Mais divertido que os programas de comédia dos canais de televisão aberta (Globo com Zorra Total e Casseta e Planeta; SBT com a cretácea A Praça É Nossa e Record com Show do Tom) é a propaganda eleitoral gratuita dos partidos políticos que concorrem aos cargos de prefeito e vereadores, na cidade de Uruguaiana.
Confesso que após o almoço eu me acomodo na poltrona, em frente ao televisor, e exijo silêncio na sala para poder dar boas risadas com aquilo que os candidatos prometem, expondo-se ao eleitor.
Porém, enquanto me divirto com a comédia política local, rindo e até gargalhando das obscenidades proferidas à mim que chegam ser escandalosamente absurdas, minha consciência social de cidadão e educador se remói de tristeza quando se depara com uma verdade latente sobre a democracia de Uruguaiana:
Porém, enquanto me divirto com a comédia política local, rindo e até gargalhando das obscenidades proferidas à mim que chegam ser escandalosamente absurdas, minha consciência social de cidadão e educador se remói de tristeza quando se depara com uma verdade latente sobre a democracia de Uruguaiana:
“Não há candidatos em quem se possa votar!”
Eu que sou bairrista assumido e provinciano até no nome do blog, tenho que aceitar a idéia de que até em Porto Alegre existe uma maior opção de voto do que na cidade onde vivo.
Dirão que estou exagerando, mas não estou. Quatro candidatos disputam a prefeitura e nenhum deles tem todas as qualidades necessárias para governar a cidade. Pois, se para um falta competência, para outro sobra arrogância e soberba; se para outro, dos quatro candidatos, falta “tudo” (quanto à conhecimentos de política), para outro falta habilidade e jogo de cintura (o que é altamente necessário neste ramo).
Para um sobram acusações, de que é fascista, déspota, inflexível, centralizador e, até mesmo, ditador. Pesam sobre tal candidato estas e muitas outras acusações, e eu até não tiro a razão de quem o acusa.
Outro, destes candidatos, passou por um governo onde o município de Uruguaiana esteve relegado à uma das piores administrações do Brasil, na época, segundo uma revista de circulação nacional conceituada, que fez um levantamento de todas as cidades do país; e neste pleito eleitoral, tal candidato ainda ocupa-se mais em acusar seu opositor do que mostrar projetos e planos de governo.
Tem outro candidato que é guarda de rua (não que isso seja pejorativo, longe disso, é um mérito termos um candidato com calos nas mão), mas quer governar uma cidade de mais de 150.000 habitantes tendo o ensino fundamental incompleto (mas isso o Brasil já sabe como é e ainda assim aprova) e querendo cortar gastos essenciais para a manutenção de um governo municipal, contando apenas com um grupo de "pessoas esforçadas", mas nada probas.
E o quarto, e não menos importante dos candidatos, acredita que o mesmo que governar uma casa e uma família é governar uma cidade. Ahhh se tudo fosse tão fácil assim! Mas as utopias estão aí para quem quiser acreditar; e de utopias alguns partidos entendem muito bem.
-
Porém, a graça mesmo vem nos dias em que os candidatos às vagas de vereadores se manifestam. Centenas, muitos deles conhecidos meus, apresentam nos seus breves segundos projetos inviáveis, planos impossíveis, se investem de uma autoridade que nunca terão (como vereadores) e prometem... como prometem. Prometem, sorrindo, gesticulando, esbravejando e olhando fixamente para mim e para os telespectadores que assim como eu ficam presos à tela da TV ou rindo ou tristes pelo que presenciam durante o horário eleitoral.
Um candidato quer derrubar toda a floresta de eucaliptos da cidade, outro quer trazer, sozinho, uma universidade; um é o candidato das crianças (como se elas votassem), outro é o candidato dos camelôs; caricaturados tem aos montes: uma candidata é completamente rosa, outro é a reencarnação local de Chê Guevara; entre os mais polêmicos tem aquele que ficou devendo tanto dinheiro quando prefeito que hoje quer fiscalizar o governo municipal como vereador (pode isso?) e outro que não tem dinheiro, não tem emprego e não promete nada pra ninguém (pelo menos foi exacerbadamente sincero), mas ainda sim quer esta “tetinha” pra deixar de ser desempregado e ter dinheiro.
Parece surreal, mas este é o cenário político do município de Uruguaiana. Nem Woody Allen faria uma comicidade dramática tão intensa como o horário eleitoral desta cidade é capaz. É uma alternância de sentimentos durantes estes minutos que nos levam da alegria ao desespero em segundos; e entre segundos de um candidato e outro eu vivo estas emoções, fortes, hilárias e apavorantes, pois a política (pelo menos a local) virou um circo de horrores na qual eu e meus munícipes somos a platéia, que assiste passiva aos segundos de fama que os políticos buscam em campanha.
