Certa vez meu pai (um verdadeiro filósofo de galpão) me disse uma frase que ecoa retumbante em mim até hoje.
Não é para menos; a profundidade dela é de uma realidade cruel que muitos de nós fingem não querer acreditar, mas dela não podem escapar.
Como filho, nunca absorvi tudo que o velho (no auge de suas quase oito décadas) me ensinou; já o chamei de louco, extremista, conservador, sonhador e até pessimista demais. De todas as acusações ele tem como veredicto a absolvição, pois sua defesa é a experiência de vida.
Mas para perceber o valor das coisas e ensinamentos que ele me passou (ou pelo menos tentou) eu sempre tive que contrariar, bater com a cara na parede e depois aprender. Foi assim com a bendita frase.
Quando se vive o fim de um relacionamento – e disso eu já estou entrando com uma tese de doutorado – a pessoa busca esquecer do vivido de muitas formas: sai com os amigos, viaja, faz festa, conhece outras pessoas, buscando assim ocupar o tempo que tem e o tempo que talvez tenha perdido.
Nesses dias tudo é alegria, diversão e não se tem tempo nem pra pensar nos acontecidos recentes. Se vive intensamente o instante, esquecendo-se o passado, vivendo-se o presente e nem se preocupando com o futuro. A vida acaba sendo um baile, com som alto onde se dança conforme o ritmo da música.
“Mas chega a hora em que banda pára de tocar!” Disse o velho pai.
Então é nesse momento que as pessoas presentes vão embora, o salão fica vazio, se olha para os lados e a única coisa que se percebe é o silêncio gritante que ficou.
Assim, a realidade nos cai por cima, a vida – até então de confetes e luzes – volta à normalidade e percebe-se que por mais se que se queira, não há como fugir do destino. Existem apenas válvulas de escape.
Nesse momento, domingo, quase madrugada de segunda, a banda parou de tocar. Aí voltei à realidade. Vou voltar a fazer o que melhor sei fazer: tenho slides de aula pra terminar (pois o que mais gosto está em lecionar) e depois coçar o cabelo do Dartinha que nesse instante dorme ao meu lado (porque a cada dia busco ser um pai melhor que já sou).
Logo mais irei tomar um mate com o papai, sem confessar o quanto ele tem razão sobre as coisas.
Não é para menos; a profundidade dela é de uma realidade cruel que muitos de nós fingem não querer acreditar, mas dela não podem escapar.
Como filho, nunca absorvi tudo que o velho (no auge de suas quase oito décadas) me ensinou; já o chamei de louco, extremista, conservador, sonhador e até pessimista demais. De todas as acusações ele tem como veredicto a absolvição, pois sua defesa é a experiência de vida.
Mas para perceber o valor das coisas e ensinamentos que ele me passou (ou pelo menos tentou) eu sempre tive que contrariar, bater com a cara na parede e depois aprender. Foi assim com a bendita frase.
Quando se vive o fim de um relacionamento – e disso eu já estou entrando com uma tese de doutorado – a pessoa busca esquecer do vivido de muitas formas: sai com os amigos, viaja, faz festa, conhece outras pessoas, buscando assim ocupar o tempo que tem e o tempo que talvez tenha perdido.
Nesses dias tudo é alegria, diversão e não se tem tempo nem pra pensar nos acontecidos recentes. Se vive intensamente o instante, esquecendo-se o passado, vivendo-se o presente e nem se preocupando com o futuro. A vida acaba sendo um baile, com som alto onde se dança conforme o ritmo da música.
“Mas chega a hora em que banda pára de tocar!” Disse o velho pai.
Então é nesse momento que as pessoas presentes vão embora, o salão fica vazio, se olha para os lados e a única coisa que se percebe é o silêncio gritante que ficou.
Assim, a realidade nos cai por cima, a vida – até então de confetes e luzes – volta à normalidade e percebe-se que por mais se que se queira, não há como fugir do destino. Existem apenas válvulas de escape.
Nesse momento, domingo, quase madrugada de segunda, a banda parou de tocar. Aí voltei à realidade. Vou voltar a fazer o que melhor sei fazer: tenho slides de aula pra terminar (pois o que mais gosto está em lecionar) e depois coçar o cabelo do Dartinha que nesse instante dorme ao meu lado (porque a cada dia busco ser um pai melhor que já sou).
Logo mais irei tomar um mate com o papai, sem confessar o quanto ele tem razão sobre as coisas.
Um comentário:
Heeeeeeéee amigo... é copa do muuuuuundo!!! Falando em valvula de escape, "Estou a dois passos do paraiso... não sei se vou voltar" hahahahahaha ...
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