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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Fui no Supermercado comprar futilidades e preguiça

Já volto...
E quando voltei, precisei escrever sobre as cenas, atitudes e comportamentos que as pessoas têm dentro de um supermercado.
O economista: é aquele que passa quase 3 horas dentro do mercado, com calculadora na mão, listinha de compras (muitas vezes escritas pelo cônjuge) e – às vezes – até um lápis sobre a orelha. Confesso que eu compro sem sequer olhar o preço e no início do mês choro o absurdo na fatura do cartão!
O fiel: ao invés de levar a listinha da esposa ou do marido (se bem que marido macho mesmo não faz lista de compras), é aquele que leva seu companheiro às compras carregando o carrinho juntos ou, enquanto um compra os produtos o outro serve o chimarrão. Sim meus amigos; tem gente que faz isso – e com prazer!
O politicamente correto: só compra produtos que realmente são naturais, livres de agrotóxicos, perde muito mais tempo nos hortifrutigranjeiros que nos enlatados e engarrafados. Compra carne de “baby búfalo” e ainda aproveita pra comprar eletrodomésticos com IPI reduzido porque além de reduzir a emissão de poluentes, é mais barato graças ao Lula. “Baby Búfalo”? Imaginem no meu churrasco de fim de semana eu dizer pros meus amigos que a carne que eles estão comendo tem esse nome!
A Dama: chega no mercado vestida como para uma festa, perfumada, com jóias e deixa no carro o cachorrinho. Compara um produto pelo similar sem se preocupar com preço, mas procurando saber onde foi fabricado e se a empresa tem anos e anos de mercado. Também gasta mais tempo escolhendo hortaliças fresquinhas e chama qualquer atendente pra perguntar se pode trazer algum produto direto do depósito porque aqueles que ali estão podem ter sido apalpados demais por outros clientes. Conheci pessoas assim e confesso: prefiro ficar no carro com o cachorro!
O(a) neurótico(a) por limpeza: entra no mercado e vai primeiro pro setor de limpeza. Não aperta a mão de ninguém por causa dos germes e sofre para comprar frutas e verduras, além de surtar com o açougueiro que não usou luvas pra cortar a carne de “baby búfalo” que ele escolheu apontando o dedo sem tocar no vidro do balcão. Por fim, depois de pagar as compras, no estacionamento limpa as mãos com álcool e dá graças a Deus por ter conseguido sobreviver aos germes. Eu aperto a mão das pessoas no mercado!
O comprador de final de semana: pega o maior carrinho e vai direto pro setor de bebidas; enche de latões de cerveja, tequila, vodka, depois passa nos hortifruti apenas pra comprar limão e no setor do açougue ainda dá uma de entendido em carnes e muitas vezes leva “baby búfalo” pensando ser novilho de campo bom. Depois de pagar no caixa se dá conta que esqueceu a lista de compras que a patroa passou a manhã toda escrevendo. Eu adoro fazer compras no fim de semana!
Mas estes são aqueles que eu noto enquanto estou fazendo as minhas compras; porque o melhor vem quando estou me dirigindo ao caixa de pagamento.
É ali que eu vejo coisas incríveis, pois em cada caixa tem nas prateleiras as revistas; a grande maioria ou de moda ou de novelas ou de horóscopo. E para passar o tempo o mulherio (ok, alguns homens também) abrem estas e acabam comprando – por quilo – aquela quantidade incalculável de extrema futilidade, que é saber “o que os astros prometem para 2010 e seu horóscopo” ou “Zé James fica com Maria Aparecida do Carmo no último capítulo de Coração de Fogo”.
Mas o que me chamou muita atenção nesta minha última ida ao supermercado foi – durante o tempo que estive na fila do caixa – ver a quantidade de gente que compra produtos semi-prontos congelados. A preguiça (um dos 7 pecados) pode ser comprada; eu me surpreendi com a constatação. Pessoas e mais pessoas debruçadas sobre o balcão refrigerado escolhendo massas prontas, pasteis semi-fritos e até pizzas prontinhas e congeladas. Muitas pessoas, conhecidos, amigos e gente que eu nem esperava ver ali. Comprar comida pronta é o extremo da preguiça!
Foi quando o sinal me indicou qual caixa me dirigir...
Voltei pra casa, abri as bolsas e percebi que eu fui um pouco de cada estilo daqueles compradores que acima ironizei. Mas esqueci de comprar um pouco de futilidade e preguiça. Afinal, não assisto novela, não acredito em horóscopos e prefiro dar uma de pizzaiolo, quando não pego o telefone e peço um xis-salada.

Porém deixo aqui uma revelação: entre os acotovelados no balcão dos congelados estava um senhor que se diz muito viajado... Mundano, até tu? rsrs

4 comentários:

Vanessa disse...

pedro, esqueceu a compra "desesperada". é meu caso, pois vou no supermercado as corridas, apenas da pra olhar os preços das coisas e no caminho vou memorizando o qué tenho q comprar.
nao posso perder mais de 15 minutos dentro de um mercado, por isso nem penso entrar no Big, pois a fila chega a ser interminável.
no meu caso, sempre vou no mercado depois de levar meu filho pra escola, e sei que 40 minutos depois tenho q estar abrindo o comercio, pois se demoro quem perde sou eu.
outro tipo de compras e aquele por pedido, tambem acostumo utilizar o telefone pra fazer pedidos, pena que sempre q faço isso fico com raiba pois na realidade e que eles mandam o q eles querem... por isso quando compro assim tenho q fazer a descipção certa do produto.
e esse o preço que se paga quando nao se tem tempo pra ficar girando no mercado, coisa que adoro fazer... pesquisar e comparar preços, marcas... pena que nao dá mais.
saudações!

"Esta história não é para qualquer um." disse...

Amigo, até no "super", nada nem ninguém escapa do teu crivo. Boa crônica, gostei. Abraço.

JOÃO AVILA disse...

Esqueceu de comentar dos que vão pra caçar ou encher os olhos nas gostosonas que ando pelos mercados....

BLOG do PROVINCIANO disse...

nunca que eu ia falar de mim mesmo... hauhauahuahauha