Mas de todos os doze meses do calendário, é março que me traz lembranças fortes, com muito mais poder de lembrança que os outros meses do ano.
Lembro em “High Definition” meus retornos às aulas nos tempos de ensino fundamental, quando ia de ônibus com a minha mãe – que era professora na mesma escola – e o reencontro com os colegas ainda permanece aqui, preso numa memória de março. E assim também estão vivas as recordações no ensino médio e depois na faculdade.
Mesmos marços que aqui em Uruguaiana marcam a chegada da estação mais bela de todas; onde as manhãs são quentinhas, prazeirosas; e as noites esfriam o suficiente para que as pessoas busquem calor humano. Dos marços outonais tenho as lembranças e guardo também os cheiros que só essa época exala.
Mas são os marços que me trazem à tona sentimentos extremamente fortes e singelamente belos.
Mesmos marços que aqui em Uruguaiana marcam a chegada da estação mais bela de todas; onde as manhãs são quentinhas, prazeirosas; e as noites esfriam o suficiente para que as pessoas busquem calor humano. Dos marços outonais tenho as lembranças e guardo também os cheiros que só essa época exala.
Mas são os marços que me trazem à tona sentimentos extremamente fortes e singelamente belos.
Os amores de março.
Amor de infância, colegial, ingênuo, que conheci num março e que levei dois anos para ter reciprocidade, num outro mês igual.
Amor fatal, passional, tumultuado, conturbado, que – tempestuoso – cruzou pelo mês de março para deixar lembranças em muitos e muitos meses, anos (e marços) que se passaram.
Amor complicado, estranho, proibido e – por vezes – incendiário, que aconteceu num março errado, cedo demais; mas que sobreviveu invernos e nas suas cinzas ainda estão brasas que queimam.
Amor sublime, delicado, carinhoso; doente (como o próprio sentimento amar). Cena de filme francês, com tons de cinza e nostalgia. Sem final feliz; talvez sem final, sem último capítulo. Apenas reticências.
Por fim, março – enfim – é o mês mais singular do ano pra mim. Vivi (e confesso: ainda vivo) os sentimentos mais fortes e tenho dele as lembranças mais latentes.
Por isso deixei para escrever essa postagem no instante final do mês. Pra fechar mais um março, como as águas, na música de Jobim.
♪ São as águas de março fechando o verão ♪
São os amores de março que ficaram no meu coração.
Amor de infância, colegial, ingênuo, que conheci num março e que levei dois anos para ter reciprocidade, num outro mês igual.
Amor fatal, passional, tumultuado, conturbado, que – tempestuoso – cruzou pelo mês de março para deixar lembranças em muitos e muitos meses, anos (e marços) que se passaram.
Amor complicado, estranho, proibido e – por vezes – incendiário, que aconteceu num março errado, cedo demais; mas que sobreviveu invernos e nas suas cinzas ainda estão brasas que queimam.
Amor sublime, delicado, carinhoso; doente (como o próprio sentimento amar). Cena de filme francês, com tons de cinza e nostalgia. Sem final feliz; talvez sem final, sem último capítulo. Apenas reticências.
Por fim, março – enfim – é o mês mais singular do ano pra mim. Vivi (e confesso: ainda vivo) os sentimentos mais fortes e tenho dele as lembranças mais latentes.
Por isso deixei para escrever essa postagem no instante final do mês. Pra fechar mais um março, como as águas, na música de Jobim.
♪ São as águas de março fechando o verão ♪
São os amores de março que ficaram no meu coração.