Recentemente fui a Bella Unión comprar um ar-condicionado.
Logo na chegada, nos postes de luz da cidade uruguaia, vi sinalizações verdes, de três pontas, ao que eu pensei ser algum novo tipo de seta indicativa de trânsito indicando uma saída de três vias. Só depois percebi que se tratava de pichações com desenhos de folhas de Cannabis Sativa.
No Free-Shop fui recepcionado por um atendente de dreadlocks com nome de "Juan Rayo de Sol" escrito em seu crachá, que saudou-me fazendo o sinal "paz e amor" com os dedos.
Percebi que o, outrora sempre cheio, setor de perfumaria agora cedeu espaço para uma pequena, e disputada, prateleira onde vende-se narguilés de todas as marcas e modelos.
Whisky, vodka e outras bebidas já não "fazem mais a cabeça" (literalmente) dos clientes que buscam ficar "alegres". Novidade no shop, saquinhos estranhos, próximo ao caixa, são o frisson da loja, anunciados por um comunicador que falava palavras de forma muito lenta e arrastada, ao som de Bob Marley ao fundo.
Em meio a tudo aquilo, escolhi quase sem olhar o ar-condicionado que buscava e fui direto ao caixa. A atendente de caixa me pediu a identidade e ainda disse: "- só aceitamos dólares VEEEEEEEERDES nesta loja."
Eu mal via a hora de voltar para meu país. Minha odisseia pela "Nova Jamaica" parecia cena de filme de Cheech e Chong.
Ao chegar de volta ao Brasil, o instalador do ar-condicionado já me aguardava aqui em casa. Quando tiramos da caixa o produto, para nossa surpresa vimos que a marca do ar é: JAH!
Depois de instalado, percebemos que o novo ar-condicionado uruguaio, além de gelar, também larga uma "fumacinha".
O instalador e eu começamos e rir e sentimos uma "larica" forte.
Sóóóóóóó...
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