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terça-feira, 9 de novembro de 2010

O PORVIR

Muitos dos grandes filósofos e teóricos que arriscaram prever o que seria do futuro da humanidade, baseados no contexto do passado histórico, acabaram por cometer erros que lhes abalou o conceito perante a sociedade.

Como eu não sou nem filósofo, nem teórico, muito menos uma grande personalidade – e sim apenas um reles mortal – , vou arriscar comentar sobre o “porvir” de alguns assuntos recentes e que terão reflexo em nós em 2011.

* Nem os votos de São Paulo; nem os votos de todo o sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); nem os da grande massa evangélica controlada por alguns líderes religiosos e NEM MESMO O ACRE conseguiu impedir a vitória do “Bolsa Família”.

Venceu a estratégia do populismo, à exemplo de Vargas em 1945, quando obrigado a sair da presidência, deixou um aliado apenas para segurar o governo até o próximo pleito e voltar nos braços do povo, dando fim naquela que é chamada de ERA VARGAS.

Dilma é hoje o Dutra de 1846/51; vai passar. Mas Lula quer de todas as maneiras ser Vargas, só não sabemos se ele morreria pelo povo.

Apenas volto lembrar os amigos: Lula pelo menos é aberto à democracia; a Dilma não.

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* Até 2008 eram apenas 63 questões e uma redação. Nenhuma falha, nenhum contratempo e o ENEM era respeitado e valorizado.

Em 2009 a reformulação.

Vazamento de provas, agendamento de nova data, demora no processo de divulgação de notas e seleção de aprovados, etc.

2010... Vergonha total!

O ENEM perdeu todo o crédito que um dia chegou a ter.

Quem fez a “terrível prova amarela” do final de semana foi prejudicadíssimo pelas falhas; os que fizeram normalmente a prova e acreditam ter ido bem, correm o grande risco de também ser prejudicados, pois terão que fazer novamente, caso o Ministério Público consiga anulação total do exame nacional.

A educação virou palhaçada e motivo de risada internacional, como mostram os sites de notícias pelo mundo; enquanto no Brasil o circo pega fogo. Já há quem diga na EXTINÇÃO DO ENEM!

Não duvido que em 2011 tragam de volta o modelo antigo de 63 questões multidiciplinares mais redação; até porque, se formos bem a fundo na educação brasileira perceberemos que o exame nacional mudou, mas a educação brasileira permanece a mesma. E o maior prejudicado? O aluno.

Porém, certamente o governo dará continuidade ao projeto, pois percebe-se com essas falhas que o menos importante nisso é a educação; o que quer o governo é usar o Estado pra se promover usando a educação, não importando quantos serão prejudicados, mas sim o número de beneficiados que nas próximas aleições manterão tal governo.

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* Gremistas se ouriçam só de lembrar que em dezembro o Inter local enfrentará o Inter italiano e terá (pela primeira vez na história) a chance de ultrapassar o tricolor dos pampas em número de títulos importantes.

Mesmo não acreditando no improvável, me calo frente ao medo de ser testemunha ocular da tragédia que se aproxima.

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E se tudo isso que eu argumentei realmente se concretizar, então que a profecia dos Povos Maias sobre o fim do mundo se concretize em 2012.

Assim teremos apenas um ano de governo Dilma, apenas mais uma prova de ENEM e, infelizmente, um ano para o Grêmio ganhar todos os títulos possíveis antes do mundo acabar.