Se somos inconstantes em muitas de nossas vontades, em muitos de nossos desejos, em muitas atitudes, não se culpe. Isso é extremamente natural do ser humano.
Fomos por milhões de anos nômades, inconstantes em morada. Não contentes, fomos inconstantes em nos sedentarizar; e hoje, milhares de anos depois, inconstantemente, voltamos atrás: queremos novos ares, viajar, conhecer, sair por aí.
Aquele aluno já não via mais a hora de entrar em férias naquele dezembro; mas em fevereiro já pedia pela volta às aulas.
Aquele jovem contava os meses pra alcançar a maioridade e considerar-se adulto, homem, dono de si. Hoje, aquele homem sente uma saudade pungente da infância; queria, mas não pode voltar à meninice.
Aquele desempregado tinha todo o tempo do mundo, mas queria trabalhar, ganhar a vida, ter seu próprio rendimento. Mas depois de 30 anos na mesma empresa percebe que não foi a vida que passou, foi ele que passou pela vida e nada fez para viver Envelhecido, agora, quer compensar o tempo perdido por ter trabalhado demais e vivido de menos.
Aquele namorado que noivou, casou e viu a vida passar de forma monótona, quis se aventurar; sentir emoções tórridas e viver sensações intensas. Conquistou tudo o que vida lhe proporcionou conquistar; mas quando a poeira sentou meio que sentiu falta do marasmo da vida a dois.
São exemplos que muitos já viveram; protagonistas inconstantes dessas vontades momentâneas da vida, todos já quiseram algo e depois pensaram em voltar à velha rotina.
Tem aqueles que adoram os verões; tem também aqueles que preferem os invernos; alguns querem viver de outonos, mas gostam também das primaveras.
Fomos por milhões de anos nômades, inconstantes em morada. Não contentes, fomos inconstantes em nos sedentarizar; e hoje, milhares de anos depois, inconstantemente, voltamos atrás: queremos novos ares, viajar, conhecer, sair por aí.
Aquele aluno já não via mais a hora de entrar em férias naquele dezembro; mas em fevereiro já pedia pela volta às aulas.
Aquele jovem contava os meses pra alcançar a maioridade e considerar-se adulto, homem, dono de si. Hoje, aquele homem sente uma saudade pungente da infância; queria, mas não pode voltar à meninice.
Aquele desempregado tinha todo o tempo do mundo, mas queria trabalhar, ganhar a vida, ter seu próprio rendimento. Mas depois de 30 anos na mesma empresa percebe que não foi a vida que passou, foi ele que passou pela vida e nada fez para viver Envelhecido, agora, quer compensar o tempo perdido por ter trabalhado demais e vivido de menos.
Aquele namorado que noivou, casou e viu a vida passar de forma monótona, quis se aventurar; sentir emoções tórridas e viver sensações intensas. Conquistou tudo o que vida lhe proporcionou conquistar; mas quando a poeira sentou meio que sentiu falta do marasmo da vida a dois.
São exemplos que muitos já viveram; protagonistas inconstantes dessas vontades momentâneas da vida, todos já quiseram algo e depois pensaram em voltar à velha rotina.
Tem aqueles que adoram os verões; tem também aqueles que preferem os invernos; alguns querem viver de outonos, mas gostam também das primaveras.
Ele sempre preferiu o outono. Como o urso que prepara-se para uma longa hibernação, faz do outono uma fase preparatória – de pensamentos, hábitos e rotinas – para o resguardo do inverno. Mas esqueceu-se de que não é um urso; é humano: inconstante. E começou a projetar o fim da hibernação, transcendendo o inverno que ainda nem veio, agora à espera da primavera.