Mas depois de eleitos, a coisa muda; eles somem, as promessas se perdem no vazio e a platéia, que assistia ao espetáculo do circo, coloca o nariz vermelho e vira ator/palhaço por mais quatro anos.
Dirão que estou exagerando, mas não estou. Quatro candidatos disputam a prefeitura e nenhum deles tem todas as qualidades necessárias para governar a cidade. Pois, se para um falta competência, para outro sobra arrogância e soberba; se para outro, dos quatro candidatos, falta “tudo” (quanto à conhecimentos de política), para outro falta habilidade e jogo de cintura (o que é altamente necessário neste ramo).
Para um sobram acusações, de que é fascista, déspota, inflexível, centralizador e, até mesmo, ditador. Pesam sobre tal candidato estas e muitas outras acusações, e eu até não tiro a razão de quem o acusa.
Outro, destes candidatos, passou por um governo onde o município de Uruguaiana esteve relegado à uma das piores administrações do Brasil, na época, segundo uma revista de circulação nacional conceituada, que fez um levantamento de todas as cidades do país; e neste pleito eleitoral, tal candidato ainda ocupa-se mais em acusar seu opositor do que mostrar projetos e planos de governo.
Tem outro candidato que é guarda de rua (não que isso seja pejorativo, longe disso, é um mérito termos um candidato com calos nas mão), mas quer governar uma cidade de mais de 150.000 habitantes tendo o ensino fundamental incompleto (mas isso o Brasil já sabe como é e ainda assim aprova) e querendo cortar gastos essenciais para a manutenção de um governo municipal, contando apenas com um grupo de "pessoas esforçadas", mas nada probas.
E o quarto, e não menos importante dos candidatos, acredita que o mesmo que governar uma casa e uma família é governar uma cidade. Ahhh se tudo fosse tão fácil assim! Mas as utopias estão aí para quem quiser acreditar; e de utopias alguns partidos entendem muito bem.
-
Porém, a graça mesmo vem nos dias em que os candidatos às vagas de vereadores se manifestam. Centenas, muitos deles conhecidos meus, apresentam nos seus breves segundos projetos inviáveis, planos impossíveis, se investem de uma autoridade que nunca terão (como vereadores) e prometem... como prometem. Prometem, sorrindo, gesticulando, esbravejando e olhando fixamente para mim e para os telespectadores que assim como eu ficam presos à tela da TV ou rindo ou tristes pelo que presenciam durante o horário eleitoral.
Um candidato quer derrubar toda a floresta de eucaliptos da cidade, outro quer trazer, sozinho, uma universidade; um é o candidato das crianças (como se elas votassem), outro é o candidato dos camelôs; caricaturados tem aos montes: uma candidata é completamente rosa, outro é a reencarnação local de Chê Guevara; entre os mais polêmicos tem aquele que ficou devendo tanto dinheiro quando prefeito que hoje quer fiscalizar o governo municipal como vereador (pode isso?) e outro que não tem dinheiro, não tem emprego e não promete nada pra ninguém (pelo menos foi exacerbadamente sincero), mas ainda sim quer esta “tetinha” pra deixar de ser desempregado e ter dinheiro.
Parece surreal, mas este é o cenário político do município de Uruguaiana. Nem Woody Allen faria uma comicidade dramática tão intensa como o horário eleitoral desta cidade é capaz. É uma alternância de sentimentos durantes estes minutos que nos levam da alegria ao desespero em segundos; e entre segundos de um candidato e outro eu vivo estas emoções, fortes, hilárias e apavorantes, pois a política (pelo menos a local) virou um circo de horrores na qual eu e meus munícipes somos a platéia, que assiste passiva aos segundos de fama que os políticos buscam em campanha.
Mas depois de eleitos, a coisa muda; eles somem, as promessas se perdem no vazio e a platéia, que assistia ao espetáculo do circo, coloca o nariz vermelho e vira ator/palhaço por mais quatro anos.
A solução?
Infelizmente farei isso neste pleito (mas que não sirva de conselho).-
Alegria minha foi esta noite de sexta-feira (27/09); fiquei satisfeito de ver apenas dois candidatos apresentarem propostas, projetos, exporem planos e visões para os problemas internacionais e de seu próprio país (EUA). McCain e Obama, ambos buscando a presidência da maior potência do mundo, fizeram do debate um exercício de cidadania, democracia e respeito às idéias. Confesso que me idenfiquei mais com o candidato democrata.
-
Notícias que colhi nos sites durante a semana e de valiosas informações tanto sociais como históricas:
JESUS CRISTO MAIS HUMANO:
O JOGO DA EVOLUÇÃO:
REVELAÇÕES SOBRE A MISTERIOSA STONEHENGE:
O DÓLAR ACABOU?