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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O botão estranho do meu carro

Desde que eu comprei este carro, até hoje eu não achei o tal botão.

As vezes sem querer eu devo apertá-lo e involuntariamente o transformo para minha infelicidade.

Esse mecanismo que me refiro é um botão que deixa meu carro completamente invisível aos olhos dos outros motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Ninguém me enxerga; mesmo estando na preferencial ou na minha faixa, na estrada.

Sem contar por quantos acidentes ocorridos que passei e vi nesses últimos 10 dias – os mais recentes: XV de Novembro, próximo à Antonio Monteiro; Gen. Câmara, esquina com Monte Casseros; Domigos, esquina Monte Casseros e o último, segunda-feira, na Setembrino de Carvalho – evitei também (sem exageros) outros quatro possivelmente grandes acidentes, tanto no perímetro urbano como nas estradas.

Meu carro parece que se torna transparente. Me jogam pra fora da pista na estrada; sou obrigado a desviar de ciclistas que transitam na contramão sem respeitar sinalização; motociclistas cortam a minha frente em esquinas, mesmo eu dando sinal; veículos me fazem frear abruptamente mesmo eu estando em preferenciais; e mesmo quando eu paro para permitir que pedestres passem na faixa de segurança, outros ultrapassam em alta velocidade arriscando a vida daqueles que eu deu permissão para atravessar a rua.

O caos do trânsito de Uruguaiana já foi tema de um artigo irônico, escrito por mim, aqui nesse jornal; mas dessa vez a brincadeira deu espaço para a seriedade que é a educação no trânsito.

E parece que isso se perdeu em alguma esquina mal sinalizada, por aí.

Pensei em ir até a concessionária pedir pro vendedor me mostrar no manual onde fica o botão que faz meu carro sumir; mas percebi que o que sumiu foi a educação, a seriedade e o respeito ao volante de muitos de nossos motoristas uruguaianenses.

Vidas estão sendo ceifadas, famílias destruídas, filhos estão ficando órfãos por pura imprudência e desrespeito ao trânsito.

Está na hora do sinal vermelho dos órgãos de trânsito agir como redutor dessa velocidade fatal que tem causado tantos acidentes. O motorista imprudente de hoje, pode acabar sendo vítima de sua própria imprudência, tornando-se – no futuro – mais um número na estatística assustadora que os noticiários divulgam.



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Em tempo: Entrou em vigor hoje (01/09) a lei da cadeirinha que prevê para quem não usar as cadeirinhas multa no valor de 191 reais e o motorista ainda perderá sete pontos na carteira.

Saiba qual o equipamento adequado para cada criança:

Até 1 ano: bebê conforto no banco de trás

De 1 a 4 anos: cadeirinha no banco de trás

De 4 a 7 anos e meio: assento de elevação, sem encosto, no banco de trás

De 7 anos e meio a 10 anos: banco de trás com cinto de segurança.

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