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quarta-feira, 21 de julho de 2010

A medida da felicidade


Em pesquisa recente, realizada entre 2005 e 2009 pelo Gallup, foi medido e avaliado o grau de felicidade das pessoas em seus respectivos países.

Empatado com o Panamá, em 12.º lugar encontra-se o Brasil. (veja aqui o ranking)

Com base em entrevista, classificando-se em três graus, que vão de felicidade à sofrimento, a pesquisa revelou que as pessoas tendem a estar mais satisfeitas com a vida conforme o grau de riqueza de sua nação e que o passado recente é importante para refletir-se a felicidade atual.

Entre os brasileiros, 58% se consideram felizes; 40% estão à procura dela e apenas 2% declararam estar sofrendo.

Tal pesquisa serviria para “pesar” um sentimento que a humanidade ao longo de toda a história sempre buscou.

Na Antiguidade Oriental havia uma lenda de que as pessoas ao morrer, para poder entrar no reino dos céus eram interrogadas por um espírito que lhes realizava apenas duas perguntas:

1.º: “Fostes feliz em vida?”

2.º: “Levastes a felicidade para a vida de alguém?”

A alma assim, além de refletir sobre como havia sido sua vida na terra, tinha seu destino pós-vida decretado conforme a resposta das perguntas.

Sócrates, posteriormente, ainda na Antiguidade (só que agora ocidental) vislumbrava a felicidade como um projeto de vida que todo homem deveria alcançar; ser feliz – para ele – seria “viver como os deuses”.

O ex-presidente norte-americano Thomas Jefferson, na Carta de Independência daquela nação escreveu:

“Todo homem é criado de maneira igual com direitos próprios e intransferíveis, como a vida, a liberdade e a busca pela felicidade(…)”

Assim, segundo ele, todas as pessoas são livres e tem estabelecido e assegurado pelo Estado o direto à felicidade.

Recentemente, um símbolo, definiu – para a nossa embrutecida sociedade moderna – a representação da felicidade: a famosa “carinha Smile”; criada em 1963. Uma música considerada para muitos a mais bela de todas já compostas, de autoria do eterno palhaço Charles Chaplin e re-gravada na voz de muitos interpretes, canta esse sorriso: “Smile”.

Nada mais justo – em tempos de correria, seriedade e valores alterados pelo sistema que nos corrompe – um simples sorriso ser sinônimo de felicidade.

Mas e a sua felicidade? É possível medi-la através de entrevista? De perguntas? Seria ela uma sensação digna apenas aos deuses? Estaria ela determinada e realmente assegurada em algum documento?

Cada pessoa tem a sua própria felicidade de acordo com a sua vida; cada um de nós tem uma visão de felicidade. Ela está nas conquistas ao longo da vida, nas satisfações e engrandecimentos profissionais, no grupo de amigos, na família reunida, num gesto fraterno e espontâneo de desconhecidos, no amor...

Não vá muito longe, desesperadamente, à procura dessa sensação; as vezes o caminho longo que traçamos termina sem sentido quando percebemos que depois de tanto viajar, a felicidade sempre esteve ao seu lado, e o caminho de volta pode ser penoso demais.

A minha felicidade?

Bom...

Esteve todo o momento aqui comigo enquanto escrevia esse texto, me pedindo pra ir brincar com ele. Agora me dêem licença que eu preciso ir ali ser feliz com meu filho.



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