, discursavam eloquentemente na tribuna da Câmara, enaltecendo o prestigioso serviço prestado pela nova empresa.
O Uruguaianense, naquela época, não sabia o que era, mas achava chique frequentar motel.

Com inauguração marcada para outubro, ao preço de irrisórios R$89,00 reais, os voos entre Uruguaiana e Porto Alegre farão até mesmo o mais bairrista querer viajar pela primeira vez de avião, mesmo sem ter motivo algum pra ir a Porto Alegre. Famílias vão tirar férias em "POA", políticos vão fazer "merchan" no aeroporto e tirar fotos com o comandante do avião.

E assim, vai ter gente comprando passagem, tirando selfies e fazendo check-in quando chegarem na capital.
O Uruguaianense, em outubro, vai se achar chique viajando de avião.

Enquanto isso, muitos vão continuar aproveitando os finais de tarde na pracinha do Aeroporto Ruben Berta pra tomar mate e jogar bola com os filhos, viajando de avião apenas quando realmente for necessário e frequentando motel para...
... ok, vocês sabem pra quê.

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NOTÍCIA: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/08/uruguaiana-tera-voo-diario-e-direto-para-porto-alegre-4828343.html
VALORES: http://redejovemhits.com.br/wp/index.php/2015/09/24/voos-de-uruguaiana-a-porto-alegre-a-partir-de-r-8990/

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O DIA QUE URUGUAIANA VIU O PODEROSO EXÉRCITO PARAGUAIO SE RENDER E O IMPÉRIO BRITÂNICO SE CURVAR AO BRASIL

18 de Setembro de 1865
Durante todo século XIX o sol jamais se punha sob o Império Britânico e a Inglaterra reinou soberana em todas as partes do mundo. Poderosa e inclemente, a Rainha Vitória, decretava leis para aprisionamento de navios e autoproclamava a Grã-Bretanha como a "polícia dos mares".
O jovem Brasil enfrentou a Inglaterra pela primeira vez quando Dom Pedro II negou-se a pagar indenização exigida pelo embaixador inglês no Brasil, William Dougal Christie, decorrente do naufrágio do navio Prince of Wales no litoral gaúcho em 1861.
Um ano depois, após marinheiros ingleses terem sido presos na cidade do Rio de Janeiro por embriaguez e arruaça, novamente o embaixador Christie exigiu que o imperador brasileiro ordenasse a libertação dos marujos britânicos e demissão dos policiais brasileiros. Mais uma vez D. Pedro II negou-se a atender às ordens inglesas. Em represália a Inglaterra aprisionou navios brasileiros e o imperador brasileiro, em resposta rompeu laços diplomáticos com a poderosa Senhora dos Mares. Era o início da Questão Christie, um atrito entre o Império Brasileiro e o Império Britânico que só terminaria depois de dois anos de uma longa batalha jurídica, quando o Brasil saiu vencedor da Questão, após o Rei da Bélgica, Leopoldo I, ter dado ganho de causa favorável ao Brasil. Orgulhosa, a Rainha Vitória negou-se a reconhecer a derrota.
D. Pedro II, assim, defendeu a honra e a soberania brasileira contra os abusos da autoridade inglesa.

Em 1864 o Ditador Paraguaio Solano Lopez invadiu o Brasil com um poderoso exército armado e treinado, buscando uma saída para o mar.
Em 1865 o Paraguai já ocupava a província do Mato Grosso e todo Norte da Argentina.
Por onde passavam, as tropas paraguaias deixavam um rastro de destruição e morte. São Borja, Santo Tomé, Paso de Los Libres e Itaqui não foram páreo para os 6.500 soldados paraguaios comandados pelo General Estigarribia. Em sua rota de guerra, Uruguaiana seria apenas mais uma cidade a ser dominada.
Ao entrar triunfal na cidade de Uruguaiana, evacuada às pressas por ordens do General David Canabarro, os paraguaios ficaram sitiados num cerco que durou semanas, feito pelas tropas aliadas de Brasil Argentina e Uruguai.
Confinados, os paraguaios sentiam em Uruguaiana sua primeira terrível derrota.
Sabendo da iminente rendição das tropas invasoras, D. Pedro II viajou do Rio de Janeiro à Uruguaiana para ser testemunha ocular da derrocada paraguaia em solo brasileiro.

No dia 18 de setembro de 1865, em Uruguaiana, D. Pedro II assistiu o poderoso exército paraguaio se render a seus pés e, de quebra, ainda recebeu a visita do constrangido embaixador inglês na Uruguai com pedidos oficiais de desculpas escrito a punho pela Rainha Vitória.
Uruguaiana, há 150 anos, foi palco de uma vitória militar e outra diplomática do Brasil.
Mais que isso, há 150 anos, em Uruguaiana, o Brasil mostrou sua soberania pro mundo.
Viva Uruguaiana e o Sesquicentenário da Retomada.
Viva a nossa história!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

AQUELE MENINO SÍRIO NA PRAIA ME FEZ CHORAR

Aquele menino sírio na praia me fez chorar.
Aquele menino na praia, inerte, de bruços, recebendo as batidas das ondas não estava brincando com elas.
Aquele menino na praia, repousado na imagem, imóvel na areia, não estava construindo um castelinho com seus grãos.
Aquele menino na praia, estático, em silêncio, não estava com seus pais, como num dia em que a família tira fotos na orla.
Aquele menino na praia, que deveria estar rindo, desfrutando a sua inocência, usufruindo a sua infância, recreando-se nesta que deveria ser a sua fase mais bela, infelizmente teve sua vida ceifada pelas agruras do mundo adulto e cruel que o impossibilitou de existir.
Aquele menino na praia me fez sentir raiva por ser adulto; pois somos nós, os adultos, que complicamos o mundo, que se fosse infantil seria tão simples como brincar nas areias da praia, algo que aquele menino não pode fazê-lo.
Aquele menino sírio na praia me fez querer ser criança também para não ter que ver tudo isso que está acontecendo hoje em dia.
Aquele menino na praia me fez chorar de vergonha e morrer um pouco por dentro. Pois hoje, o mundo adulto, ao qual eu infelizmente também pertenço, puniu sem querer quem apenas queria viver.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

JAMAIS DESAFIEM OS GAÚCHOS


Getúlio Vargas havia perdido a eleição presidencial de 1929 para Julio Prestes, candidato paulista apoiado pelo então presidente - também paulista - Washington Luís.

Em meio a protestos contra as fraudes eleitorais que teriam dado a vitória a São Paulo, além do assassinato do candidato a vice da chapa de Vargas (João Pessoa) e o acidente aéreo que matou o tenente Siqueira Campos, os gaúchos articularam um golpe para derrubar o governo de Washington Luís e empossar Getúlio Dornelles Vargas.
Ao saberem que os gaúchos haviam partido de trem e a cavalo do Rio Grande do Sul em direção ao Rio de Janeiro, alguns jornais paulistas e cariocas publicavam reportagens desafiantes, afrontando que "jamais os gaúchos atarão seus cavalos no Obelisco da Avenida Rio Branco".

Em 03 de Novembro de 1930, após entrarem triunfais no RJ, gaúchos atavam seus cavalos no Obelisco, derrubavam o governo de Washington Luís, encerravam a República do Café com Leite, venciam a Revolução de 1930, mudavam o rumo da história do país e provavam ao Brasil que JAMAIS deve-se desafiar o Rio Grande do Sul.

Honramos o hino que diz: "Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra!"

Viva o Rio Grande do Sul!
Viva a Verdadeira Revolução que o Rio Grande venceu!


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