Há uns 10 anos eu fiz um cálculo de investimento.
Se eu priorizasse apenas o trabalho, teria como quociente muitas conquistas profissionais que eu colheria como frutos do sucesso, mesmo que às custas de dias inteiros de trabalhos, muitas viagens e madrugadas de estudos, pesquisas e planejamentos.
Porém, se eu somar o que ganhei nestes últimos anos, posso acrescentar que hoje tenho dinheiro, uma vida financeira estabilizada, bens materiais granjeados, um planejamento de vida (a médio prazo) garantido e que atualmente posso desfrutar de alguns prazeres que antes nunca tive a oportunidade de tê-los.
Mas se eu subtrair tudo que contraí neste hiato de tempo, onde somente convergi minhas atenções para minhas ocupações, terei que decrescer o fato de que não encontro hora para conversar com amigos, nem dias para visitar parentes; tive muito pouco tempo para dar atenção a alguns relacionamentos, não percebi que minha mãe envelheceu, não vi meu filho crescer e - muitas vezes - não reparei nem de mim mesmo.
E, no resultado desta equação, o saldo desta minha ganancia profissional, no decorrer de 10 anos, foi a dedução de tempo de vida pessoal, na mesma proporção deste prazo.
E a conta?
Fechou no negativo.
A partir de agora não farei mais cálculo.
Apenas preciso negociar um novo empréstimo de mais 10 anos com o Gerente Tempo.
Só que desta vez pretendo investir em viver.
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