Tenho a impressão que o amor, pelo menos pra mim, sempre foi como as borboletas nas diferentes estações do ano.
Distraído e desinteressado, quase nunca prestei atenção nelas, não cultivei flores para atraí-las e, confesso, até fugi destas borboletas em alguns verões.
Nos outonos senti as suas ausências.
Em invernos, arrependido, procurei-as sem encontrá-las.
Hoje, ainda na primavera da vida, deixo que o acaso dos ventos as tragam ao meu encontro.
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