Total de visualizações de página

terça-feira, 30 de julho de 2013

PRECISO TRABALHAR A LAVOURA DA MINHA VIDA

Preciso trabalhar a lavoura a minha vida.
Numa época onde a lavoura dos sentimentos anda seca, e o solo das emoções tornou-se infértil em decorrência da escassez de chuva que assola os campos da compaixão, senti que preciso cultivar em mim sementes de uma vida nova.
Com as mãos ainda calejadas de agricultor que lavra sozinho a própria fazenda, busquei no galpão das lembranças enxadas, pá e arado para lavrar esta terra preta que por anos gerou quase nada.
Exterminei saudades daninhas; podei, das grandes árvores do passado, as sombras de lembranças nocivas, para permitir que o sol do destino possa aquecer este novo terreno que agora estou fertilizando.
Antes eu plantava mágoas, rancores e desgostos. Como resultado, colhia apenas os frutos amargos do dissabor.
Agora, eu cultivarei nesta terra apenas felicidade e alegria.
Estou semeando a esperança; plantei cada uma destas sementes com as próprias mãos, depositando sonhos neste torrão. Desta gleba quero colher realizações.
Vou irrigar esta nova lavoura da minha vida com fé. A água que uso vem dos campos do Vizinho; e sei que Ele, por também ser lavoureiro de sonhos e esperanças (igual a mim), não negará ajuda a este vizinho lindeiro.
Pouco me importa se estou plantando fora de época; neste inverno da sociedade pós-moderna. O vento gelado deste novo mundo frio de sentimentos já não me assusta mais.
Plantei um pouco de mim em cada sulco que abri nesta terra.
Agora vou esperar a primavera.
Quando ela chegar, quero colher amor.

Nenhum comentário: