Sem ter absolutamente nada de valor para criar, ultimamente
os políticos estão se esforçando demais na arte de criar leis incrivelmente
banais e/ou absurdas, testando assim a paciência do povo e provando o quanto
são indignos de exercer o cargo que representam.
Assim, o deputado Daniel Almeida, do PCDdoB propõe a
instituição do “Dia Nacional do Trabalho Decente”, 07 de Outubro (PLC 5192/2013);
dessa forma “trabalhos indecentes” seriam terminantemente proibidos neste dia
solene.
Walter Feldman, do PSDB, e sua PLC 5363/2013, quer
institucionalizar um tempo mínimo de 15 minutos de sol, três vezes por semana, para
cada cidadão brasileiro, facilitando assim a absorção de Vitamina D. Me
pergunto se durante toda semana chover, como teremos nosso direito de sol
ressarcido?
Não obstante querem desarmonizar os três poderes, submetendo
ao Congresso Nacional as decisões do Supremo Tribunal Federal. O Deputado
Nazareno Fonteles, do PT (e que outro partido poderia ser?) certamente não frequentou
aulas de Teorias do Direito. Montesquieu certamente está dando voltas no túmulo,
de tanta raiva.
Nessa onda alucinante (e alucinógena) de leis mirabolantes
uns tentaram instituir a “Cartilha e o Kit Gay”, outros quiseram a “Cura Gay”.
E a farra não termina.
Em abril deste ano, em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad
sancionou uma lei que permite a troca de nomes de ruas que homenageiam
autoridades do período do Regime Militar. Logradouros com nomes como: Rua Doutor
Sergio Fleury, Via Costa e Silva, Avenida Presidente Castelo Branco e Rua João
Batista Figueiredo deverão mudar de nome.
Recentemente, em Porto Alegre, um grupo está “rebatizando”
algumas ruas, colando adesivos com nomes de personalidades como Carlos
Mariguella (líder comunista e guerrilheiro), Vladmir Herzog (jornalista
austríaco, torturado e morto), entre outros, que na época do regime militar se
opuseram aos governos. Se
a mania pegar, daqui pra frente teremos ruas com nomes como: Rua Del Che,
Alameda Mao Tse Tung, Via Lenin, Avenida Stalin e Bairro Gulag.
.
Porém, se é para trocar alguns nomes de ruas, deveríamos
trocar o nome de outros tantos logradouros, que como tal, ou denigrem a imagem
do Brasil ou causaram grandes problemas de ordem econômica e social ao país.
Vejamos algumas sugestões de mudança de nomes - criadas por mim e por alunos, em sala de aula - para as ruas
de Uruguaiana:
- RUA DA DÍVIDA EXTERNA (Antiga 7 de Setembro): Afinal,
bastou D. Pedro bradar a independência que adquirimos esta centenária dívida
que até hoje nos custa consideráveis valores dos cofres públicos brasileiros.
- RUA DAS COTAS (Antiga 13 de Maio): pois
Isabel apenas assinou a libertação dos pouco mais de 700 mil negros que ainda
trabalhavam de forma compulsória no Brasil - após mais de 350 anos de
exploração de mão-de-obra escrava - mas nada fez por eles depois. Hoje,
passados mais de cem anos da abolição, o negro – que foi relegado à
marginalização da sociedade –, ainda não foi efetivamente integrado na
sociedade que ele ajudou a construir.
- RUA DO NUNCA ESTIVE AQUI (Antiga Domingos de Almeida):
mineiro, fazendeiro e comerciante de charque em Pelotas, durante a Revolução
farroupilha ajudou a projetar a cidade de Uruguaiana, mas nunca esteve no
município.
- RUA DO DAQUI NÃO SAIO (Antiga Borges de Medeiros):
ex-governador do Rio Grande do Sul, que governou por 25 anos o estado,
mantendo-se no poder por meio de fraudes eleitorais e coronelismo.
- AVENIDA POPULISMO (Antiga Presidente Vargas): Considerado
o maior presidente brasileiro de todos os tempos, Getúlio deu vida à este tipo
de política demagógica que fundamenta-se ideologicamente na defesa dos
interesses e reivindicações das camadas populares, visando o voto do eleitor
enganado com este tipo de assistencialismo. Depois de Vargas, quase que a
totalidade dos governantes brasileiros fez do populismo a sua arma para se
perpetrar no poder. Em Brasília, Lula e Dilma deram “bolsas”; em Uruguaiana,
Felice deu "asfalto casquinha".
EM TEMPO: E se caso algum dia em Uruguaiana
implantarem uma nova rua, margeando o rio Uruguai, quem sabe devêssemos homenagear
nosso mais proeminente ex-presidente, batizando-a de MARGINAL LUIZ INÁCIO LULA
DA SILVA.
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