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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Equação do Amor

Sempre odiei matemática.
Perdoem-me os colegas professores dessa matéria, mas desde ensino fundamental (na minha época chamado de “primeiro grau”) eu me perguntava o porquê de estudar e decorar fórmulas e cálculos que durante a vida não usarei. Perguntinhas que certamente muitos outros estudantes fizeram para professores em aula e para seus pais quando os mandavam estudar no quarto ao invés de ir brincar na rua.
Lembro muito bem do meu último dia de aula do Ensino Médio (na minha época chamado de “segundo grau”, lógico). No que tocou a sirene peguei todos aqueles cadernos e com o isqueiro de uma colega que fumava prendi fogo ali mesmo, na porta da escola. Prometi nunca mais pensar em Báskara, Pitágoras e MMC.
Durante a vida acadêmica muito pouco ou quase nada precisei da matemática (tanto que optei por história pra evitar ao máximo os números e me dedicar bem mais à leitura que sempre me agradou). Mas com o passar dos anos, o fim da juventude e a introdução obrigatória à vida adulta – de dono de casa, assalariado, devedor, etc. – os números começaram a voltar num ritmo alucinante. Cada vez mais os cálculos, as frações, as porcentagens (os juros e as multas também) começaram a fazer parte – mesmo eu não os querendo – da minha vida.
Chego ao fim do mês usando muito mais a calculadora para saber do saldo bancário, aquilo que entra, aquilo que sai, do que a caneta para escrever algo para alguém. Percebam pelo próprio blog que muitas semanas não tem uma postagem sequer.
É o castigo pela queima dos cadernos; é a maldição dos professores de matemática da minha vida que recaiu sobre mim. Viver aprisionado aos números; PRA SEMPRE!
E como se isso não bastasse, hoje, olhando sites de notícias, li uma reportagem sobre a “Equação do Amor”. (clique aqui: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1486509-5603,00-MATEMATICO+AUSTRALIANO+CRIA+EQUACAO+DA+IDADE+CERTA+PARA+SE+APAIXONAR.html )
Não acredito que para encontrar o verdadeiro amor a pessoa deva recorrer aos números. Pois se fosse assim, os professores de matemática – todos eles – teriam amores dignos de romance francês, enquanto aquele perverso rapazinho que queimou os cadernos na frente da escola e hoje é professor de história e apenas lê, jamais terá sucesso sentimental.
Mas por via das dúvidas vou tentar resolver essa equação esse fim de semana e, se aquela colega que me emprestou o isqueiro para queimar os cadernos ainda se lembrar de mim e tiver parado de fumar, vou convidá-la para resolver uma “regra de dois”.

4 comentários:

bina disse...

o que mata é os 37%...rsrs nem a metade consegue da certo.. imaginou o fim do resto dos 63% ? futuramente um bando de recalcado insatisfeito sentimentalmente... talves eu me inclua nos 63% rsrs

abraço pedro...
ass: detetive

Anônimo disse...

rs!!! clickei rapidamente achando q ia ter a formula e nadaaa... (caneta, papel e calculador na mao, claro).
mexendo um pouco nas minhas lembranças... minhas 3 professoras de matematica no secundario eram divorciadas!!!! rs... pior q lembro do meu pai.. ah coitado, quando ele recevia as minhas qualificações em matematica ficava bravo comigo...eu sempre com aquela excusa..ah pai, ela é divorciada...desconta com nos!!!! quando em realidade que sempre odiei numeros e formulas...essas profesoras devem ter me espraguejado pois a minha vida gira em torno a NUMEROS!!!! quimica, matematica, logica, contabilidade, fisica e demais asignaturas sempre fui ZERO A ESQUERDA... -0!!!
bom Pedro, sempre nos deleitando com tuas palavras, espero que continúe desse jeito pois posso disser que "disfruto" lendo o que escreves...
e mais agora que ja esta chegando a tua "SUBLIME INSPIRAÇÃO"..

abração ao cuadrado...

Dee Neuhaus disse...

Uma série de problemas e equações infinitas fazem parte de nossa vida cotidiana, exclui-se muitas coisas, pena que não possamos nos livrar dos tormentos com fogo e rebeldia...
Esperamos um amor na matemática (com fórmulas que nem imagino como sejam) com história (remexendo no passado) com geografia (imaginando onde neste atlas, no mapa mundi estará o amor) e por aí segue, o que sei é que o amor real só poderá estar em uma disciplina:
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA - sério - por quê?? rsrsrsr, é onde podemos pintar e bordar, e senão gostarmos jogamos tinta encima....

Anônimo disse...

FAZIA TEMPO QUE NÃO DAVA UM PITACO NOS TEUS TEXTOS QUE SEMPRE ESTÃO MUITO BEM ESCRITOS MAS A EQUAÇÃO DO AMOR ME FAZ LEMBRAR OS MUITOS AMORES QUE TIVE NESTA MINHA SIMPLES VIDA NÃO SÓ AMORES POR MULHERES MAS O AMOR QUE TEMOS POR AMIGOS,FILHOS,ESCOLA SAMBA,GREMIO...E DEUS CLARO...
HOJE VIVEMOS UM LIBERALISMO MUITO GRANDE E EM BREVE SE CONTINUAR ASSIM VOLTAREMOS AOS ANOS GLORIOSOS DE ROMA ONDE BACO hehehe...ONDE TODOS SE COMIAM DE AMEIO hehehehe...NINGUEM ERA DE NINGUEM(vamos falar no vulgar que dai todos entendem)HOJE PELO QUE VEJO E SEI ESTA SE TORNANDO UMA PUTARIA SÓ POIS SEI DE HOMEM QUE TEM UMA MULHER LINDA EM CASA E QUE ADORA DAR O ESGOTO DO CORPO,MULHER CASADA CHIFRANDO E LEVANDO...E MUITAS OUTRAS COISAS...MAS OQUE QUERO DIZER COM ISSO É QUE O AMOR ESTA ACABANDO POIS NINGUEM MAIS RESPEITA NINGUEM NÃO SE TEM MAIS AFETO,CARINHO...BUENAS E TCHAU...ABRAÇO PEDRÃO...
DO TEU SENSEI DIAGONAL
JOÃO AVILA